segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Ilha de San Andrés

O destino mais esperado por mim em todo o mochilão era a Ilha de San Andrés no Mar do Caribe. Passamos 5 dias por lá e garanto que é tão lindo como nas fotos! rs

Praias de águas claras e areias brancas nessa incrível ilha do Caribe

Mas antes de chegar ao paraíso passamos por um pequeno purgatório, pois tínhamos um voo de Bogotá para o arquipélago, mas estávamos em Cartagena um dia antes, então só nos restou o ônibus...

Foram 23h bem cansativas na estrada, com direito a transito com atraso de mais de 1h no final e correria para chegar no aeroporto a tempo. Depois de correr muito (literalmente) descobrimos que o voo estava atrasado e teríamos mais algumas horas de espera... Para piorar um overbooking e nosso nome não estava na lista para embarque e a companhia tentava nos comprar com um almoço para aceitarmos ir no outro voo... nada feito e muito estresse depois, embarcamos para um voo tranquilo até San Andrés.

Finalmente chegamos na ilha e seguimos até a hospedagem em um aparthotel que apesar de caro não nos agradou muito...

                      
1° dia em San Andrés

Estávamos cansados de toda a viagem desde o dia anterior e apenas fizemos um reconhecimento do centro no fim desse dia.

A cidade não é bonita

Apesar de praias lindas San Andrés é bem feia e desorganizada em termos de cidade. O centro é repleto de mega lojas de freeshop cercadas por ruas com restaurantes e hotéis.

Mega lojas disputam espaço com hotéis e restaurantes no centro

Uma curiosidade é que apesar de pertencer a Colômbia os costumes por lá são bem diferentes, desde a culinária até a língua falada. Os nativos usam um idioma próprio que mistura algumas palavras em espanhol e algumas em inglês com a língua originalmente falada antes da colonização.

Uma casa típica de madeira ainda bem conservada

2° dia em San Andrés

Volta na Ilha

Para conhecer a ilha toda não há forma melhor do que uma volta completa usando um carrinho de golf.

Alugamos um carrinho de golf para dar a volta na ilha

Diversas locadoras oferecem o aluguel de carrinhos para o turista, mas atenção na hora de pegar um veículo, pois escolhemos o mais barato e tivemos problemas com a locadora “Danilo Rent a Car” (não recomendo...)

Existem dois tipos de carrinhos, o de golfe comum e um mais potente, mais rápido e um pouco mais caro. Opte pela segunda opção, pois os carros são mais novos e é muito menor a chance de problemas mecânicos.

Ao alugar o carrinho nos é explicado que podemos andar à vontade na orla e em algumas outras áreas, mas não poderíamos ir para a região de La Loma. Aliais essa é uma área onde moram ainda os nativos e seus descendentes e uma região mais pobre e considerada perigosa quanto a segurança. Além da agência, um policial e uma pessoa que dava informações turísticas no centro nos avisaram para não ir até lá.

Alugamos o carrinho mia barato e tivemos problemas mecânicos

As instruções de como dirigir o carrinho são rápidas e logo estamos nas ruas. O transito no centro é bem louco e sem regras, com motos passando por todos os lados, mas saindo das ruas cheias e chegando na orla o caminho é uma estrada boa que circula toda a ilha.

Depois de sair do centro a rodovia segue margeando o litoral dando a volta em toda ilha

Tivemos alguns problemas com nosso carrinho de golf e o primeiro foi na frente da Casa Museo Isleña onde o carrinho parou sozinho.

Casa típica da ilha abriga um museu

Não iríamos visitar o museu, mas com o defeito no carro entramos para usar o telefone. A menina da recepção ligou para a locadora e eles pediram 20 minutos até alguém chegar com outro carrinho, então visitamos o lugar enquanto esperávamos.


A casa é uma construção típica original da ilha, de madeira, com mobília de época e um guia conta um pouco da história do povo e das construções. Segundo ele ainda existem casas assim na ilha, mas agora são mais raras, mesmo assim vimos algumas depois perto do centro.


Museu islenho mostra o estilo de vida da cidade antiga

O tour no museu não é nada de mais e no fim eles colocam uma música colombiana para os turistas dançarem...

A visita é meio sem graça e tentam animar com uma dança no fim...

A pessoa da agência chegou e trocou nosso carrinho e seguimos pela linda orla de águas claras e costa rochosa.

Seguimos pelo lado rochoso da ilha onde existem poucas praias

Passamos pela entrada do caminho que leva até Morgan’s Cave, uma caverna onde um pirata teria escondido um tesouro. Apesar da lenda interessante havíamos visto em relatos que nada mais era do que um caça turistas com um cenário montado em uma caverna e altos preços cobrados para entrar. Não fomos.


Passamos por West View um dos lugares com melhor visibilidade para o mergulho e onde uma empresa oferece um mergulho com escafandro para fotos com uma estátua de Poseidon debaixo da água. O lugar estava em obras e com alguns tapumes, então passamos direto (infelizmente).

West View é um dos lugares com ótima visibilidade

Em meio a tranquilidade da paisagem passamos por La Piscinita e pelo Salto de Morgan. Áreas ótimas para um banho no lado rochoso da ilha.


Um trampolim permite um mergulho nas águas claras

É um lugar lindo e muito fundo! Uma corda marca o fim da área destinada a nadar, onde existe um fundo rochoso com peixinhos coloridos, mas o que tem depois da corda por baixo da linha d’água é um imenso azul profundo no mar.

Além da corda a visibilidade permite ver um imenso azul infinito e fundo

Depois de um mergulho voltamos para o carrinho e seguimos a costa até um dos famosos pontos turísticos da ilha: Hoyo Soplador.


Um buraco na pedra por onde a água do mar entra por de baixo expulsando o ar e jorrando do chão com muita força. Quando as ondas batem nas rochas mais a frente empurra o ar com tanta força que chega a jogar pessoas que estão muito perto e atiram chapéus longe, além de um jato de água do mar saltar do buraco no chão dando um banho nos turistas mais próximos.

Olho Soprador: Um buraco que tem o ar empurrado pela água do mar

O lugar é cercado de barracas que vendem comidas, bebidas e artesanatos e ali nosso segundo carrinho também deu problemas L Novamente contamos com ajuda de nativos para ligar para a locadora que demorou mais de 1h para chegar, pois estávamos do outro lado da ilha. Foi bem chato ter que ficar ali esperando...

O buraco também jorra água salgada nos incautos

Depois da estressante espera, novamente trocamos de carrinho e seguimos nosso tour, passando pelo famoso restaurante Punta Sur e deixando a costa ocidental para entrar na costa oriental da ilha, onde paisagem cura qualquer estresse: Playas San Luis.


Foram algumas horas percorrendo a costa leste da ilha, que diferente da outra rochosa, é repleta de praias lindas de águas claras com muitos tons de verde, areias finas e brancas e pouco frequentadas.

Praias San Luis na costa leste da ilha

Na verdade, só pessoas com os carrinhos de golfe paravam nestas praias e nós paramos em alguns pontos diferentes para banhos de mar.




Em alguns pontos a estrada cruza pequenas aglomerados habitacionais onde também existem restaurantes e aproveitamos para almoçar no ótimo Restaurante Paraíso, onde se pode esperar o prato nas espreguiçadeiras na areia.

Restaurante Paraíso: Bons pratos e uma praia particular

Espere a refeição nesse paraíso

Alternando casas e praias na paisagem a estrada segue até a melhor praia da ilha que fica diante de Rocky Cay.

A região de Rocky Cay: Centro de San Luis

No centro de San Luis essa praia tem um parque com estrutura para turismo que oferece estacionamento, barracas de praia, comidas diversas e bebidas típicas.

Praia de San Luis na altura de Rocky Cay

Rocky Cay é uma ilha rochosa que fica bem diante da faixa de areia onde há um grande navio encalhado, ou melhor, metade de um grande navio encalhado.

Rocky Cay e o navio encalhado: É possível ir caminhando pela água com apoio de uma corda até a ilha rochosa

É possível atravessar caminhando (e nadando em alguns trechos) guiados por uma corda para ajudar a não tropeçar nas pedras, pois curiosamente esta praia tem um fundo bem rochoso longe da costa, mas uma faixa livre só com areia em linha reta até Rocky Cay.

A praia diante de Rocy Cay é uma das melhores da ilha

Existem diversos navios naufragados nos arredores de San Andrés e desta praia se pode ver alguns deles. É possível se aproximar um pouco mais em Jet Skis alugados ou em mergulhos através de agências.

Detalhe do navio em Rocy Cay

San Andrés tem diversos navios encalhados à vista

Parte de um barco afundado visto com muito zoon da praia

Ficamos ali até quase o fim do dia e voltamos para devolver o carrinho de golfe na locadora. Depois seguimos para as areias da praia do centro e ficamos lá até o sol se pôr, fechando bem o dia em que conhecemos e curtimos toda a ilha.

Pôr do sol na Praia do Centro: Fim da volta à ilha com o carrinho de golf

A noite existem diversos bons restaurantes para escolher e algumas cafeterias junto à praia, além de inúmeros bares e biroscas que vendem lanches mais econômicos.

Muitas opções de lugares para comer em San Andrés

3° dia em San Andrés

Islas Jony Cay e Acuario

Esse foi com certeza um dos melhores dias de todo o nosso mochilão, onde conhecemos lugares incríveis no arquipélago de San Andrés, visitado duas ilhas lindas e que se você não pode deixar de ir por lá.

Ilha Jony Cay vista da marina no centro de San Andrés

Compramos as passagens de barco em um pacote único com um vendedor na rua que nos levou até a marina, onde primeiramente embarcamos para a Ilha de Jony Cay.

Para conhecer as ilhas compre os pacotes com as duas ilhas juntas

A ilha é um paraíso que fica a poucos minutos de barco e possui uma praia indescritivelmente linda com areias brancas e um mar tão límpido que me senti mergulhando em uma piscina.

A Ilha de Jony Cay é um verdadeiro e indescritível paraíso que vale muito a visita

Junto a um grande gramado em meio a palmeiras estão bares e restaurantes que servem comidas típicas, peixes e saladas de frutas.



Quiosques e restaurantes vendem comidas típicas

Uma curiosidade é que em San Andrés só encontramos turistas sulamericanos, diferente de Cartagena onde a maioria era europeia, mas uma coisa havia em comum entre as duas: Os Brasileiros!


Barracas e cadeiras podem ser alugadas

A grande maioria dos turistas no arquipélago. Com certeza, era de brasileiros. Não importa aonde íamos sempre tinha alguém falando português e a marca disso estava em Jony Cay, pois um bar fincou a bandeira do Brasil nas areias da praia e fazia fila para uma foto...

Ficamos impressionados com o número de brasileiros nas ilhas do arquipélago de San Andrés

Ficamos 3h na ilha e demos a volta completa caminhando (ela não é tão grande). Curtimos as faixas de areia e mergulhamos onde podia.

Jony Cay foi um dos melhores lugares que conhecemos na viagem

Depois de um tempo nessa ilha maravilhosa nosso barco chegou e seguimos para a Isla Acuario, que tem esse nome por conta das águas claras em meio a recifes de corais com muita vida marinha.

Ilha Aquário: Fizemos um pacote único com as duas ilhas e mais de 5h de praia

Outro paraíso essa pequena ilha é na verdade um banco de areia com um quiosque e cercada de bancos de corais.

Cada lugar mais bonito que o outro

Mergulhamos na praia em meio aos peixes e logo descobrimos que o nome da ilha não era à toa, pois é como mergulhar em um aquário, só que em ambiente natural. Lugar incrível!


Mergulho em águas rasas e com muita vida marinha

Ao lado do Aquário está a Isla Haines Cay onde é possível chegar com uma breve caminhada pela água.

Ilha Haines Cay vista da Ilha Aquário: É possível caminhar pela água de uma para outra

Atravessamos as águas que separam as duas ilhas e rapidamente chegamos em Haines Cay de onde se tem uma bela vista do famoso Mar das Sete Cores. É fascinante a paisagem que varia entre os tons de verde e azul-turquesa.

O famoso Mar das Sete Cores no meio do Caribe

Esta ilha não possui praias, sendo toda rochosa, mas demos a volta completa nela caminhando e encontramos interessantes espécies exóticas para nós como um lagarto azul que se deixou fotografar lindamente.

Demos a volta na ilha rapidamente

Um tipo de lagarto azul!

A caminhada em torno da ilha foi rápida e deve ter durado menos de 10 minutos, mas revelou belas paisagens e mais navios encalhados no horizonte.

Haines Cay não tem praia

Mais um navio encalhado

Voltamos para Isla Acuario e ficamos na praia até nosso barco voltar para nos buscar. Ao todo foram mais 2h neste lugar mágico.

Ilha Aquário vista de Haines Cay

Descanso na praia enquanto o barco não vem

Depois de 5h de praia, faltava apenas 1h para terminar o passeio e o barco nos levou para uma volta na área de proteção ambiental do manguezal de San Andrés. Um passeio tranquilo entre a vegetação típica com o guia nos falando um pouco sobre o lugar e sua importância.

Passeio de barco pelo manguezal

Com isso voltamos para o cais e terminamos um dos melhores dias de praia que tivemos na viagem e com certeza o melhor tour pago que fizemos em toda Colômbia.

Hora de voltar: Esse foi o melhor dia de todo o mochilão

4° e 5º dias em San Andrés

Havíamos reservado os dois últimos dias para conhecer a Ilha de Providência e a ideia original era pegar um barco no sábado de manhã e voltar no domingo a tarde para tomar o voo as 22h em San Andrés, mas infelizmente lá descobrimos que o barco não estava saindo as terças e sábados, com isso nossa única chance de conhecer a ilha se foi, pois não poderíamos ir domingo, já que a noite tínhamos o voo de volta.


Ficamos dois dias a mais do que o planejado na ilha e curtimos as praias do centro relaxando bastante.

Já que não fomos para Providência aproveitamos mais dois dias nas praias de San Andrés mesmo

Praias do Centro

São duas praias, a Principal e a Sprat Bight, uma ao lado da outra, sendo a primeira diante das ruas do centro e a segunda diante dos hotéis.

Praia principal no centro habitado da ilha

Curtimos as melhores praias novamente durante os dias e saíamos para caminhar, ver as lojas Duty Free do centro e jantar a noite.

Praia Sprat Bight

São muitas as opções de lugares para comer a noite, desde os mais sofisticados até os mais simples.

Bar com decoração Anos 80

No último dia encerramos a hospedagem e ficamos com as mochilas na praia, que oferece um banheiro com ducha paga (apesar de ver muitas pessoas tomando banho na pia do banheiro do aeroporto a noite rs).

Hora de deixar a mochila na areia e curtir o último dia na praia

No fim do último dia nos despedimos da vista linda do mar caribenho e caminhamos do centro até o aeroporto, passando pelo pequeno estádio de beisebol da ilha.

Último pôr do sol nas praias caribenhas

As 22h tomamos o voo para Bogotá de onde tínhamos no dia seguinte um voo de volta ao Brasil. Era o fim de nosso mochilão pela Colômbia.

Caminhando para o aeroporto depois de um dia de praia

Aeroporto da ilha: Hora de voltar para casa

Dicas e Informações:

- Não precisa gastar com taxi para ir ou vir do aeroporto para o centro da ilha, fizemos caminhando tranquilamente (vá pela orla seguindo o calçadão junto aos restaurantes e hotéis);
- Para entrar no arquipélago deve-se pagar uma taxa em dólares (U$ 36,00 quando estivemos lá no início de 2017) antes de embarcar e preencher um papel que será devolvido na saída no aeroporto. Não perca o papel!!!
- O melhor lugar para ficar hospedado é o centro;
- Em Hoyo Soplador algumas pessoas vão te abordar oferecendo levar até o lugar certo em troca de comprar alguma coisa nas barracas. Não faça isso, o olho que sopra fica bem ali na frente, não tem erro e não precisa comprar nada se não quiser realmente;
- Compre um par de sapatilhas de borracha, pois é muito útil nas praias rochosas (você vai precisar, acredite!) e sai quase o mesmo valor de alugar;
- Leve um óculos de mergulho ou snorkel e evite gastos alugando esses equipamentos.


Gastos para duas pessoas em março de 2017:

- Câmbio: U$ 1,00 = $ 2.750,00
- Taxa de entrada no arquipélago: U$ 72,00
- Alimentação (desjejum, almoço e jantar de todos os dias): $ 330.000,00
- Hospedagem (5 noites): $ 450.000,00
- Aluguel do carro de golf: $ 120.000,00
- Museu Islenho: $ 16.000,00
- Passeio Ilha Jony Cay + Aquário: $ 80.000,00
- Taxa da Ilha Jony Cay: $ 10.000,00
- Sapatilhas de borracha: $ 20.000,00