terça-feira, 14 de julho de 2015

Lisboa: Baixa e Alfama


O sol estava nascendo em uma manhã bem fria de fim de inverno europeu e eu como um bom carioca já estava congelando (e olha que devia estar fazendo perto de 8ºC) quando chegamos na Praça da Figueira, buscando o “Norte Guest House”, o hostel que havíamos reservado ainda no Brasil.

 
Elétrico na Praça da Figueira

O hostel fica na Rua dos Douradores nº 159, bem perto da Praça da Figueira, e constava que o check-in era as 13 hrs, mas a simpática menina da recepção nos permitiu subir para o quarto assim que chegamos. O hostel é bem tranquilo e tem boa localização, estando no centro da cidade. Para quem está com mala é bom saber que este hostel possui elevador, o que é raro em hostels por lá! Depois de descansar um pouco era hora de ir para rua.

 
Fachada do Norte Guest House Hostel

A Baixa é um bairro que tem sua história e arquitetura fortemente ligadas ao grande terremoto do ano de 1755, quando Lisboa foi devastada. Após os tremores o Marquês de Pombal tomou a frente e restaurou a ordem na cidade, conduzindo um plano de urbanização para reconstrução de Lisboa, onde hoje é o centro da cidade está o primeiro exemplo de construção planejada da Europa. A Baixa é o eixo comercial da cidade e possui as principais praças de Lisboa.


O primeiro lugar que conhecemos em Portugal foi a Praça da Figueira, pois ficava próxima ao hostel. No centro da Praça, que possui o projeto arquitetônico do Marquês de Pombal, está uma estátua equestre de Dom João I.

 
Praça da Figueira

Antes do terremoto a praça abrigava um hospital, mas depois foi reconstruída com objetivo de ser o mercado central da cidade, hoje já não é mais utilizada para este fim, mas possui diversas lojas e cafés, com destaque para a Confeitaria Nacional, fundada em 1829 e considerada uma das melhores e mais antigas casas de doces da Europa.

 
Confeitaria Nacional

Para quem curte doces, Portugal é um paraíso! Lisboa possui pastelarias em cada esquina e por lá essas lojas só vendem doces. Aline e eu sempre buscamos conhecer bem as cidades durante o dia, comendo apenas salgados e lanches rápidos no almoço e parando para jantar depois que o sol se põe, mas em Lisboa tivemos muita dificuldade com isso, pois as pastelarias quase não vendem salgados e os que estão a venda ficam junto com os doces, ou seja, são vendidos frios mesmo.

 
Pastelaria Suíça

Seguimos para a Praça do Rossio, logo ao lado, que na verdade se chama “Praça de Dom Pedro IV” e ostenta uma estátua do homenageado no alto de um pedestal com quatro figuras femininas nas laterais da base que representam Alegorias da Justiça, Força, Moderação e Sabedoria.

 
Monumento a Dom Pedro IV

Dom Pedro IV é a figura que conhecemos como Dom Pedro I, o Primeiro Imperador do Brasil e a praça que é o centro vital da cidade costuma ter seu lado político bem aflorado em comícios e manifestações populares.

 
Chafariz na Praça do Rossio

Ao norte da praça encontra-se o Teatro Nacional Dona Maria II, que tem o nome da filha de Dom Pedro e a sul está o Arco da Bandeira, que liga a praça a Rua dos Sapateiros.

 
Teatro Dona Maria II

Deixando a praça, caminhando a esquerda do Teatro Nacional, chegamos a Praça de São Domingos, onde está a Igreja de mesmo nome.

 
Praça de São Domingos com a igreja em destaque ao centro

A fachada simples da igreja e convento esconde uma história de existência marcada por tragédias. O Templo, que começou a ser construído no ano de 1241, foi assolado por um terremoto no ano de 1531 e reedificado em 1536. O terremoto de 1755 destruiu novamente o complexo, mantendo de pé apenas a sacristia e a capela-mor. Em 13 de agosto de 1959 um incêndio de grandes proporções destruiu a igreja mais uma vez, queimando a decoração do interior e trazendo a baixo todo o telhado.

 
Foto da destruição causada pelo incêndio de 1959

O simples e belo interior da igreja

A igreja foi recuperada, reabrindo as portas no ano de 1994, mas até hoje mantém as marcas do incêndio nas colunas e paredes. O ambiente no interior reflete as tragédias, mas mesmo assim achei o templo muito bonito em sua simplicidade. A Igreja de São Domingos sempre foi uma das mais importantes de Lisboa e nela se realizaram todas as grandes cerimônias religiosas de Portugal, como as exéquias nacionais e reais, assim como os batizados e casamentos reais.

Altar da Igreja com teto reconstruído




Marcas do incêndio ainda visíveis

Marcas das tragédias: Rachaduras causadas pelos terremotos

No Largo de São Domingos está o Bar “A Ginjinha”, famoso por servir a bebida desde 1840. A Ginja é uma bebida típica que une a ginja com aguardente, açúcar e canela e é servida em copos tradicionais no pequeno estabelecimento disputado por locais e turistas.

A Ginjinha no largo de São Domingos

Deixando o Largo seguimos pela Rua das Portas de Santo Antão que tem esse nome devido a um antigo portão do século XV que não existe mais. A rua é uma boa opção para quem quer almoçar, pois é repleta de restaurantes especializados em frutos do mar, como o que funciona na Casa do Alentejo.

Rua das Portas de Santo Antão

Detalhe de uma fachada

Casa do Alentejo
  


Portas de Santo Antão é uma rua típica do centro de Lisboa com casario característico e escadarias que ligam a Baixa ao Bairro Alto, como a que fica ao lado da Igreja de São Luis dos Franceses, próxima a Casa do Alentejo.

 
Igreja de São Luis dos Franceses

Caminhamos pela rua olhando as lojinhas e restaurantes até o Museu da Sociedade de Geografia que expõe uma coleção de artefatos trazidos das antigas colônias portuguesas pelo mundo. Não entramos no museu e seguimos para a Praça dos Restauradores.

 
Museu da Sociedade de Geografia

A Praça dos Restauradores homenageia os homens que lutaram na Guerra da Restauração. Portugal viveu sobre o domínio espanhol entre os anos de 1580 e 1640, ano da famosa guerra. No centro da praça está um obelisco erguido no ano de 1886, onde estão inscritos os nomes e datas das batalhas da Restauração, que duraram 28 anos e culminaram com o reconhecimento de Portugal livre do domínio espanhol em 1668. Nos arredores da praça estão o elegante Avenida Palace Hotel e o Teatro Eden.

 
Praça dos Restauradores com o Obelisco ao centro, o Teatro Eden ao lado e o Avenida Palace Hotel ao fundo

Junto a praça está o Palácio da Foz, do século XVIII, onde funciona um Centro de Informações Turísticas. Próximo ao palácio está o Elevador da Glória, um funicular amarelo que liga a Baixa ao Bairro Alto.

 
Palácio da Foz

Na extremidade da Praça dos Restauradores está a Avenida da Liberdade que, com seis pistas automotivas, chega até a Praça Marques de Pombal. Esta avenida foi criada a partir de um passeio público idealizado pelo Marquês de Pombal após o terremoto de 1755.

Avenida da Liberdade vista a partir da Praça dos Restauradores

Avenida da Liberdade

A Avenida da Liberdade sofreu muitas mudanças ao longo dos séculos até ficar com as características atuais. Um memorial homenageia os mortos da Primeira Grande Guerra Mundial.

 
Passeio ao longo da Avenida da Liberdade

Monumento aos mortos da Grande Guerra

Praça Marquês de Pombal


Retornamos a Praça dos Restauradores, cruzando-a em direção a bonita Estação Rossio, que chama a atenção com sua fachada que apresenta dois arcos no estilo mourisco em forma de ferradura. A estação é o ponto de partida de trens que seguem em direção a Sintra.

 
Estação Rossio



Diante da estação está a pequena Praça João da Câmara do lado do Teatro Nacional (do outro lado está o Largo de São Domingos por onde havíamos passado anteriormente). Tomamos o caminho para o sul pela rua atrás da Praça do Rossio e encontramos um ótimo lugar para almoçar. Depois de caminhar bastante estávamos com fome, mas só havíamos encontrado restaurantes caros e na Rua 1º de Dezembro (nº 105) nos deparamos com o bom Restaurante Leão D’Ouro, que serve comida no sistema self service com direito a churrasco. Apesar de não haver muita variedade na comida, o valor é bem bom (fica a dica)!




Depois de almoçar seguimos na direção do Castelo de São Jorge, no ponto mais alto da cidade. O castelo é visível de vários pontos da cidade e pode-se chegar até ele caminhando ou tomando o Elétrico nº 12 na Praça da Figueira. Escolhemos andar!

Cruzando a Praça do Rossio, antes de encontrar a da Figueira novamente, achamos a pequenina Igreja de Nossa Senhora da Saúde e a escada que leva em direção ao Castelo.

 
Igreja de Nossa Senhora da Saúde



As Escadinhas da Saúde levam ao ponto onde corria a muralha da Cerca Nova nos limites da cidade em épocas medievais e de onde é possível ver as torres do Castelo.

Subindo as Escadinhas da Saúde

Seguimos pelas ruas do bairro Alfama até o Largo da Rosa, onde encontra-se a estrutura de um antigo lavadouro público. Caminhando pelas ruelas do bairro, sempre subindo, pudemos ver as pitorescas casas e charmosos becos.

Antigo Lavadouro Público

Ruas de Alfama


Paramos para descansar no Largo de São Cristóvão, onde está a igreja de mesmo nome. As ruas cheias de subidas e descidas proporcionam belas paisagens urbanas. Subindo mais um pouco e chega-se nas ruas no entorno do castelo, onde lojas, cafés e restaurantes recebem os turistas com um ar ainda medieval. A Rua Santa Cruz do Castelo remete ao passado com seu casario típico.

 
Igreja de São Cristóvão

Largo de São Cristóvão

Rua Santa Cruz do Castelo


O Castelo de São Jorge fazia parte da antiga Alcáçova, cidadela moura, e foi construído pelos mulçumanos em meados do século XI. A fortificação era o último reduto de defesa para os que viviam na cidadela.

 
Entrada do Castelo de São Jorge



Em 1147 D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, conquista a cidade de Lisboa e transforma a fortaleza na residência dos reis portugueses, batizando-a de Castelo de São Jorge.

 
Muralhas do Castelo de São Jorge




Parte da edificação abriga hoje um núcleo museológico, um café e um restaurante (Casa do Leão) e é possível ver elementos arquitetônicos que integravam a antiga residência real portuguesa.

 
Aline diante da estrutura do restaurante com arquitetura da antiga residência real

Em 1511 foi erguido um palácio na atual Praça do Comércio e o castelo deixou de ser usado pelos reis, transformando-se em prisão e depósito de armas. Após o terremoto de 1755 a fortaleza ficou em ruínas, até 1938 quando Salazar reconstruiu as muralhas e criou jardins com aves selvagens, como os pavões, que estão lá até os dias atuais.


 
Pavão nos jardins do castelo

Hoje o antigo paiol, destruído pelo terremoto e reconstruído posteriormente, é utilizado como museu para uma exposição permanente que apresenta a história do lugar e objetos resgatados nas escavações arqueológicas dos arredores.

 
Antigo Paiol e atual museu

Peças em exposição no núcleo museológico


Foi no Paço do Castelo que o Rei Manuel I recebeu o navegador Vasco da Gama, no ano de 1499, após seu retorno do descobrimento do caminho marítimo para as Índias.




Caminhando pela área da fortificação encontramos os sítios arqueológicos com vestígios que testemunham as primeiras ocupações conhecidas da região (século VII a.c.). É possível observar os vestígios da zona residencial da época islâmica, quando o castelo foi erguido, no século XI e as ruínas palacianas da antiga Alcáçova que estavam ali até o terremoto de 1755.

 
Sítio arqueológico da antiga Alcáçova

É possível subir nas torres e caminhar ao longo das muralhas pelas ameias do castelo. O castelo preserva 11 torres, como a de Menagem, a do Paço e a da Cisterna. Escadas ligam as muralhas e torres a dois átrios.

 
Subindo nas muralhas



É possível caminhar pelas muralhas do castelo

Muralha e torre com a cidade abaixo e o Rio Tejo ao fundo


Aline e eu em uma das torres do castelo

No alto da Torre de Ulisses, um pequeno aparato de lentes e espelhos possibilita um tour visual por Lisboa de dentro de uma câmara escura no castelo. Com visitas a cada 30 min em uma língua diferente (português, inglês e Frances, nesta ordem entre 10h e 17h30m) é possível observar as imagens, captadas em 360º pelas lentes, projetadas sobre uma tela e ajustadas como em um telescópio.

 
Torre de Ulisses

Câmara Escura dentro da torre com tela para visualizar a cidade

Cristo Rei visto do Castelo


Deixando o bairro do Castelo voltamos para as ruas de Alfama, no caminho de volta a Baixa, com seu casario típico.

 
Casario de Alfama

No Largo da Sé está a igreja construída, originalmente, em 1150 no local de uma antiga mesquita moura. A Sé foi devastada por três terremotos no século XIV, além do de 1755, o que fez com que a Catedral fosse sendo reformada ao longo dos anos.

 
Catedral da Sé de Lisboa

A fachada em estilo romântico esconde um interior simples, sombrio e austero. No interior do templo está a pia batismal onde Santo Antônio foi batizado no ano de 1195.

Interior da Sé

Pia batismal de Santo Antônio protegida por grades
 
 


A Catedral possui nove capelas góticas com túmulos de grandes personalidades portuguesas, como o de Lopo Fernandes e sua esposa, companheiros do Rei Afonso IV, e o túmulo do próprio monarca e sua esposa.

 
Claustros da Sé

Capelas góticas dos claustros

Túmulo de Lopo Fernandes


Os claustros góticos também podem ser visitados e apresentam escavações arqueológicas que revelam ruínas mouras e romanas. No antigo jardim do claustro foram encontrados vestígios da “Idade do Ferro”, cerâmicas do século XVIII a.c. e também construções romanas dos séculos I e II, além de construções mouras.

 
Escavações arqueológicas nos claustros

O tesouro da Sé está guardado na parte superior e é composto de um acervo de prataria, itens eclesiásticos e algumas relíquias relacionadas a São Vicente. Fotos não são permitidas nas salas do tesouro, mas só soube disso depois da primeira foto que irei. Logo fui avisado da proibição, mas a foto tirada ficou e é a única que tenho de alguns itens da exposição.

Tesouro da Sé

Diante da Igreja da Sé está o Largo de Santo Antônio e a Igreja que foi construída sobre a casa onde o santo nasceu. A igreja original foi destruída pelo terremoto de 1755 e a atual, construída a partir de 1757, financiada por doações dos fiéis.

 
Igreja de Santo Antônio no largo de mesmo nome

No interior do templo uma escadinha junto a sacristia conduz o visitante à cripta onde ficava o quarto onde o popular santo nasceu. Um painel de azulejos celebra a visita do Papa João Paulo II em 1982, que orou neste lugar quando esteve em Lisboa.

Interior da Igreja de Santo Antônio

Escadas para o antigo quarto do santo

Uma grande paz toma o pequeno espaço da capela e nos ajoelhamos no oratório em que o Papa havia orado ao santo e fizemos nossa oração.

 
Local onde nasceu Santo Antônio

Ao lado da igreja está o Museu Antoniano que abriga artefatos relacionados ao santo, além de objetos religiosos de ouro e prata.

 
Museu Antoniano

O sol já começava a baixar quando retomamos a caminhada de volta a Baixa. No fim do inverno europeu o dia já dura algumas horas a mais e só escurece perto das 20h, com isso pudemos aproveitar bem os dias.

Encontramos a Igreja de Santa Maria Madalena que foi construída, originalmente em 1150. A que hoje existe não é mais a original, pois esta sofreu um incêndio em 1363, foi arruinada por um ciclone em 1600 e finalmente destruída por completo no terremoto de 1755.

 
Igreja de Santa Maria Madalena

O portal manuelino foi declarado Patrimônio Nacional em 1910. No interior da sacristia estava em exibição a exposição “Quem é o homem do Sudário?”.

 
Interior da igreja

De volta a Praça da Figueira, seguimos na direção oposta a que tomamos inicialmente e caminhamos pela Rua Augusta, um Passeio Público cheio de lojas, cafés e restaurantes.

 
Rua Augusta

No fim da rua está o Arco que liga o passeio a Praça do Comércio. O triunfal Arco da Rua Augusta foi construído para marcar a recuperação da cidade após o terremoto de 1755, mas só foi concluído no ano de 1873.

Arco visto da Rua Augusta

Arco visto da Praça do Comércio

Cruzando o Arco chega-se a famosa Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço, pois abrigou o Palácio Real por 400 anos, desde quando o rei Manoel I transferiu a morada real do Castelo de São Jorge para este local, junto ao Rio Tejo, em 1511, até a revolução de 1910, que culminou com a proclamação da República Portuguesa.

 
Praça do Comércio

O palácio original foi destruído pelo terremoto de 1755, junto com mais de 70.000 livros e documentos históricos, como os que registravam as viagens dos navegadores portugueses, incluindo a de Cabral ao Brasil. O palácio foi reconstruído e hoje os prédios amarelos são ocupados por ministérios, gabinetes de governo e o Tribunal de Justiça. As torres quadradas do lado sul estão viradas para o Rio Tejo e no centro da praça está a estátua do Rei José I erguida em 1775.

 
O palácio com suas torres quadradas ao redor da praça

O terreiro sempre foi um portão de entrada nobre da cidade, onde desembarcavam a realeza e os embaixadores estrangeiros. O Cais das Colunas está lá até os dias de hoje, com seus degraus de mármore semi submersos encobertos por limo.

 
Antigo cais com as colunas e degraus em mármore




A noite cai e as luzes da praça se acendem, iluminando o Arco e a Estátua no centro. Sobre as arcadas estão restaurantes famosos da cidade como o “Martinho da Arcada”, o mais antigo de Lisboa.




Depois de um dia de muita caminhada fomos conhecer alguns das especiarias servidas nos arredores da praça como o “Pastel de Bacalhau com Queijo da Serra da Estrela” servido no restaurante do Museu da Cerveja e o “Melhor Bolo de Chocolate do Mundo” servido no Populi. O “pastel de bacalhau” é na verdade o que conhecemos como “bolinho de bacalhau” e o chamado melhor bolo de chocolate do mundo é nada mais do que um “suspiro de chocolate” com um pequeno recheio leve servido com toda pompa, mas super sem graça e bem longe de ser o “melhor alguma coisa do mundo”.

 
Pastéis de bacalhau recheados com queijo da Serra da Estrela

O dito melhor bolo de chocolate do mundo (decepção rs)


Deixo aqui minhas impressões finais dessa parte da cidade: A Rua Augusta, apesar de importante e repleta de restaurantes, é bem deserta a noite, bem como a própria Praça de Comércio. A agitação noturna passa longe da região central e apesar de não perceber insegurança pelas ruas eu fui constantemente abordado por traficantes que ofereciam drogas diversas ao pé do ouvido ao longo de toda a Rua Augusta e Praças da Baixa. Isso se deu em todos os dias que ficamos em Lisboa, longe de ser algo isolado...

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