sábado, 31 de maio de 2014

Lagunas Altiplânicas

5º dia na Bolívia
Acordamos bem cedo para o segundo dia do tour como nosso guia havia solicitado. O desayuno já estava sendo servido pelo guia na mesa de sal. Pães, manteiga e iogurte. Depois era hora de separar os pertences que seriam usados no dia e o resto iria, novamente, para cima do carro ser amarrado. Nesse dia cometi um erro: Guardei o casaco na mochila que foi para o bagageiro. Considerei que as roupas que usei no dia anterior foram boas, então repeti o tipo de vestimenta. Vesti uma blusa de manga comprida por baixo de uma camisa de manga simples. O dia estava amanhecendo sem nuvens e o sol iria castigar novamente, então separei meu chapéu e óculos escuros também.

Aqui vai uma dica: sempre carregue um casaco à mão. No altiplano boliviano os dias eram extremamente ensolarados, mas me surpreendi com o vento gelado que soprava incessantemente o dia todo. É uma sensação muito estranha para um carioca como eu. Sol escaldante e vento congelante ao mesmo tempo. Sem casaco, passei MUITO frio debaixo do sol quente do segundo dia do passeio.

Nos dirigimos para a região desértica, saindo de San Juan através do Salar de Chiguana. A extensão desse salar é de apenas 415 km² e ele é atravessado por trilhos que vão da Estação de Avaroa até Uyuni. Paramos para fotos nos trilhos e o guia explica que a exploração do Chiguana foi toda no início do século XX, por causa dos seus depósitos de Boro.


Salar de Chiguana
Antiga ferrovia que cruzava o deserto e o salar

Seguimos na direção do Deserto de Siloli e das lagunas altiplânicas que ficam na Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa. Na estrada avistamos várias lhamas e vicunhas à margem da rodovia. Nunca havíamos visto essas criaturas de perto, então pedimos para o guia parar o carro para tirar fotos. As lhamas são animais domesticados e existem muitos rebanhos no altiplano, sendo fácil chegar perto e registrar as imagens. As vicunhas são animais selvagens comuns na região, mas são ariscos e não permitem que nos aproximemos muito.

 
Lhamas no Deserto de Siloli


Seguimos atravessando o Deserto de Siloli até chegarmos diante o vulcão Ollague, o único ativo na Bolívia e que está na divisa com o Chile. Mais uma parada para sair um pouco do carro, caminhar na areia e tirar algumas fotos com o vulcão ao fundo (só que de muito longe...).

 
Vulcão Ollague


Deserto de Siloli

O sol já estava forte quando chegamos na Laguna Cañapa, local de nossa parada para almoço. A paisagem do lugar é impressionante, com uma laguna cheia de flamingos em meio ao deserto boliviano, aos pés das montanhas andinas. O almoço, servido pelo guia na carroceria do carro foi péssimo, o vento frio soprava incessantemente deixando o macarrão frio como gelo e o refrigerante quente como o dia, sem falar que pequenos e grandes demônios de poeira (aqueles redemoinhos de vento) passavam dando um tempero especial de terra na comida.

 
Laguna Cañapa


Flamingos


Laguna Cañapa com Flamingos


Muita poeira no almoço

Após o almoço voltamos ao carro e nos dirigimos à Laguna Hedionda (que tem esse nome carinhoso por causa do cheiro de ovo podre que o gás sulfídrico exala de seu interior). A laguna tem um espelho d’água de 4,5 Km². O vento era muito frio, pois estávamos a aproximadamente 4.200 m acima do nível do mar.
Em direção a Laguna Hedionda


Laguna Hedionda


Laguna Hedionda
Saindo da Hedionda voltamos ao carro e nos dirigimos até a laguna Charcota, com águas apresentando tons de verde e branco, chamavam a atenção as diversas espécies de flamingos existentes.

 
Laguna Charcota com muitos Flamingos

Seguindo a rota das lagunas a próxima que visitamos foi a Honda. Muito bonita, encravada em meio as montanhas. Saí do carro apenas para foto, pois o vento frio já estava “cortando” a pele.


Laguna Honda

Deixamos as lagunas para trás e nos dirigimos para El Árbol de Piedra, um bloco de rocha caprichosamente moldado por erosão causada pelos ventos do deserto ao longo de milhões de anos. Novamente me arrependi de não estar de casaco, pois o vento que formou a figura da árvore na pedra era realmente forte e frio e só consegui ficar alguns minutos ali para tirar as fotos. Enquanto buscava abrigo junto a paredes de pedras próximas encontramos uma viscazia, um tipo de coelho do deserto que parecia estar ali só para ser fotografado.

 
Árvore de Pedra moldada pelo vento gelado


Viscazia

A última parada do dia foi junto a entrada do Parque Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa, no qual visitamos a magnífica Laguna Colorada. A entrada custa Bs$ 150,00 não inclusos no pacote do passeio. Pedimos para carimbar o passaporte com o mesmo carimbo que marcavam os tíquetes de entrada para guardar a recordação (depois descobrimos que poderíamos ter feito o mesmo em Isla Del Pescado, mas agora já tinha passado). Este é um dos poucos lugares com banheiro, mas paga-se Bs$ 5,00 pelo uso. A Laguna Colorada se estende por 60 km² e possui uma impressionante cor vermelha, resultado de microrganismos e algas que nela vivem e produzem caroteno para se proteger da forte radiação ultravioleta e com nuances de amarelo, por conta do enxofre. As margens são brancas e brilhantes devido a grandes quantidades de minerais como sódio e magnésio, além de alta concentração de bórax e sal. Possui pequena profundidade (aproximadamente 80 cm) e a cor avermelhada varia de tonalidade conforme as condições climáticas e a hora do dia por causa dos pigmentos das algas. O vento era insuportavelmente frio e espetava a pele como agulhas de gelo. Tentávamos nos abrigar atrás de pedras ou do carro enquanto admirávamos a bela paisagem.

 
Entrada da Reserva Nacional da Fauna Andina
 

Laguna Colorada


Saímos da Laguna e fomos para mais uma noite no deserto boliviano. Dessa vez em quarto coletivo para 6 pessoas, onde nos acomodamos todos que estávamos juntos no carro. O jantar foi ótimo, com entrada, carne branca (pollo) e uma massa acompanhada de um vinho boliviano, presente do guia. A temperatura caía rápido e o vinho ajudava muito. Aproveitamos para carregar as baterias das máquinas fotográficas (Bs$ 2,00) e para tomar um banho com direito a água quente por 5 min (Bs$ 5,00). O casal de franceses havia levado uma garrafa de vinho para o tour e depois que o vinho boliviano acabou abrimos mais esta garrafa. A luz se foi novamente as 21h, mas continuamos sentamos à mesa conversando e bebendo o vinho. A noite estava muito fria e fui dormir meio tonto sabendo que iria acordar em poucas horas já que o guia avisou que deveríamos levantar as 4h30min da madrugada para o último dia do tour.


Gastos - 24.03.2013

Laguna Colorada - Bs$ 150,00

Uso da energia elétrica - Bs$ 2,00
Banheiro na Laguna Colorada - Bs$ 5,00
Banho quente no abrigo: Bs$ 5,00


domingo, 11 de maio de 2014

Salar de Uyuni

4º Dia na Bolívia


Eram mais de 23h30min quando chegamos a Uyuni. O ônibus nos deixa em uma praça e as ruas estavam quase desertas, a exceção de caça-turistas com panfletos tentando empurrar pacotes para visitar o salar. A noite estava bem fria, apesar de estar em pleno verão um termômetro na esquina marcava 5º C. Precisávamos de um hostel para dormir e não tinha nenhuma luz no entorno da rua onde desembarcamos do ônibus. Nesse momento vimos 2 meninas que haviam descido do mesmo ônibus que nós, elas estavam de pé com um mapa e falavam em português sobre localização de lugar para dormir ali perto. Nos apressamos em nos convidar a ajudar com o mapa, pois também precisávamos de um quarto para a noite. Juntos, nós quatro, fomos até o local mais próximo onde havia demarcado um hostel no mapa. A recepicionista nos cobrou Bs$ 30,00 pela noite (10 vezes mais barato que o mais barato hostel que eu tinha visto até então em território boliviano). Precisávamos somente dormir aquela noite, então aceitamos.


Imagino que todos já sabem que era uma espelunca e que não recomendo a ninguém nem passar na calçada. No banheiro não havia papel higiênico e caso necessitasse era preciso pagar Bs$ 2,00 por um rolo de papel rosa (tipo lixa) na recepção. O banheiro coletivo era sujo e com as paredes e chão de cimento cheios de limo, tinha água quente, mas um buraco na vidraça permitia um vento frio, do tipo congelante, entrar e estragar qualquer banho, aliais decidi nem tentar um banho ali e fui direto para a cama. Apenas tirei as botas e o cinto e deitei. A cama tinha cheiro de poeira, mas eu estava tão cansado que dormi assim mesmo. Infelizmente não me recordo o nome do lugar, mas acredito que se olharem o dormitório antes de fechar na recepção não correm o risco de tomarem um quarto neste hostel.


Acordamos o mais cedo possível e deixamos o lugar. As duas meninas com quem havíamos conseguido o hostel deixaram os quartos de manhã também e fomos juntos procurar um lugar para o desayuno. Nos apresentamos e aproveitamos para conversar um pouco e assim conhecemos Benedita e Mariana. Descobrimos que as duas eram portuguesas e que estudavam por intercambio no Rio de Janeiro. Elas estavam se formando na faculdade e terminando os estudos resolveram viajar pela América do Sul antes de voltarem a Portugal. As duas também estavam indo para o salar, então fomos juntos procurar uma agência de turismo para o passeio.


Uyuni


Todas as agências de Uyuni fazem o mesmo passeio, não acho que exista alguma diferença no percurso, então se alguém oferecer vantagens no roteiro não acredite, mas pergunte sobre os locais de pernoite, pois variam entre as agências. A escolha por uma agência tem um pouco de sorte, aconselho que peguem dicas com quem já foi para tentar evitar entrar numa furada com alguma agência de baixa qualidade, mas uma agência que atendeu bem um, pode ser desastrosa para outro, muito por conta de que tudo depende muito do motorista, responsável pelo Tour pelos 3 dias. Nós dois havíamos buscado algumas indicações e as meninas também tinham uma lista de preferências. E eu ainda tinha uma história de um amigo que havia ido ao salar no ano anterior e o motorista dormiu ao volante capotando com o carro e estragando a viagem de todos, sem falar de ossos quebrados e péssimas experiências em hospitais bolivianos. As agências que tínhamos como boas indicações de pessoas que já haviam ido eram: Red Planet, Full Turismo, Colque Tours, Avi Tours e Cordillera Tour (essa muito recomendada por todos).


Assim que saímos na rua uma avalanche de pessoas com panfletos vem oferecer agências, eram pouco mais de 8h da manhã e a maioria das operadoras ainda estava fechada. Fomos ver as indicações que tínhamos e encontramos duas já abertas, pesquisamos os preços e escolhemos a mais barata entre elas. Fomos muito bem atendidos e não tivemos problemas em todo o percurso, então deixo aqui minha indicação para a agência “Full Turismo”, mas não se esqueçam: tudo pode depender da sorte neste ponto. O passeio de 3 dias num carro 4x4 nos custou Bs$ 700 (ou U$ 100 com tudo incluso: alimentação, hospedagem para noite e as meninas ainda incluíram o tranfer para o Atacama ao invés da volta a Uyuni). Todas as agências abrem perto das 9h e os passeios começam a sair por volta de 10h ou 11h da manhã, não indico pesquisar em agências antes de chegar a Uyuni por medo de não conseguir vaga, não creio que exista esse risco por lá.


Com a agência escolhida só faltava efetuar o pagamento. Eu e Leo fomos a uma casa de Câmbio junto ao passeio da Praça Acre (um bom preço no câmbio) e as meninas foram a um caixa eletrônico sacar dinheiro. Indico passar em um mercado e comprar papel higiênico e suprimentos para os 3 dias, pois apesar de as refeições estarem inclusas no preço é bom ter algum complemento e principalmente água. DICA: Comprem muita água, pois são 3 dias no deserto.

Com o pacote acertado fomos conhecer a cidade. Uyuni não é uma cidade bonita, nem em sua parte central, no entorno da Praça Acre existem ruas pavimentadas, casas de câmbio, restaurantes, pizzarias, uma avenida com tendas e lojas de artesanato local e uma igreja. O resto é terra e poeira, lixo nas ruas e uma cidade bem feia.

 




Ruas de Uyuni


Praça Acre

Após uma rápida volta pela cidade e uma parada para as compras no mercado, voltamos para a Full Turismo. Cada carro tem capacidade para 6 pessoas (além do motorista), então fomos informados que iria um casal conosco. Conhecemos nosso motorista e guia pelos próximos 3 dias e um casal de franceses que completaram as vagas.


Antes de sair o guia solicita que tiremos da mochila todos os itens que iremos precisar ao longo do dia, pois as mochilas são presas ao bagageiro de teto e lonadas. Olhem bem atentamente para não deixarem nada importante na mochila, pois vai ficar o dia todo sem ela. O dia estava quente e ensolarado (ao contrário da noite anterior), então vesti uma camisa de manga comprida por baixo de uma blusa de manga comum e deixei o casaco na mochila. DICA: Não esqueçam de levar óculos escuros, chapéu e protetor solar.


O grupo todo no carro

Saímos da área povoada de Uyuni observando o lixo que se acumula nas ruas a beira do deserto ao redor, vimos muito plástico preso nas árvores. A sujeira me incomodou muito, não gosto de ver a humanidade lançando seus resíduos de forma tão primitiva. Rodamos apenas 3 Km e chegamos ao famoso Cemitério de Trens. É uma área cheia de carcaças de antigos vagões e locomotivas, enferrujados e abandonados. São trens que no passado transitavam para a região de Potosí e chegavam a La Paz (via Oruro), e também até Calama no Chile. A malha ferroviária foi construída no século XIV para escoar a produção de minérios. No início do século XX, a exportação já apresentava declínio, enfraquecida pela crise de décadas. Na década de 1940, a indústria colapsou e estes trens foram ali abandonados de vez, apesar de que, segundo nosso guia, os restos no cemitério começaram a ser depositados neste local ainda na década de 1890, pois eram locomotivas e vagões obsoletos ou destruídos por descarrilamentos e outros acidentes diversos. As carcaças estão abandonadas sem critério algum, a céu aberto, enferrujadas e pichadas por turistas.



Cemitério de Trens



Trem abandonado


Cemitério de Trens de Uyuni



Saímos do cemitério de trens e fomos para nossa segunda parada do dia, a última antes de entrar no salar. Colchani, a cerca de 20 km de Uyuni, vilarejo que se dedica ao sal e a criação de lhamas. Outra grande fonte de renda da cidade são os turistas e o local tem uma rua dedicada as tendas e lojas locais. Todos param lá para comprar artesanatos de sal e vários tipos de artesanato em tecido nas barraquinhas espalhadas pela rua e por uma praça. Ainda nos arredores existe um museu de sal, essa também é uma das poucas oportunidades de ir ao banheiro.

 
Artesanato em Colchani


Museu de sal


Interior do museu de sal


Após isso entramos no salar, aos poucos deixamos de rodar sobre areia para avançar sobre sal puro. De longe já se pode ver os montes para extração de sal que são feitos e deixados sob o sol para secar visando o transporte da melhor maneira para Colchani e Oruro, onde acontece o processamento.

 
Extração de sal

Essa é nossa próxima parada para fotos e as explicações do guia sobre o sal e o local. O Salar de Uyuni é o maior deserto de sal do mundo e está localizado a 3.653m de altitude em relação ao nível do mar. Quando ocorreu a elevação da Cordilheira dos Andes, devido aos choques das placas tectônicas, formaram-se grandes lagos salgados confinados nas montanhas. Há cerca de 100 milhões de anos, o lugar era um lago salgado pré-histórico chamado Minchim, cuja água se evaporou e deixou como remanescentes dois grandes desertos salgados, Coipasa (o menor) e o Uyuni, com 10.582 km² de área. Ele nos explica que o Salar contém aproximadamente 10 bilhões de toneladas de sal, das quais menos de 25 mil toneladas são extraídas anualmente.

 
Nós 6 no salar: O casal francês, Leo, eu e as meninas portuguesas

Rodamos mais uns quilômetros no sal e chegamos ao Hotel e Museu de Sal Playa Blanca no meio do Salar. Era o local de nosso almoço também. O guia prepara o almoço na carroceria do carro e nos sentamos em qualquer pedra de sal para comer. Se a refeição não era uma maravilha, admito que era melhor do que eu esperava: Quinoa, carne, salada e refrigerante.

 
Praça das bandeiras ao lado do Hotel de sal


Hotel de sal Playa Blanca


Almoço sendo servido no salar


Após o almoço fomos para nossa próxima parada no Salar: Isla Incahuasi, também chamada de Isla del Pescado. Um pedaço de terra com 1 km² cercado de sal por todos os lados, com sua superfície coberta por uma floresta de cactos gigantes. Deve-se pagar uma taxa de $15 bs para visitação no local (não inclusa no pacote do passeio, conforme previamente informado). O guia explica que existem mais de 150 espécies diferentes de cactos catalogadas nesta ilha. Ficamos por volta de 40 min na ilha e pudemos explorar bem o lugar. Subimos por um caminho entre os cactos e passamos por uma gruta chamada “Arco de Pedra”. Existem cactos milenares com quase 10m de altura na ilha. Do alto se vê a junção da terra e salar. Fiquei um tempo ali apreciando a paisagem da ilha no meio de um mar que secou. É um lugar único.

 
Isla Incahuasi


Filhote de Lhama em Incahuasi


Ilha de cactos em meio ao sal


Cacto milenar com 9 metros de altura


Um pedaço de terra cercado de sal por todos os lados

Saindo da ilha rodamos por mais de 1 hora e paramos no meio do salar para as famosas fotos panorâmicas, que só são possíveis por não existir nenhum ponto de referência no horizonte. É impressionante olhar ao redor e só ver sal. Na época das chuvas o chão fica espelhado e confunde-se com o céu, mas em março as chuvas contínuas já passaram e o salar estava seco. Nosso guia explica que durante os meses de Janeiro e início de Fevereiro, quando as chuvas são mais intensas, não consegue-se, muitas vezes, nem chegar na Isla del Pescado. O sol estava bem forte e apesar do vento constante não fez frio no salar neste dia, fazendo com que a roupa leve que eu usava desse conta da temperatura e ainda protegesse bem do sol.


Salar de Uyuni

Levitando no salar

Perspectiva

Os gigantes franceses

Benedita e Mariana inventando perspectiva

Esmagando Leo

Estrela humana

Depois de toda tarde no salar de Uyuni fomos em direção ao Salar de Chiguana onde iríamos dormir em um hotel de sal próximo ao vilarejo de San Juan. Diferente de Uyuni e de Coipasa este não é de sal puro e branco, e sim de uma terra vermelha extremamente salgada. No caminho ainda pudemos admirar o bonito pôr do sol pela janela do carro.

 
Salar de Chiguana


Fim de tarde em San Juan

O hotel se mostrou bem confortável e interessante, com paredes, mesas e camas confeccionadas em blocos de sal. O chão era todo forrado de sal. Possuía quartos duplos e banheiro coletivo onde era possível tomar um banho quente por Bs$ 5,00. Sentamos todos em uma grande mesa de sal e fomos servidos com uma boa comida (sopa e pães de entrada, arroz, quinoa e carne vermelha como prato principal). Conforme o sol vai se pondo a temperatura vai caindo rapidamente. Após o jantar ficamos conversando à mesa até que sem nenhum aviso prévio a luz foi desligada! Ninguém nos avisou, mas, exatamente as 21h, o gerador é desligado, deixando tudo as escuras e isso significa sem possibilidades de carregar baterias de maquinas fotográficas e celulares, além de acabar com qualquer chance de um banho quente. Era dormir sujo a única opção, então nos recolhemos e dormi assim mesmo pela segunda noite consecutiva.


Hotel de sal


Hotel de sal: Corredor e banheiro ao fundo


Reunidos para a refeição


Quarto aconchegante

Gastos - 23.03.2013

Hostel - Bs$ 30,00
Café da manha - Bs$ 25,00
Tour 3 dias em Uyuni - Bs$ 700,00
Compras mercado - Bs$ 56,00
Artesanato de sal - Bs$ 19,00
Entrada na Isla del Pescado - Bs$ 15,00