10º Dia no Chile (dia 18 do mochilão)
Acordamos bem cedo e tomamos o desayuno
no hotel, depois seguimos caminhando para a agência da Turistik que fica no
Mercado Central de Santiago. Havíamos reservado um tour de um dia em Viña del Mar e Valparaíso. A operadora oferece
diversas opções de pacotes na região (www.turistik.cl).
Existem diversas maneiras de se conhecer as duas cidades vizinhas
de Santiago, a mais barata é ir de ônibus da rodoviária e por lá contratar uma
agência local que oferece o passeio (esta opção deve sair por, aproximadamente,
$ 15.000 CLP) ou seguir por condução pública fazendo seu próprio roteiro. A
Turistik oferece dois pacotes: “Viña del Mar e Valparaíso” ($ 30.600 CLP) e “Vinhos,
Valparaíso e Neruda” ($ 52.200 CLP). A diferença entre os dois pacotes da
Turistik é que no segundo se faz uma visita a uma vinícola e à casa de Pablo
Neruda e só passa por Viña, enquanto o primeiro tem paradas na cidade, além de
uma caminhada por Valparaíso. Havíamos fechado o pacote simples, sem a vinícola
e sem a visita ao interior da casa de Neruda.
Viña Del Mar
Embarcamos em um ônibus da operadora turística e seguimos para
Viña Del Mar. O trajeto de 120 Km é percorrido vagarosamente, devido as curvas
da estrada. Já nos arredores da cidade pode-se ver as vinícolas que dominam a
região.
O guia explica que Viña del Mar é uma cidade pequena, com
aproximadamente 300 mil habitantes, totalmente voltada para o turismo. A cidade
surgiu no século XIX da união de duas fazendas e recebeu seu nome devido aos
famosos vinhedos plantados no local, sendo oficialmente fundada em 1878 por
José Francisco Vergara. Enquanto o guia explicava apenas víamos a cidade passar
pelas janelas do ônibus...
Nossa primeira parada foi para
conhecer a Quinta Vergara, um parque de grande área verde com exemplares da
flora local e internacional. Lá estão o Palácio Vergara e um anfiteatro. Na
época colonial, o local era a Fazenda Sete Irmãs, que juntamente com a Fazenda
Viña del Mar deu origem à cidade. Em 1840 um comerciante português comprou a
propriedade e instalou ali sua residência. Sua mulher, uma amante de plantas
exóticas, começou a cultivar uma enorme variedade de árvores e flores no seu
jardim, que hoje constituem o parque. Com o passar dos anos a única herdeira da
fazenda casou-se com o engenheiro José Francisco Vergara, que viria a fundar
Viña del Mar.
Quinta Vergara |
Palma Chilena |
Caminhamos um pouco pelo parque e paramos diante do Palácio
Vergara, construído entre 1906 e 1910 para a família do fundador da cidade. O
casarão sediava o Museu de Belas Artes até quando este foi fechado para
reformas. Diante do palácio dois leões de bronze que guardam sua entrada.
O guia explica que o palácio
está totalmente destruído por conta de um terremoto ocorrido em fevereiro de
2010 e que pode desabar a qualquer momento. De perto se pode ver os estragos
causados pelo tremor. Com danos irreparáveis, o prédio foi fechado e iniciou-se
um significativo projeto de restauração, que custará quase cinco milhões de dólares,
mas a demora na execução do projeto pode fazer com que tudo vá ao chão antes da
conclusão, principalmente se houver outro forte terremoto na cidade.
Palácio Vergara quase desabando devido a um grande terremoto |
Fachada do palácio apresentando diversas rachaduras |
Caminhamos até o anfiteatro e o
guia nos conta que a cidade ganhou fama e popularidade mundial a partir de
1960, com o Festival Internacional da Canção de Viña del Mar, que acontece neste
local até os dias de hoje, sempre no mês de fevereiro.
O anfiteatro tem capacidade para 15 mil pessoas e é usado para o
festival e também para outros grandes eventos. A construção foi finalizada em
2001 e antes disso as pessoas traziam cadeiras de casa e se instalavam no
gramado para assistir ao festival de música. Era armada uma grande lona de
circo e uma concha acústica simples no lugar do palco do anfiteatro.
Interessante estrutura do anfiteatro |
Atual palco do Festival Internacional da Canção |
Na saída da Quinta Vergara encontra-se um monumento em homenagem
aos dois maiores poetas chilenos: Pablo Neruda e Gabriela Mistral.
Voltamos ao ônibus e seguimos para nossa segunda parada: A Playa los Cañones.
Uma parada de trinta minutos na praia que fica entre as praias Los Marineros e Del Deporte. A Los Cañones
tem esse nome porque nela está o Museu a céu aberto de canhões navais.
O dia estava mega nublado e o vento frio desanimava qualquer
contato com a água. Ficamos por ali caminhando e olhando o mar entre os
canhões, até o guia nos chamar de volta ao ônibus.
Seguindo nosso city tour
pela janela do ônibus, passamos em frente ao cassino mais antigo do Chile que
foi inaugurado em 1930 e vimos olhando para o alto, o topo do Castillo Brunet, construído em estilo
medieval e declarado Monumento Histórico Nacional. Apontando apenas a torre
acima dos prédios o guia conta que o castelo foi construído para servir de hospedagem
para visitantes das altas classes sociais e ser usado para festas e recepções da
elite chilena na cidade. Mas só vimos o topo e de longe...
Cassino de Valparaíso |
Topo do Castelo Brunet acima dos prédios |
Depois seguimos pela orla e
passamos pelo Castillo Wulff, construído
sobre as rochas do mar em 1906 pelo empresário alemão Gustavo Wulff. Segundo o
guia o castelo possui um piso transparente que permite a visão do mar e das pedras
em baixo da construção e abriga exposições itinerantes de mostras de arte. O
castelo abre de terça a domingo, das 10h00min às 17h30min, fechando para almoço
entre 13h30min e 15h00min e a entrada é gratuita.
Já passava do meio dia quando
fizemos a parada para o almoço, a última em Viña Del Mar, no Restaurante Castillo Del Mar, que fica na praia, bem
perto do Castillo Wulff. O guia
explica que aqueles que não quiserem almoçar estão livres para conhecer a orla
e podem visitar o Castillo Wulff. Eu
queria muito ir até lá, mas estava com fome e não tinha outra opção para comer
(nem uma barraquinha de empanadas havia por perto), então fomos almoçar.
O Castillo Del Mar é uma construção do século XIX que é usado como
casa de festas, além de operar um restaurante, digamos, fora dos padrões dos
mochileiros...
Não tínhamos outra opção (achei
isso errado no tour, mas...) e fomos almoçar em alto estilo neste dia. Logo na
entrada do salão principal, uma mesa exibe os diversos vinhos chilenos servidos
no restaurante, para que o cliente possa escolher o que mais o agrada.
O restaurante, montado no salão
principal, possui a vista toda livre para o mar à frente. A especialidade são
os frutos do mar, mas servem massas e carnes também. No geral a comida no Chile
é bem cara, mas em Viña Del Mar é mais cara ainda e todos os tours vão levar você para um restaurante
sofisticado, pois esse é o estilo da cidade.
O problema foi que a parada do
almoço teve duas horas de duração. Eu que sempre prefiro comer algo rápido para
poder aproveitar o tempo conhecendo o lugar, fiquei preso no restaurante à
espera de todos que pareciam comer lentamente. O serviço também não parece ter
a mínima pressa, servindo a todos bem vagarosamente. Aproveitamos para ficar
apreciando o mar e tirando fotos na piscina no fundo do castelo.
Piscina do Castelo |
Castillo del Mar |
Era o fim do nosso rápido city tour por Viña Del Mar e seguimos
após o almoço para Valparaíso, que fica a aproximadamente 10 minutos de
distância de Viña.
Valparaíso
Assim que entramos nas ruas de
Valparaíso os trolebus nos chamaram a
atenção. Um ônibus elétrico antigo que é a melhor opção para se locomover pela
cidade, caso não esteja preso em um tour como nós. O guia nos explica que o transporte
é uma atração turística de Valparaíso e é o mais antigo ônibus elétrico continuamente
em operação no mundo, pois está operando há mais de 60 anos ininterruptamente.
Valparaíso é uma cidade
portuária bem simples, bem diferente de Viña del Mar. O guia explica que a
cidade possui cerca de 295 mil habitantes e que sua economia gira em torno das
atividades portuárias, da pesca e do turismo. O porto é o primeiro do Chile e é
tido como um dos mais importantes da América Latina.
Uma das cidades mais antigas do
Chile, Valparaíso foi fundada com o nome de Puerto Natural de Santiago del
Nuevo Extremo, em 1544, pelo conquistador Pedro de Valdívia. A cidade foi
erguida em uma área montanhosa e está assentada sobre 42 “cerros” (morros e
colinas) e o ônibus vai subindo as ladeiras estreitas enquanto observamos as
casas coloridas pela janela. Como um bom brasileiro minha primeira impressão de
Valparaíso é de uma grande favela, sendo a diferença entre os morros chilenos e
os cariocas apenas o fato de que por lá as construções simples são pintadas com
diversas cores, enquanto as da cidade maravilhosa apresentam tijolos expostos
sem nenhum tipo de acabamento e pintura.
Seguimos pelo Cerro Bella Vista
para nossa primeira parada depois que chegamos à cidade. Descemos do ônibus na Plaza La Sebastiana, diante da casa do
poeta chileno Pablo Neruda que tem o mesmo nome. Logo na praça nos chama a
atenção uma grande pintura do rosto do poeta que decora a parede de uma escola
que tem o nome de Neruda. Na praça uma pequena obra de arte em forma de banco
exibe as curvas do famoso poeta.
Pablo Neruda: Arte no muro |
Plaza La Sebastiana com banco em homenagem ao poeta |
A visita à Casa La Sebastiana
não estava incluída no tour e não havia previsão de tempo ali para os que
quisessem vê-la por dentro, portanto apenas podíamos apreciar a fachada. O guia
reúne o grupo e nos conta que a casa foi inaugurada em 1961 e possui este nome
em homenagem ao arquiteto que a projetou: Sebastián Collado.
Depois de conhecer La Chascona
eu queria muito entrar em La Sebastiana, uma pena o guia não ter deixado um
tempinho para isto e fiquei pensando que perdemos duas horas almoçando em Viña,
quando o tempo podia ter sido bem mais distribuído para se visitar a casa...
Aline e eu diante da fachada lateral de La Sebastiana |
Para quem puder visitar, a
entrada custava 3000 pesos chilenos e dentro da casa de quatro andares existem objetos
e coleções das viagens do poeta, além de um mirante para a baía de Valparaíso. O
museu abre apenas de terça a domingo das 10h às 18h de março a dezembro e das
10h30min às 18h50min em janeiro e fevereiro.
A casa em que não pudemos entrar |
Voltamos ao ônibus e seguimos
por mais um pouco sempre subindo. O guia nos explica que iríamos descer
caminhando e depois de funicular e aqueles que não pudessem, ou não quisessem
caminhar poderiam aguardar no veículo e depois nos encontraria lá embaixo. Me
animei um pouco, pois estava bem cansado de city tour pela janela...
Cortiço em Valparaíso |
Finalmente descemos do ônibus e
seguimos a pé por entre as casa coloridas da cidade. O guia vai na frente
contando que o centro histórico de Valparaíso foi declarado Patrimônio Cultural
da Humanidade pela UNESCO em 2003.
As casinhas simples e
coloridas, em ruas estreitas, foram inicialmente erguidas pelos estivadores. As
paredes de muitas delas foram feitas de telhas de zinco ou amianto e coloridas,
pois os materiais eram de baixo custo, muitas vezes sobras de cargas.
Seguimos caminhando pelas ruas
entre casa coloridas e com pinturas de arte de rua nas paredes, enquanto o guia
explica que em agosto de 1906 um grande terremoto causou graves danos em toda a
cidade, que era naquele tempo o coração da economia chilena, deixando mais de
3000 mortos e 20.000 feridos. Os danos foram avaliados em centenas de milhões
de pesos à época. Durante o trabalho de reconstrução foi realizado o
alargamento das ruas criando as avenidas atuais.
As pequenas casas coloridas ainda
abrigam a população mais pobre, mas atualmente, nos Morros Conceição e Alegre,
uma leva de artistas e gente de melhores condições sociais as adquiriu,
valorizando os bairros e elevando o conceito de se morar nas casinhas com
estilo.
A casa roxa montada com placas metálicas |
Ladeira de Valparaíso |
Durante a idade de ouro da
cidade, entre os anos de 1848 e 1914 Valparaíso recebeu um grande numero de
estrangeiros, especialmente ingleses, alemães e italianos, que influenciaram
sua arquitetura, deixando construções marcantes até os dias de hoje.
Casas de materiais reaproveitados se misturam a construções em estilo europeu |
Ruas e casas estreitas nas ladeiras da cidade |
Depois de uma boa caminhada
pelas ruas da cidade, chegamos ao Paseo
Yugoslavo, uma praça de onde se tem uma ótima vista do porto abaixo. Ao seu
redor estão algumas construções históricas, como o Palacio Baburizza, erguido em 1916, que sedia o Museu de Belas
Artes.
Valparaíso vista do Paseo Yugoslavo |
Palácio Baburizza |
Na praça está um dos quinze
ascensores de Valparaíso, o ascensor El
Peral, um tipo de funicular que liga as partes baixas às partes altas da
cidade. O guia nos explicou que poucos destes estão em operação, mas que o
governo possui um plano de recuperação para todos eles. O Ascensor El Peral foi inaugurado em 1902 e hoje é de propriedade
municipal.
Casa de máquinas do ascensor |
Ascensor El Peral |
Descemos pelo El Peral, e chegamos na Plaza Sotomayor, a principal praça de
Valparaíso que fica na base do Cerro Alegre. A praça reúne vários edifícios
históricos, como o imponente prédio da Comandancia
Jefe de La Armada. Construída em 1910, é utilizada como residência de verão
do presidente do Chile. O prédio também é sede de governo do prefeito e do
governador, além de abrigar, desde 1970, o comando geral da marinha chilena.
Diante do prédio sede do Corpo
de Bombeiros o guia explica que a cidade cresceu desordenadamente e com casas
construídas de diversos materiais de baixo custo, por isso sempre sofreu com
incêndios. De forma a tentar controlar o problema os imigrantes formaram as
primeiras unidades de combate a incêndios voluntários, fundando o Corpo de
Bombeiros (o mais antigo da América do Sul), em 1851. A atividade de combate a
incêndios ainda é voluntária até os dias de hoje no Chile (hoje, enquanto
escrevia este relato, me lembrei de que em abril de 2014, após nosso retorno do
mochilão, um incêndio de grandes proporções atingiu a cidade causando pelo
menos 11 mortes e destruindo 2.000 casas).
No centro da praça está o “Monumento
aos Heróis de Iquique”, uma homenagem à tripulação do navio Esmeralda, afundado na batalha naval de
Iquique em 21 de maio de 1879 durante a Guerra do Pacífico. No conflito a
embarcação mais antiga da marinha chilena enfrentou o navio peruano Huascar por horas. A corveta chilena
afundou e o comandante Arturo Prat morreu na batalha, após saltar para dentro
do navio adversário e combater os inimigos no convés. A derrota em Iquique fez
com que muitos jovens chilenos, inspirados por Prat, se alistassem, aumentando
as forças do país e levando-os a vitória no fim da guerra. O Chile incorporou
as cidades costeiras de Antofagasta, Iquique e Arica, e aumentou
seu território, retirando da Bolívia o acesso ao Pacífico. Até hoje os
bolivianos tem como um objetivo nacional de honra (registrado em sua
constituição) a recuperação do acesso ao mar, perdido durante a guerra. Uma estátua de bronze de Prat destaca-se no monumento que é considerado um dos mais importantes da Guerra do Pacífico e abriga uma cripta com seus restos mortais. O Monumento, também conhecido como Monumento Prat, foi inaugurado em 1886, logo depois do final da guerra, por pressão popular para que os combatentes do Pacífico fossem reconhecidos como heróis.
Monumento e mausoléu de Prat |
Ainda na praça está o Palacio de La Justicia, construído em
1939 e que acomoda o tribunal de Valparaíso. Na frente do prédio uma estátua de
três metros de altura representa a justiça, mas diferente da imagem tradicional
esta não exibe os olhos vendados, símbolo da imparcialidade, e não ostenta uma
balança em equilíbrio e sim sobre seu braço. Achei isso muito curioso e imaginei
que fosse um recado claro sobre como é feita a justiça na cidade, mas o guia
nos conta que, segundo a lenda, foi um comerciante que se sentiu injustiçado
por um julgamento injusto que mandou instalar a estátua... OK! Mas ainda acho
que foi um recado bem dado... hehehe
A imagem da Justiça de Valparaíso |
Palácio da Justiça |
Era o fim de nosso tour por
Valparaíso e seguimos para o ônibus de onde vimos mais um pouco da cidade pela
janela no caminho de volta.
Na verdade achei o passeio
pelas duas cidades em um dia, um pouco corrido, mas acho que foi o suficiente
pelo que se tem a oferecer por lá. Volto a afirmar que para quem, como eu, não
gosta de ficar vendo a cidade pela janela, é melhor ir por conta própria, pegando
um ônibus em Santiago. Valparaíso é uma cidade bem grande e apesar do tour se resumir a um passeio pelo Cerro
Alegre, acho que foi o suficiente para mim. Quanto a Viña Del Mar, eu achei uma
cidade bem comum e um pouco fora dos padrões mochileiros, mas minha má
impressão pode ter sido por conta do roteiro do tour que me fez ver a cidade pela janela, além de perder muito
tempo em um almoço super caro ao invés de caminhar um pouco pelo lugar. No fim
eu senti falta de conhecer em Valparaíso a Casa de Neruda, La Sebastiana, por dentro e queria ter passado pelo famoso Museo Fonck, em Viña, onde há um Moai da
Ilha de Páscoa real.
De volta a Santiago
Em Santiago seguimos até o
guichê da Tur-Bus na rodoviária para comprar as passagens para Mendoza, na
Argentina, para onde seguiríamos, cruzando a Cordilheira dos Andes e depois
fomos jantar em um barzinho na rua diante da entrada do Pátio Bella Vista (a
rua tem vários bares e restaurantes).
Gastos
para 2 pessoas em 24/03/2014:
- Pacote
Viña e Valparaíso: $ 64.600,00 CLP
- Almoço
em Viña Del Mar: $ 25.000,00 CLP- Ascensor de Valparaíso: $ 200,00 CLP
- Jantar: $ 8.450,00 CLP
- Hotel: $ 35.000,00 CLP
- Ônibus para Mendoza (Tur-Bus): $ 35.800,00 CLP
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