Aproveitamos
um dia de nossa viagem em Gramado para conhecer a simpática cidade de Nova
Petrópolis, erguida na serra gaúcha por imigrantes alemães e conhecida como Jardim
da Serra Gaúcha, por suas ruas e parques floridos.
Mas
antes de ir para o centro e conhecer a cidade paramos no Parque de Esculturas
Pedras do Silêncio, que conta a história da colonização alemã na região.
O parque conta a história da colonização em esculturas de pedras |
O nome
do parque vem da ideia de que as esculturas de pedras contam a história dos
imigrantes alemães sem precisar falar uma única palavra, mas a visita guiada
traz com riqueza de detalhes, e muitas palavras, os costumes e origens da Serra
Gaúcha.
A imigração em forma de esculturas |
Seguimos
para o centro e na praça principal da cidade está um das gratas surpresas
positivas que encontramos por lá, pois ainda hoje está bem preservado o
Labirinto Verde erguido pelos imigrantes alemães e que diverte crianças e
adultos.
O divertido labirinto verde no centro de Nova Petrópolis |
No
início achei que era só um jardim de fácil caminho, mas após algumas tentativas
de entrar e sair, percebi que a brincadeira é séria e que pode-se perder um bom
tempo ali envolvido na tentativa de se chegar ao centro do labirinto.
Parece fácil a brincadeira, mas pode ser bem demorada |
Na
praça está o Monumento ao Cooperativismo, pois Nova Petrópolis foi onde nasceu
a prática de crédito cooperativista na América Latina e essa história é muito
forte na cidade como pudemos perceber ao longo da visita, mas isso vou contando
aos poucos aqui ao longo das dicas de lugares por onde ir na cidade.
Monumento ao Cooperativismo |
Ainda
caminhando pela grande praça encontramos a segunda agradável surpresa da
viagem, pois estava acontecendo o Festival de Sabores da Colônia, uma festa
alemã que lembra a colonização e a culinárias e cultura dos imigrantes.
Festa alemã no centro da cidade |
É
muito bom quando chegamos em um lugar e descobrimos que está tendo algum evento
cultural e neste caso trocamos os restaurantes da cidade pela festa para nosso
almoço, de quebra, economizamos um dinheirinho e curtimos as comidas típicas
alemães e a cerveja artesanal local. Tudo no mesmo lugar.
A festa tem apresentações de danças típicas e comidas e bebidas artesanais |
Mais à
frente um pouco está a Galeria Imigrante, decorada com 5 quadros que contam a
história da imigração apontando as datas dos principais marcos desde a partida
da Europa até a emancipação da cidade. Na galeria há um restaurante e lojas de
roupas, calçados e acessórios diversos.
Galeria Imigrante |
Interior da galeria: Lojas um restaurante |
Para
quem curte compras a cidade oferece um bom circuito, sendo o forte as
malharias, mas não é nosso tipo de turismo por isso seguimos caminhando pelas
ruas limpas e organizadas da cidade apenas para contemplar a arquitetura e
conhecer um pouco de nova Petrópolis. As referências à colonização estão por
toda a parte.
Tudo lembra a imigração |
Arquitetura trazida pelos imigrantes |
Nesse
passeio descobrimos mais uma grata surpresa na cidade, pois depois de provar a
culinária alemã era hora de uma sobremesa e a loja Mukli nos pegou pelo
paladar, com sobremesas feitas de doce de leite uruguaio. Valeu provar o milk
shake de alfajor (saudades já).
Milk Shake de alfajor da Mukli |
Mas a
principal atração da cidade está no Parque Aldeia do Imigrante, também no
centro de Nova Petrópolis e bem pertinho da praça.
O
parque tem dez hectares com jardins e muita mata nativa e dois espaços
distintos, a Aldeia Bávara e a Aldeia Histórica, com um lago entre elas.
A
Aldeia Bávara é o espaço principal de lazer das famílias com um salão de baile,
um quiosque para apresentações culturais, lojas de malhas e artesanato e a
Biergarten, onde se pode tomar uma boa cerveja artesanal.
Biergarten com comidas e bebidas alemãs |
O salão de baile do parque |
Uma
pequena caminhada pelo parque nos levou até a Aldeia Histórica, que na verdade
é a reconstrução de uma vila típica de imigrantes alemães usando estruturas reais
que foram desmontadas de diversos lugarejos no município e remontadas neste
espaço.
A aldeia histórica com construções originais que foram trazidas para esse mesmo ponto |
Isso
foi possível porque as construções são em estilo enxaimel, um tipo de estrutura
erguida com encaixes na madeira estrutural e que começaram a desaparecer com a
modernização das cidades. A aldeia histórica preserva as construções originais
que possuem mais de 100 anos.
O
passeio pela vila reconstruída é muito interessante e conta com o Museu
Histórico Municipal, que conta um pouco sobre a história do município e sua
tradição folclórica e o Museu da Caixa Rural, que explica o surgimento da
primeira Cooperativa de Crédito da América Latina que foi criada pelo padre
Theodor Amstad em 1902.
Exposição no Museu Municipal |
Já
estava no fim da tarde e aproveitamos para lanchar na cafeteria que funciona no
antigo Salão de Baile e oferece as delícias artesanais típicas da culinária
alemã, como cucas recheadas, apfelstrudel, chá de maçã, pretezel e outros.
Durante
a volta ainda passamos diante da Igreja de São Lourenço Mártir e sua casa
paroquial, onde morou o famoso padre Amstad e do local onde o fundador das
cooperativa rural está enterrado.
A a casa onde morou e está enterrado Amstad |
Dicas e Informações:
- Você
precisa de apenas um único dia para conhecer a idade, vale um passeio de bate e
volta a partir de Gramado ou canela;
- Se
for o inverno tente conciliar a visita com a Festa dos Sabores da Colônia Alemã;
- No
mês de maio acontece a Festemalha, festival promovido pelas malharias da região;
- O
Parque do Imigrante tem entrada paga e funciona todos os dias da semana.