Islas Rosario e Playa Blanca

3° dia em Cartagena: Tour para Islas Rosario

Deixamos nosso último dia na cidade de Cartagena das Índias para conhecer o famoso arquipélago das Ilhas Rosário e apesar de nossa grande expectativa já adianto que foi a maior decepção da viagem...

Fizemos o passeio por uma agência e independente de qual escolha, todos os pacotes são iguais. Além do que se paga pelo tour deve-se pagar uma taxa de uso da Marina, em dólar, onde se embarca para as ilhas.

Marina de Cartagena: Local de saída dos barcos para o arquipélago

O arquipélago possui um Parque Natural Marinho de proteção ambiental

O início do passeio de lancha é bem agradável, pois navega-se nas águas calmas da Baía de Cartagena, passando pelos Fortes San Fernando e San Jose, que protegiam a cidade no passado.

Forte San Fernando na Baía de Cartagena

Forte San Jose protegendo a entrada da baía

Saindo da baía as águas são mais agitadas, mas em direção ao arquipélago se navega a favor das ondas e apesar de balançar não atrapalha em nada, apesar de mais de 1h de navegação (um pouco chato...).

Barcos pequenos e não muito confortáveis

As cores do mar são incríveis e a lancha passa perto de algumas das mais de 20 ilhas que ali existem, mas o guia explica que apenas em três delas se pode descer e que a grande maioria é particular. Primeira decepção: Passeio só para olhar!

Mar com muitas cores no arquipélago das Ilhas Rosário

Infelizmente as ilhas são particulares e o passeio é só para olhar a paisagem do barco

Vimos algumas das ilhas e em destaque o guia nos mostra a que pertenceu a Pablo Escobar e que hoje está aparentemente abandonada.

Ilha que pertenceu a Pablo Escobar com a mansão abandonada

A segunda decepção do passeio acontece quando chegamos na Isla San Martim de Pajares, onde existe um Oceanário. O guia explica que existem 2 opções ali, sendo a primeira pagar para conhecer o aquário e a segunda, pagar para um mergulho com snorkel. Até aí já sabíamos, mas nossa intenção era mergulhar por nossa conta e isso não era possível. Aqueles que não queriam pagar pelo mergulho eram obrigados a desembarcar...

Peixinhos coloridos no mar: o passeio não permitiu que mergulhássemos por nossa conta

Águas claras e vários tons verdes nos arredores das ilhas

Decepcionados por não poder mergulhar por nossa conta (com nossos snorkels, sem pagar) descemos na ilha, onde também não nos interessava visitar o aquário.

Ilha de San Marim de Pajares onde está o Oceanário

Para quem não queria nenhuma das opções pagas à parte, o lugar reservava uma pequena piscina natural junto ao deck, já que a diminuta ilha é rochosa e não tem praia... Ficamos ali aproveitando aquele projeto de praia junto com outras pessoas por quase 1h.

Pequena praia (ou piscina?) entre o piso rochoso e o deck do cais na ilha

E esse era o fim do tour pelas famosas Islas Rosario... nada de mais para quem navegou mais de uma hora para ver algumas ilhas de dentro do barco e ficou confinado em uma piscina natural por mais uma hora, mas o pior estava por vir...

Quem não visita o Oceanário e não paga para um mergulho fica aqui esperando

O pequeno espaço até que foi agradável mas foi pouco para o único mergulho que fizemos nas Ilhas Rosário

Seguimos para a maior ilha do arquipélago, onde encontra-se a famosa Playa Blanca. E o trajeto até a Isla Barú é contra a correnteza, fazendo com que o barco salte (literalmente) contra as ondas. Em algumas ondas mais altas e de frente o barco chegava a sair completamente da água, antes de cair com um grande impacto seguido por gritos de todos lá dentro!

A cara de quem não sabia que a volta seria terrível!

Foi ruim, mas foi rápido (por enquanto) e logo estávamos em Playa Blanca, uma praia de águas claras dignas de um filme.

Playa Blanca na Isla Barú: Vazia enquanto os barcos se aproximam com os turistas

O lugar é lindo, mas lotado de turistas que chegavam em barcos a todo instante, tirando o charme da praia. Pequenos bangalôs ofereciam hospedagens, massagens e barracas de sol e acredito que dormir lá deve ser uma boa experiência, pois longe dos turistas o lugar deve ser incrível.

A praia vai enchendo conforme os barcos vão chegando

Bangalôs oferecem hospedagens e restaurantes

A última decepção veio com o almoço, pois a alimentação estava inclusa no pacote, mas a falta de organização fez com que demorasse muito e perdemos quase uma hora de praia na briga para comer algo que nem me agradou.

O maior problema do tour foi o tempo, pois ficamos menos de 2h em Playa Blanca e metade desse tempo foi tentando almoçar. Todo o resto do dia passamos dentro de um barco.

Águas claras no caribe colombiano

Ótima praia apesar do pouco tempo em que ficamos

No fim a decepção derradeira com a volta em mais 1h de barco saltando sobre as ondas. Foi horrível, pois o barco nem tinha onde se segurar e quicávamos nos bancos enquanto a água jorrava do oceano em cima de nós, dentro do barco. Parecia uma montanha russa em dia de chuva forte.

Quando finalmente chegamos nas águas calmas da baía todos estavam encharcados e com bolsas e tudo mais que tivesse dentro molhado e aquela sensação de “graças a Deus que acabou”, ainda faltava meia hora de navegação, mas agora em águas clamas.

De volta à Baía de Cartagena: Fim do suplício no barco saltando ondas

Ao todo foram 4h dentro do barco, 1h na piscina natural da ilha sem fazer nada esperando o barco voltar, 1h brigando para almoçar e 1h para aproveitar Playa Banca, ou seja, não valeu a pena o passeio... Não foi relaxante, não foi divertido e o pouco que gostamos não paga tudo o que sofremos no barco contra a maré.

Voltamos para o hostel em Cartagena, tomamos um banho e saímos para comer alguma coisa nos arredores da hospedagam mesmo (bem mais barato do que na Cidade Amuralhada). No dia seguinte embarcaríamos em uma viagem de 24h até Bogotá para pegar um voo até San Andrés, mas isso eu conto no próximo post.

Rodoviária de Cartagena

Hora de embarcar para Bogotá de onde iríamos para San Andres

Dicas e Informações:

- É possível ir a Playa Blanca por terra, pois apesar de ser uma ilha foi erguida uma ponte até lá ou de barco sem ser passeio de agência, pegando na marina;

- Se gosta de emoção faça o passeio de barco, pois é como descer dunas em um bugre, ou uma montanha russa, só que dentro de um barco no mar;

- Não curtimos nada o tour pelas ilhas, mas se você fizer considere pagar à parte pelo mergulho, assim terá mais atividades por lá;

Gastos para duas pessoas em março de 2017:

- Passeio Ilhas Rosário + Playa Blanca: $ 100.000,00

- Taxa de Marina: $ 32.000,00

- Jantar: $ 34.000,00

- Taxi (hostel x rodoviária): $22.000,00

- Ônibus para Bogotá: $ 160.000,00