sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Cruzando os Andes: Santiago X Mendoza


11º Dia no Chile (dia 19 do mochilão)

Acordamos tarde, tomamos o desayuno, descansamos no hotel, arrumamos nossas mochilas e encerramos a estadia no caidíssimo Hotel Parlamento em Santiago. Seguimos com a mochila nas costas até o metrô próximo ao Mercado Central, que desta vez estava aberto. Aproveitamos e entramos para conhecer o lugar que tem muitos restaurantes.

 
Mercado Central de Santiago: Despedida da cidade

Almoçamos e as 13h40min embarcamos em um ônibus semi-leito da Tur-Bus com destino a Argentina, encerrando assim nossa visita ao Chile e rumando para as últimas cidades de nossa viagem (havíamos comprado as passagens por 32.000 pesos chilenos, por pessoa, no dia anterior).

A viagem entre Santiago, no Chile e Mendoza, na Argentina dura aproximadamente seis horas, fora o tempo parado na imigração. Sempre viajamos a noite para ganhar tempo e economizar na hospedagem, já que se dorme no ônibus e acorda-se já no seu destino para aproveitar o dia, mas neste trecho optamos por fazer o trajeto de dia, pois tínhamos um dia sobrando no roteiro por não ter visitado a cidade de La Serena (dois dias de vantagem, na verdade), além disso, todos diziam que a paisagem compensava.

 
Pela janela do ônibus

Outro bom motivo para ir de dia é a imigração entre os dois países, pois sua noite de sono no ônibus será interrompida para passar pelos tramites de saída do Chile e entrada na Argentina.

Saindo de Santiago o caminho cruza o famoso Vale Nevado, que em março não tinha um grão de neve. A paisagem que no inverno deve ser branca, tinha cor de terra e era possível ver teleféricos desativados sobre a rocha e pistas de esqui em terra pura.
Teleférico parado no vale sem neve
A estrada do lado chileno é bem sinuosa. Depois de subir bastante, chega-se a fronteira entre os dois países, intitulada Paso de Los Libertadores, o lugar marca a passagem utilizada pela coluna principal do Exército dos Andes, liderado pelo general San Martín em 1817, que após decretar a independência da Argentina, partiu em direção ao Chile e Peru com o mesmo propósito.

 
Foto de Reprodução da Internet: Estrada nos Andes

Paramos na fronteira em um grande galpão e descemos do ônibus. Apesar de o sol estar bem forte no meio de uma tarde de verão, o clima no topo da montanha é bem frio. A aduana é dupla e devemos carimbar nossos passaportes de saída do Chile e de entrada na Argentina, tudo isso em uma mesma cabine com uma pessoa de cada país em um terminal lado a lado. Todas as malas são retiradas do ônibus e colocadas na esteira de Raios-X e depois amontoadas em um canto onde cães farejadores vasculham tudo.

Algumas bagagens são separadas para uma vistoria interna pela imigração Argentina. Nossas mochilas passaram tranquilas, mas acompanhamos algumas pessoas tendo que abrir as malas diante dos guardas e dos cães... nada de mais.

 
Revista de malas na aduana

Voltamos ao ônibus e seguimos viagem pelo lado argentino. No topo da montanha existe uma estátua do Cristo Redentor de 1902, que marca a paz entre os dois países depois de muitas guerras. Antigamente a estrada cruzava diante da estátua, mas hoje existe um túnel que corta este trecho e não vi o Cristo. Para quem quiser é possível ir até lá de carro ou em um passeio guiado a partir de Mendoza.

 
Foto de reprodução da Internet




No lado argentino a estrada é bem mais suave e cruza o Parque Provincial Aconcagua que tem o pico de mesmo nome como ponto alto da região. Nuvens negras encobriam os picos andinos enquanto passávamos, mas a vista das montanhas é realmente linda, mesmo em pleno verão sem um floco de neve.

 
Argentina

Não foi possível ver o famoso Aconcagua que é um dos maiores picos do mundo, com 6092 metros de altitude, mas a viagem cruzando a Cordilheira dos Andes durante o dia foi boa e por volta de 20h chegamos ao terminal rodoviário de Mendoza.

 
Paisagem pela janela
 
Parque Provincial Aconcagua


Paisagens andinas



Fizemos o cambio do dinheiro transformando nossos últimos 6.000 pesos chilenos em 110 pesos argentinos (e a cabeça demora a entender a troca do dinheiro e o preço das coisas... rs) e trocando alguns dólares na moeda local.


Havíamos visto algumas opções de hostel na cidade pela internet e pegamos um taxi até uma delas para tentar uma vaga. O Wine Aparts é um hotel bem legal e bom preço, além de ficar relativamente perto da praça central da cidade. Nos instalamos em um quarto e pedimos uma pizza pelo telefone da recepção. Depois banho e cama.

Mendoza


Gastos para 2 pessoas em 25/03/2014:

- Metrô para rodoviária em Santiago: $ 1.000,00 CLP
- Almoço em Santiago: $ 8.100,00 CLP
- Taxi para o Hotel em Mendoza A$ 20,00
- Hotel (Wine Aparts) A$ 340,00
- Pizza: A$ 40,00
- Refrigerante: A$ 10,00

 Câmbio na rodoviária de Mendoza: U$ 1,00 em A$ 10,00

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