sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Estoril e Cascais


Partimos da Estação Oriente, em Lisboa, na direção de Estoril e Cascais, balneários portugueses próximos a capital do país, em uma viagem de apenas 30 min.

ESTORIL

A estação de comboios de Estoril está localizada no coração da cidade que é dividida pelos trilhos do trem. De um lado a praia e do outro um parque cheio de palmeiras e cercado de belas construções. No parque está o maior cassino da Europa.

 
Estação de Comboios de Estoril
 
Cassino Estoril: O maior da Europa


Caminhando um pouco pelas ruas de Estoril encontramos o Colégio Salesiano. Eu estudei, na infância, em um Salesiano no Rio de Janeiro e me interessei em ver o português, mas não podia entrar na escola (claro!!!). Me contentei em conhecer a Capela de Nossa Senhora do Rosário que pertence ao colégio.

Colégio Salesiano de Estoril

Capela de Nossa Senhora do Rosário

Não há muito mais o que ver em Estoril a não ser as lindas praias e cruzamos a linha férrea por uma passagem subterrânea que conduz diretamente para o calçadão a beira mar.

 
Cruzando por debaixo da linha férrea em direção ao mar
 

Praia em Estoril


A Praia do Tamariz fica diante da estação de trem e possui bares e restaurantes. Nela foram construídas algumas piscinas oceânicas que se enchem com a maré mais alta, permitindo um banho tranquilo junto a areia. Quando estivemos lá a maré estava baixa e boa parte das piscinas estava vazia permitindo que se visse seu fundo de pedra e limo


Paredes de pedra represam a água criando piscinas a beira mar que esvaziam com a maré baixa
 
Dá para ter uma noção da profundidade da piscina

Caminhando um pouco pela orla encontra-se a Praia da Poça onde, no alto de uma pequena elevação, está o Forte de São João. A construção é um dos antigos fortes da Cadaveira e junto com o Forte de São Teodósio formavam a proteção na antiga ribeira.

 
Praia da Poça
 
Antigas fortalezas retratadas em azulejos

Forte São João da Cadaveira


Uma pena que apesar do sol o frio do fim de inverno europeu não me deixou tomar um banho de mar em águas portuguesas. Neste momento ainda esperávamos mergulhar em praias do Algarve no fim da viagem, que seria quase na primavera, mas isso acabou não acontecendo... mas isso é história para depois, nos relatos do fim da viagem, por ora estávamos apreciando as bonitas praias de Estoril.


Na verdade creio que a maré se enche diariamente e que apenas estavam vazias, pois estava cedo ainda. De qualquer forma dá para se ter uma noção de como deve ser bom ficar nestas praias em um dia quente.

Mais uma piscina vazia com a maré baixa nas praias de Estoril

Se estiver indo para Portugal no verão europeu não deixe de programar um dia para aproveitar a praia de Estoril.




Junto a praia um calçadão bem largo liga Estoril a Cascais. Famílias caminham com carrinhos de bebê, pessoas pedalam e caminham em todas as direções. O lugar é ótimo para uma corrida ou para uma volta de patins ou skate.

Calçadão contorna a faixa de areia e liga Estoril a Cascais

O que separa Estoril de Cascais é um monte coberto de mansões, conhecido como Monte Estoril, além da Praia das Moitas por onde caminhamos entre as duas cidades.

 
Calçadão beirando o mar com o monte Estoril e suas mansões ao fundo

CASCAIS

Caminhando pela orla e cruzando as mansões ao longo da costa, logo estamos em Cascais. A cidadela chama atenção pelo ar de nobreza, pois os casarões foram construídos como residência de verão dos ricos de Lisboa no século XIX. Hoje Cascais é um tipo de subúrbio rico de Lisboa e um ótimo balneário de verão.

 
Cascais

As ruas do centro de Cascais são simples e bonitas, com lojinhas de apetrechos para turistas e um ar de férias de verão apesar de estar no fim do inverno quando estivemos por lá.

 
Bonitas ruas de Cascais com lojinhas e restaurantes para turistas

Aproveite para uma caminhada leve pelo calçadão e desfrute dos restaurantes do lugar. Caminhando pelo Passeio Dom Luis I encontramos a pequena Praia da Ribeira, mas infelizmente o vento frio nos lembrava que ainda era inverno na Europa...

 
Praia da Ribeira

Diante da praia está a Praça 5 de Outubro que com bonitas fachadas preserva as características originais e uma estátua de D. Pedro I. Outra das atrações da praça é o famoso Irish Pub, O’ Neill’s com sua bonita fachada. O lugar é um pedaço da Irlanda em Cascais e até a língua oficial por lá é o inglês, pois tudo ali é para o turista europeu.

 
Praça 5 de Outubro com a estátua de D. Pedro I e o famoso Irish Pub O' Neill's ao fundo

Na praça está a Câmara Municipal de Cascais que foi instalada no antigo Palácio dos Condes da Guarda. Na fachada do prédio podemos ver vários painéis em azulejos que representam cenas das vidas de santos.

Câmara Municipal de Cascais
Um dos pontos turísticos da cidade é a Fortaleza de Nossa Senhora da Luz, no local da antiga Cidadela de Cascais, onde funciona um museu. Também está aberta a visitação a Torre de Santo Antônio, parte da antiga fortificação.

 
Fortaleza de Nossa Senhora da Luz
 


A fortaleza faz parte dos fortes militares construídos entre os séculos XV e XVII para defesa da costa e da entrada do Rio Tejo e é posterior a construção da Torre.

 
Fortaleza diante do Rio Tejo

A torre fortificada foi construída em 1448 a mando de D. João II por conta dos frequentes ataques de piratas ingleses e franceses na costa portuguesa. Uma curiosidade do local é que foi na cidadela que se inaugurou o uso da iluminação elétrica em Portugal, no ano de 1878.

O interior da Torre de Santo Antônio

O terremoto de 1755 destruiu grande parte da construção que ficou perdida e foi redescoberta com muros originais e cisternas no ano de 1986, quando começou a ser reconstruída, abrindo a visitação em 2011. A entrada para a Torre de Santo Antônio fica no lado oposto da entrada principal da cidadela.

 
Antiga imagem aérea da fortaleza com a torre a direita, junto ao rio

Uma curiosidade é a história da mulher do soldado Lorenzo que depois de uma briga com o governador da cidadela no ano de 1829 foi informado que sua esposa, que trabalhava na casa de governo, havia ido embora sem deixar notícias. Desconfiado de que o seu desafeto mantinha sua mulher cativa em casa o soldado pediu ajuda até ao rei D. Miguel, sem sucesso. Foi aberto um processo de investigação que nunca localizou a mulher, até que no ano de 1987 alunos universitários, que realizavam trabalhos de restauração no antigo baluarte, encontraram o esqueleto da mulher do soldado Lorenzo no interior de uma lixeira em um corredor que fica entre a antiga muralha da torre e os muros da fortaleza.

 
Lixeira onde estava o corpo da mulher do soldado

Subindo pela torre chega-se a um platô no topo de onde se pode ver o Tejo com a Marina de Cascais e parte da cidade e suas praias. A visita não é muito demorada, já que a torre é pequena, e essa foi nossa última parada em Cascais.

 
Platô da Torre de Santo Antônio
 

Marina de Cascais e o Rio Tejo vistos da torre


Depois seguimos para a estação de comboios e tomamos o trem de volta para Lisboa. Fizemos toda a visita caminhando entre Estoril e Cascais, em metade de um dia, lembrando que não pudemos ficar descansando na praia, pois estávamos no inverno, mas que este deve ser um ótimo programa para um dia quente de verão.




Gastos para 2 pessoas em Fevereiro de 2015:

- Metro até Estação Oriente: € 2,80
- Passagens de trem para Estoril: € 4,30
- Passagens de trem saindo de Cascais: € 4,30
- Almoço: 14,10
- Metro da Estação Oriente para o centro de Lisboa: € 2,80

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Sintra


Partimos da Estação Rossio, em Lisboa, na direção da cidade de Sintra. A estação fica na Praça do Rossio no centro de Lisboa e a viagem até Sintra dura 40 min.

Sintra


Sintra é um lugar lindo com muita cultura, aconselho reservar um dia para conhecer a cidadezinha. A chegada na estação de trem já tem um ar aconchegante, com a bilheteria coberta por painéis de azulejos.

 
Estação de comboios de Sintra
 
Charmosa bilheteria da estação de trens


Indo de trem é bem tranquilo conhecer a cidade, mas terá que caminhar bastante. Para quem está de carro pode conhecer toda a Serra de Sintra em um único dia, mas infelizmente nós só ficamos na Vila, pois estávamos sem carro.

 
Castelo dos Mouros na Serra de Sintra



Saindo da estação de trem caminhamos em direção ao centro do vilarejo que foi reconhecido como Patrimônio Cultural da UNESCO em 1995, e encontramos uma das muitas fontes de água utilizadas pela população, a bela e azulejada Fonte Mourisca.

Fonte Mourisca

Já chegando ao centro está a Igreja de São Martinho e inúmeras cafeterias e restaurantes que abriam as portas no início frio da manhã.

 
Igreja de São Martinho
 
Um pouco de Sintra


Na cidade existem três atrações imperdíveis: Castelo dos Mouros, Palácio da Pena e Palácio Nacional de Sintra. Para se explorar as construções é preciso caminhar pelas ruas e ladeiras que são especialmente agradáveis nos dias mais frios e de quebra acaba-se descobrindo pequenas belezas nas fachadas e fontes.


Fonte da Sabuga
 
Ruas de Sintra

Subindo pela Calçada de Santa Maria em direção a Rampa do Castelo encontra-se a Casa onde morou o escritor Hans Christian Andersen quando esteve em Portugal no ano de 1866.

 
Casa de Hans Andersen
 


Seguindo ladeira acima esta o Castelo dos Mouros, uma fortificação militar do século X construída pelos mulçumanos que ocuparam a península ibérica no passado.

 
Castelo dos Mouros

Caminhando se chega a segunda cintura de muralhas que foi um incremento da área fortificada inicial, de modo a proteger os bairros e a população que se instalavam na vertente da montanha nos arredores do castelo.

 
Cintura de muralhas do Castelo dos Mouros
 


Nos antigos bairros mulçumanos existentes entre as duas fileiras de muralhas pode-se ver silos escavados na rocha que serviram para guarda de alimentos, muito comum no mundo árabe na época.

 
Silos escavados para guarda de alimentos

Ainda nesta região esta a área de investigação arqueológica sobre o bairro islâmico e a necrópole medieval cristã, junto da Igreja de São Pedro de Canaferrim. A igreja foi construída no século XII, após a conquista do território pelos portugueses. Hoje as ruínas do templo estão harmonizadas com um projeto arquitetônico que recompôs o telhado e o piso com tablados de madeira.

 
Igreja de São Pedro de Canaferrim
 
Interior do templo do século XII


Diante da igreja está um túmulo erguido para colocação das ossadas encontradas na área durante as obras de construção da igreja e dos caminhos que levam ao castelo. O túmulo foi erguido pelo Rei D. Fernando II que fez diversas edificações sobre a antiga necrópole mulçumana onde havia ossadas humanas.

 
Túmulo junto a uma pequena torre
 
Detalhe do túmulo onde foram depositadas ossadas encontradas na região


Entrando na fortificação encontramos uma grande cisterna construída para armazenamento de água potável. Pode-se descer e entrar na cisterna que hoje conta com um passadiço para os visitantes. Conta a lenda que sob a construção está sepultado um rei mouro

Entrando no castelo
 
Antiga cisterna moura

É possível caminhar pelas muralhas do Castelo que foi conquistado pelo primeiro Rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, no ano de 1147.




Ainda era cedo e havia muita neblina no céu. Como estávamos no fim do inverno ainda fazia bastante frio e me lembro até hoje do vento gelado que parecia cortar meu corpo como uma chuva de agulhas.




Abrigada do vento frio pelas muralhas está a Praça de Armas que é o espaço mais amplo da fortaleza. A praça tem esse nome, pois era utilizada para concentração das tropas militares de defesa.

Praça de Armas do Castelo

Próximo a praça encontra-se a chamada “Porta da Traição” muito comum nos castelos medievais. A pequena porta liga o interior da fortaleza ao lado externo da muralha com uma saída escondida e era usada para fuga. Em muitos casos essa saída secreta virava uma entrada para os inimigos que a encontravam, normalmente com ajuda de algum traidor de dentro dos muros e por isso ganhou esse nome popular.

 
Eu sobre a pequena Porta da Traição

No alto da Muralha existem binóculos que permitem apreciar a paisagem ao redor. É possível ver o Chalet Biester, a Quinta da Regaleira e o Palácio Monserrate, além do centro da cidade com o Palácio Nacional de Sintra.

 
Binóculo no topo da muralha
Chalet Biester
 

Centro de Sintra visto de cima
Quinta da Regaleira


Seguindo as muralhas novamente pode-se percorrer a face do castelo até a Torre Real, onde o vento frio volta a castigar e eu congelava. A torre tem uma vista privilegiada de toda a região e era usada pelo Rei D. Fernando II que costumava pintar quadros observando a paisagem. Desta torre pode-se ver o Palácio da Pena no topo do morro a frente.



Palácio da Pena visto do Castelo


Depois foi descer de volta a encosta da montanha e seguir em direção ao Parque da Pena, um conjunto de jardins em meio a mata nas encostas da floresta que rodeia o Palácio da Pena.


Parque da Pena

O parque é imenso e oferece atividades diversas, como trilhas e mirantes. No ponto mais alto da Serra da Sintra está um cruzeiro, a 529 metros de altitude, que pode ser acessado caminhando, mas infelizmente não teríamos tempo para isso. Entrando pelo Portão dos Lagos encontramos cinco lagos para onde drena a água de todo o parque. Destaque para o Lago de São Martinho que possui uma Pateira em forma de torre medieval no meio.

Cruzeiro no alto da Serra

Lago São Martinho e suas torres

Caminhando pelo Parque da Pena

Em destaque no meio dos jardins em um morro alto está o Palácio da Pena. Construído no século XIX sobre as ruínas de um mosteiro do século XVI, que por sua vez havia sido edificado no lugar da Capela de Nossa Senhora da Pena.

 
Palácio da Pena

O palácio foi construído para o Rei Consorte Fernando II, também conhecido como o Rei Artista, casado com a filha de D. Pedro I do Brasil (D. Pedro IV em Portugal). Com a proclamação da república em 1910 o palácio foi transformado em museu que aconselho muito visitar.

 
Entrada do palácio

As paredes vermelhas marcam o espaço do antigo mosteiro com a antiga torre sineira transformada em torre do relógio, enquanto em amarelo está a zona palaciana nova. Entre os dois está o pátio dos arcos, todo azulejado, diante da antiga capela. O Arco do Tritão marca a entrada principal e é decorado com o ser mitológico que lhe deu o nome.

 
Arco do Tritão
 
Pátio dos Arcos e a torre sineira


A área do claustro do antigo mosteiro é decorada com os azulejos originais que também cobrem as paredes do antigo refeitório dos monges que depois foi transformado em sala de jantar por D. Fernando.

 
Antigo refeitório dos monges e sala de jantar real em manutenção

A visita no interior do palácio dura pelo menos uma hora e percorre os quartos do rei e da rainha, a cozinha, a sala de fumo e o lindo salão de baile, além do atelier real e as outras diversas dependências.

 
Quarto de D. Carlos
 
A grande cozinha

O bonito e impressionante Salão Nobre


Destaque para a antiga capela, que antecede o próprio mosteiro, e foi transformada em capela particular de D. Fernando, com um retábulo de alabastro e mármore construído entre 1529 e 1532 contendo cenas da vida e Cristo esculpidas nos nichos.


Capela

Retábulo de mármore e alabastro
Das sacadas e áreas externas do palácio é possível admirar a paisagem, com destaque para o Castelo dos Mouros, no topo de um morro mais baixo que o palácio. Apesar do céu azul o vento frio continuava a nos congelar. Já tinha sentido sua força no castelo e no palácio não foi diferente. Era uma foto e voltar correndo para um lugar abrigado.

 
O castelo visto do palácio

Voltando ao centro do vilarejo encontramos o lugar fervilhando de turistas. Diferente das primeiras horas do dia, quando subimos para o castelo, as lojinhas, cafeterias e restaurantes da cidade estavam todos abertos. Não arrisco indicar lugar para comer, pois com certeza existem inúmeros bons locais. A dica é percorrer os becos da cidade subindo e descendo as ladeiras e descubra as lojas e restaurantes escondidos pelo lugar.

 
Ruelas e lojinhas de artesanatos de Sintra

Diferente dos restaurantes eu vou indicar bons lugares para se comer um docinho, afinal Sintra é conhecida por ser o berço de dois tipos de doces típicos portugueses. O mais conhecido é a Queijadinha que começou a ser fabricada em uma padaria a 160 anos atrás. A pedido do Rei D. Carlos I a padaria virou uma fábrica de queijadas, seu doce predileto em Sintra. Com o nome de Piriquita, a antiga fábrica de queijadas (Rua das Padarias nº 1) se transformou em uma pastelaria (local que se vendem doces em Portugal) e continua vendendo as maravilhosas queijadas até hoje.

 
Aline diante da famosa Piriquita onde foi criada a queijadinha
 
As queijadinhas da Piriquita


Na década de 1940 a surgiu na Piriquita um novo doce que hoje é típico do lugar: O Travesseiro de Sintra. O doce de massa foleada, com ovos e amendoado só é vendido por lá. Uma nova fábrica de queijadas surgiu no caminho para a estação de trem (Volta Duche nº 12). A chamada “Verdadeira Fábrica de Queijadas da Sapa” é hoje uma referência no doce.

 
Fábrica de Queijadas da Sapa: vale a visita

Depois de caminhar pelas ruelas, visitar as lojinhas de artesanato, comer e saborear os doces de Sintra é hora de partir para nossa última atração na cidade: O Palácio Nacional de Sintra. É possível ver de longe as duas grandes chaminés que erguem-se sobre a cozinha.

 
O Palácio Nacional de Sintra com as suas onipotentes chaminés

O palácio foi construído e remodelado ao longo de muitos reinados portugueses. A parte principal, incluindo o bloco central, foi construída por João I no fim do século XIV, em uma área ocupada anteriormente pelos governantes mouros. Acréscimos foram feitos por Manuel I no início do século XVI. O palácio passou a ser o refúgio de verão favorito da corte real e continuou a ser usado pela realeza até a proclamação da independência portuguesa.



O interior do palácio é lindo e impressionante. Destaque para o antigo salão de jantar que tem um teto dividido em painéis octogonais decorados com cisnes pintados no século XV e para as imensas cozinhas sobre as chaminés que faz com que qualquer visitante se perca imaginando como eram os banquetes reais no palácio.

Salão de Jantar

Teto com os cisnes no salão de jantar

As impressionantes cozinhas sob as chaminés


No jardim interno está a interessante Casa de Banhos. Construída em um recuo na área externa a “gruta de banhos” é decorada nas paredes com painéis de azulejos, possuindo pequenos orifícios por onde a água esguichava fazendo um efeito parecido com a atual hidromassagem!

 
O jardim interno
 
Casa de banhos

Furos por onde jorrava água entre os azulejos


Percorrendo o palácio ainda pode-se ver o quarto-prisão de D. Afonso VI, a Capela Palatina e os diversos salões com lindas pintura de tetos.


Capela Palatina

Mas o meu destaque principal vai para a Sala dos Brasões que está na Torre da Meca ao lado do Jardim dos Príncipes. O grande salão é decorado com azulejos nas paredes e com um domo no teto que apresenta os brasões de armas de 72 famílias nobres portuguesas.


 
A Sala dos Brasões impressiona qualquer um que a veja pela primeira vez




É divertido procurar os sobrenomes de descendentes como nós ou de amigos entre os brasões. As famílias mais influentes na época estão representadas na pintura com cervos que ostentam o brasão familiar.

 
Teto com brasões de famílias portuguesas

Aline e eu encontramos nossos sobrenomes entre as figuras. Estavam lá os brasões dos “Sousas”, segundo nome da Aline herdado do pai e dos “Abreus”, meu segundo nome, herdado por parte de minha Avó portuguesa.

 
Brasão da família Sousa
 
Brasão da família Abreu


Fim do dia se aproximando e era hora de voltar para Lisboa, ainda passamos pelo Parque da Liberdade na volta para a estação, mas apenas para uma visita rápida. Visitar palácios e castelos na Europa é quase uma ação cotidiana e Sintra tem as duas opções lado a lado. Recomendo muito a visita!!!


Praça da Sintra diante do Palácio Nacional da Pena: Hora de ir embora

Parque da liberdade no fim do inverno, sem as flores da primavera

Dicas:

- Sintra está próximo a Lisboa (40 min de trem) e é possível visita-la tranquilamente em um bate-volta, como fizemos;

- Um único dia em Sintra é o suficiente para conhecer o castelo e os palácios;

- Se estiver de carro vale conhecer toda a Serra em um caminho que vai até Cascais;

- A linha de ônibus 434 faz o percurso desde a estação de trem até o Castelo e o Palácio da Pena;

- Pode-se comprar um boleto turístico que dá direito a várias atrações e o valor varia dependendo dos lugares que se quer visitar, existindo diferentes pacotes. Procure se informar na bilheteria do castelo ou dos palácios;


Gastos para 2 pessoas em Fevereiro de 2015:

- Desjejum: € 3,10
- Passagens de trem para Sintra: € 9,60
- Entradas para o Castelo e Palácios: € 45,00
- Almoço: 17,75
- Queijadas e lanches: € 9,85