11º Dia no Chile (dia 19 do mochilão)
Acordamos tarde, tomamos o desayuno, descansamos no hotel,
arrumamos nossas mochilas e encerramos a estadia no caidíssimo Hotel Parlamento
em Santiago. Seguimos com a mochila nas costas até o metrô próximo ao Mercado Central,
que desta vez estava aberto. Aproveitamos e entramos para conhecer o lugar que
tem muitos restaurantes.
Almoçamos e as 13h40min
embarcamos em um ônibus semi-leito da Tur-Bus com destino a Argentina,
encerrando assim nossa visita ao Chile e rumando para as últimas cidades de
nossa viagem (havíamos comprado as passagens por 32.000 pesos chilenos, por pessoa, no dia anterior).
A viagem entre Santiago, no
Chile e Mendoza, na Argentina dura aproximadamente seis horas, fora o tempo
parado na imigração. Sempre viajamos a noite para
ganhar tempo e economizar na hospedagem, já que se dorme no ônibus e acorda-se
já no seu destino para aproveitar o dia, mas neste trecho optamos por fazer o
trajeto de dia, pois tínhamos um dia sobrando no roteiro por não ter visitado a
cidade de La Serena (dois dias de vantagem, na verdade), além disso, todos diziam
que a paisagem compensava.
Outro bom motivo para ir de dia
é a imigração entre os dois países, pois sua noite de sono no ônibus será
interrompida para passar pelos tramites de saída do Chile e entrada na
Argentina.
Saindo de Santiago o caminho
cruza o famoso Vale Nevado, que em março não tinha um grão de neve. A paisagem
que no inverno deve ser branca, tinha cor de terra e era possível ver
teleféricos desativados sobre a rocha e pistas de esqui em terra pura.
Teleférico parado no vale sem neve |
A
estrada do lado chileno é bem sinuosa. Depois de subir bastante,
chega-se a fronteira entre os dois países, intitulada Paso de Los Libertadores, o lugar marca a passagem utilizada pela
coluna principal do Exército dos Andes, liderado pelo general San Martín em
1817, que após decretar a independência da Argentina, partiu em direção ao
Chile e Peru com o mesmo propósito.
Paramos na fronteira em um
grande galpão e descemos do ônibus. Apesar de o sol estar bem forte no meio de
uma tarde de verão, o clima no topo da montanha é bem frio. A aduana é dupla e devemos
carimbar nossos passaportes de saída do Chile e de entrada na Argentina, tudo
isso em uma mesma cabine com uma pessoa de cada país em um terminal lado a
lado. Todas as malas são retiradas do ônibus e colocadas na esteira de Raios-X
e depois amontoadas em um canto onde cães farejadores vasculham tudo.
Algumas bagagens são separadas
para uma vistoria interna pela imigração Argentina. Nossas mochilas passaram
tranquilas, mas acompanhamos algumas pessoas tendo que abrir as malas diante
dos guardas e dos cães... nada de mais.
Voltamos ao ônibus e seguimos
viagem pelo lado argentino. No topo da montanha existe uma estátua do Cristo
Redentor de 1902, que marca a paz entre os dois países depois de muitas
guerras. Antigamente a estrada cruzava diante da estátua, mas hoje existe um
túnel que corta este trecho e não vi o Cristo. Para quem quiser é possível ir
até lá de carro ou em um passeio guiado a partir de Mendoza.
Foto de reprodução da Internet |
No lado argentino a estrada é
bem mais suave e cruza o Parque Provincial Aconcagua que tem o pico de mesmo
nome como ponto alto da região. Nuvens negras encobriam os picos andinos
enquanto passávamos, mas a vista das montanhas é realmente linda, mesmo em
pleno verão sem um floco de neve.
Não foi possível ver o famoso
Aconcagua que é um dos maiores picos do mundo, com 6092 metros de altitude, mas
a viagem cruzando a Cordilheira dos Andes durante o dia foi boa e por volta de
20h chegamos ao terminal rodoviário de Mendoza.
Paisagem pela janela |
Parque Provincial Aconcagua |
Paisagens andinas |
Fizemos o cambio do dinheiro
transformando nossos últimos 6.000 pesos chilenos em 110 pesos argentinos (e a
cabeça demora a entender a troca do dinheiro e o preço das coisas... rs) e
trocando alguns dólares na moeda local.
Havíamos visto algumas opções
de hostel na cidade pela internet e pegamos um taxi até uma delas para tentar
uma vaga. O Wine Aparts é um hotel bem legal e bom preço, além de ficar
relativamente perto da praça central da cidade. Nos instalamos em um quarto e
pedimos uma pizza pelo telefone da recepção. Depois banho e cama.
Mendoza |
Gastos
para 2 pessoas em 25/03/2014:
- Metrô para rodoviária em Santiago: $ 1.000,00 CLP
- Almoço em Santiago: $ 8.100,00 CLP
- Taxi para o Hotel em Mendoza A$ 20,00
- Hotel (Wine Aparts) A$ 340,00
- Pizza: A$ 40,00
- Refrigerante: A$ 10,00
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