O
destino mais esperado por mim em todo o mochilão era a Ilha de San Andrés no
Mar do Caribe. Passamos 5 dias por lá e garanto que é tão lindo como nas fotos!
rs
Praias de águas claras e areias brancas nessa incrível ilha do Caribe |
Mas
antes de chegar ao paraíso passamos por um pequeno purgatório, pois tínhamos um
voo de Bogotá para o arquipélago, mas estávamos em Cartagena um dia antes,
então só nos restou o ônibus...
Foram
23h bem cansativas na estrada, com direito a transito com atraso de mais de 1h
no final e correria para chegar no aeroporto a tempo. Depois de correr muito
(literalmente) descobrimos que o voo estava atrasado e teríamos mais algumas
horas de espera... Para piorar um overbooking
e nosso nome não estava na lista para embarque e a companhia tentava nos
comprar com um almoço para aceitarmos ir no outro voo... nada feito e muito
estresse depois, embarcamos para um voo tranquilo até San Andrés.
Finalmente
chegamos na ilha e seguimos até a hospedagem em um aparthotel que apesar de caro não nos agradou muito...
1° dia em San Andrés
Estávamos
cansados de toda a viagem desde o dia anterior e apenas fizemos um
reconhecimento do centro no fim desse dia.
A cidade não é bonita |
Apesar
de praias lindas San Andrés é bem feia e desorganizada em termos de cidade. O
centro é repleto de mega lojas de freeshop
cercadas por ruas com restaurantes e hotéis.
Mega lojas disputam espaço com hotéis e restaurantes no centro |
Uma
curiosidade é que apesar de pertencer a Colômbia os costumes por lá são bem
diferentes, desde a culinária até a língua falada. Os nativos usam um idioma
próprio que mistura algumas palavras em espanhol e algumas em inglês com a
língua originalmente falada antes da colonização.
Uma casa típica de madeira ainda bem conservada |
2° dia em San Andrés
Volta na Ilha
Para
conhecer a ilha toda não há forma melhor do que uma volta completa usando um
carrinho de golf.
Alugamos um carrinho de golf para dar a volta na ilha |
Diversas
locadoras oferecem o aluguel de carrinhos para o turista, mas atenção na hora
de pegar um veículo, pois escolhemos o mais barato e tivemos problemas com a
locadora “Danilo Rent a Car” (não recomendo...)
Existem
dois tipos de carrinhos, o de golfe comum e um mais potente, mais rápido e um
pouco mais caro. Opte pela segunda opção, pois os carros são mais novos e é
muito menor a chance de problemas mecânicos.
Ao
alugar o carrinho nos é explicado que podemos andar à vontade na orla e em
algumas outras áreas, mas não poderíamos ir para a região de La Loma. Aliais essa é uma área onde
moram ainda os nativos e seus descendentes e uma região mais pobre e
considerada perigosa quanto a segurança. Além da agência, um policial e uma
pessoa que dava informações turísticas no centro nos avisaram para não ir até
lá.
Alugamos o carrinho mia barato e tivemos problemas mecânicos |
As
instruções de como dirigir o carrinho são rápidas e logo estamos nas ruas. O
transito no centro é bem louco e sem regras, com motos passando por todos os
lados, mas saindo das ruas cheias e chegando na orla o caminho é uma estrada
boa que circula toda a ilha.
Depois de sair do centro a rodovia segue margeando o litoral dando a volta em toda ilha |
Tivemos
alguns problemas com nosso carrinho de golf e o primeiro foi na frente da Casa Museo Isleña onde o carrinho parou
sozinho.
Casa típica da ilha abriga um museu |
Não
iríamos visitar o museu, mas com o defeito no carro entramos para usar o
telefone. A menina da recepção ligou para a locadora e eles pediram 20 minutos
até alguém chegar com outro carrinho, então visitamos o lugar enquanto
esperávamos.
A
casa é uma construção típica original da ilha, de madeira, com mobília de época
e um guia conta um pouco da história do povo e das construções. Segundo ele
ainda existem casas assim na ilha, mas agora são mais raras, mesmo assim vimos
algumas depois perto do centro.
Museu islenho mostra o estilo de vida da cidade antiga |
O
tour no museu não é nada de mais e no fim eles colocam uma música colombiana
para os turistas dançarem...
A visita é meio sem graça e tentam animar com uma dança no fim... |
A
pessoa da agência chegou e trocou nosso carrinho e seguimos pela linda orla de
águas claras e costa rochosa.
Seguimos pelo lado rochoso da ilha onde existem poucas praias |
Passamos
pela entrada do caminho que leva até Morgan’s
Cave, uma caverna onde um pirata teria escondido um tesouro. Apesar da
lenda interessante havíamos visto em relatos que nada mais era do que um caça
turistas com um cenário montado em uma caverna e altos preços cobrados para
entrar. Não fomos.
Passamos
por West View um dos lugares com
melhor visibilidade para o mergulho e onde uma empresa oferece um mergulho com
escafandro para fotos com uma estátua de Poseidon debaixo da água. O lugar
estava em obras e com alguns tapumes, então passamos direto (infelizmente).
West View é um dos lugares com ótima visibilidade |
Em
meio a tranquilidade da paisagem passamos por La Piscinita e pelo Salto de Morgan. Áreas ótimas para um banho no lado rochoso da ilha.
Um trampolim permite um mergulho nas águas claras |
É um
lugar lindo e muito fundo! Uma corda marca o fim da área destinada a nadar,
onde existe um fundo rochoso com peixinhos coloridos, mas o que tem depois da
corda por baixo da linha d’água é um imenso azul profundo no mar.
Além da corda a visibilidade permite ver um imenso azul infinito e fundo |
Depois
de um mergulho voltamos para o carrinho e seguimos a costa até um dos famosos
pontos turísticos da ilha: Hoyo Soplador.
Um
buraco na pedra por onde a água do mar entra por de baixo expulsando o ar e
jorrando do chão com muita força. Quando as ondas batem nas rochas mais a
frente empurra o ar com tanta força que chega a jogar pessoas que estão muito
perto e atiram chapéus longe, além de um jato de água do mar saltar do buraco
no chão dando um banho nos turistas mais próximos.
Olho Soprador: Um buraco que tem o ar empurrado pela água do mar |
O
lugar é cercado de barracas que vendem comidas, bebidas e artesanatos e ali
nosso segundo carrinho também deu problemas L Novamente contamos com ajuda de
nativos para ligar para a locadora que demorou mais de 1h para chegar, pois estávamos
do outro lado da ilha. Foi bem chato ter que ficar ali esperando...
O buraco também jorra água salgada nos incautos |
Depois da estressante espera, novamente
trocamos de carrinho e seguimos nosso tour, passando pelo famoso restaurante Punta Sur e deixando a costa
ocidental para entrar na costa oriental da ilha, onde paisagem cura qualquer
estresse: Playas San Luis.
Foram
algumas horas percorrendo a costa leste da ilha, que diferente da outra
rochosa, é repleta de praias lindas de águas claras com muitos tons de verde,
areias finas e brancas e pouco frequentadas.
Praias San Luis na costa leste da ilha |
Na
verdade, só pessoas com os carrinhos de golfe paravam nestas praias e nós
paramos em alguns pontos diferentes para banhos de mar.
Em
alguns pontos a estrada cruza pequenas aglomerados habitacionais onde também
existem restaurantes e aproveitamos para almoçar no ótimo Restaurante Paraíso,
onde se pode esperar o prato nas espreguiçadeiras na areia.
Restaurante Paraíso: Bons pratos e uma praia particular |
Espere a refeição nesse paraíso |
Alternando
casas e praias na paisagem a estrada segue até a melhor praia da ilha que fica
diante de Rocky Cay.
A região de Rocky Cay: Centro de San Luis |
No
centro de San Luis essa praia tem um parque com estrutura para turismo que
oferece estacionamento, barracas de praia, comidas diversas e bebidas típicas.
Praia de San Luis na altura de Rocky Cay |
Rocky
Cay é uma ilha rochosa que fica bem diante da faixa de areia onde há um grande
navio encalhado, ou melhor, metade de um grande navio encalhado.
Rocky Cay e o navio encalhado: É possível ir caminhando pela água com apoio de uma corda até a ilha rochosa |
É
possível atravessar caminhando (e nadando em alguns trechos) guiados por uma
corda para ajudar a não tropeçar nas pedras, pois curiosamente esta praia tem
um fundo bem rochoso longe da costa, mas uma faixa livre só com areia em linha
reta até Rocky Cay.
A praia diante de Rocy Cay é uma das melhores da ilha |
Existem
diversos navios naufragados nos arredores de San Andrés e desta praia se pode
ver alguns deles. É possível se aproximar um pouco mais em Jet Skis alugados ou
em mergulhos através de agências.
Detalhe do navio em Rocy Cay |
San Andrés tem diversos navios encalhados à vista |
Parte de um barco afundado visto com muito zoon da praia |
Ficamos
ali até quase o fim do dia e voltamos para devolver o carrinho de golfe na
locadora. Depois seguimos para as areias da praia do centro e ficamos lá até o
sol se pôr, fechando bem o dia em que conhecemos e curtimos toda a ilha.
Pôr do sol na Praia do Centro: Fim da volta à ilha com o carrinho de golf |
A
noite existem diversos bons restaurantes para escolher e algumas cafeterias
junto à praia, além de inúmeros bares e biroscas que vendem lanches mais
econômicos.
Muitas opções de lugares para comer em San Andrés |
3° dia em San Andrés
Islas Jony Cay e Acuario
Esse
foi com certeza um dos melhores dias de todo o nosso mochilão, onde conhecemos
lugares incríveis no arquipélago de San Andrés, visitado duas ilhas lindas e
que se você não pode deixar de ir por lá.
Ilha Jony Cay vista da marina no centro de San Andrés |
Compramos
as passagens de barco em um pacote único com um vendedor na rua que nos levou
até a marina, onde primeiramente embarcamos para a Ilha de Jony Cay.
Para conhecer as ilhas compre os pacotes com as duas ilhas juntas |
A
ilha é um paraíso que fica a poucos minutos de barco e possui uma praia
indescritivelmente linda com areias brancas e um mar tão límpido que me senti
mergulhando em uma piscina.
A Ilha de Jony Cay é um verdadeiro e indescritível paraíso que vale muito a visita |
Junto
a um grande gramado em meio a palmeiras estão bares e restaurantes que servem
comidas típicas, peixes e saladas de frutas.
Quiosques e restaurantes vendem comidas típicas |
Uma
curiosidade é que em San Andrés só encontramos turistas sulamericanos,
diferente de Cartagena onde a maioria era europeia, mas uma coisa havia em
comum entre as duas: Os Brasileiros!
Barracas e cadeiras podem ser alugadas |
A
grande maioria dos turistas no arquipélago. Com certeza, era de brasileiros.
Não importa aonde íamos sempre tinha alguém falando português e a marca disso
estava em Jony Cay, pois um bar fincou a bandeira do Brasil nas areias da praia
e fazia fila para uma foto...
Ficamos impressionados com o número de brasileiros nas ilhas do arquipélago de San Andrés |
Ficamos
3h na ilha e demos a volta completa caminhando (ela não é tão grande). Curtimos
as faixas de areia e mergulhamos onde podia.
Jony Cay foi um dos melhores lugares que conhecemos na viagem |
Depois
de um tempo nessa ilha maravilhosa nosso barco chegou e seguimos para a Isla
Acuario, que tem esse nome por conta das águas claras em meio a recifes de
corais com muita vida marinha.
Ilha Aquário: Fizemos um pacote único com as duas ilhas e mais de 5h de praia |
Outro
paraíso essa pequena ilha é na verdade um banco de areia com um quiosque e
cercada de bancos de corais.
Cada lugar mais bonito que o outro |
Mergulhamos
na praia em meio aos peixes e logo descobrimos que o nome da ilha não era à
toa, pois é como mergulhar em um aquário, só que em ambiente natural. Lugar
incrível!
Mergulho em águas rasas e com muita vida marinha |
Ao
lado do Aquário está a Isla Haines Cay
onde é possível chegar com uma breve caminhada pela água.
Ilha Haines Cay vista da Ilha Aquário: É possível caminhar pela água de uma para outra |
Atravessamos
as águas que separam as duas ilhas e rapidamente chegamos em Haines Cay de onde
se tem uma bela vista do famoso Mar das Sete Cores. É fascinante a paisagem que
varia entre os tons de verde e azul-turquesa.
O famoso Mar das Sete Cores no meio do Caribe |
Esta
ilha não possui praias, sendo toda rochosa, mas demos a volta completa nela
caminhando e encontramos interessantes espécies exóticas para nós como um
lagarto azul que se deixou fotografar lindamente.
Demos a volta na ilha rapidamente |
Um tipo de lagarto azul! |
A
caminhada em torno da ilha foi rápida e deve ter durado menos de 10 minutos,
mas revelou belas paisagens e mais navios encalhados no horizonte.
Haines Cay não tem praia |
Mais um navio encalhado |
Voltamos
para Isla Acuario e ficamos na praia até nosso barco voltar para nos buscar. Ao
todo foram mais 2h neste lugar mágico.
Ilha Aquário vista de Haines Cay |
Descanso na praia enquanto o barco não vem |
Depois
de 5h de praia, faltava apenas 1h para terminar o passeio e o barco nos levou
para uma volta na área de proteção ambiental do manguezal de San Andrés. Um
passeio tranquilo entre a vegetação típica com o guia nos falando um pouco
sobre o lugar e sua importância.
Passeio de barco pelo manguezal |
Com
isso voltamos para o cais e terminamos um dos melhores dias de praia que
tivemos na viagem e com certeza o melhor tour pago que fizemos em toda Colômbia.
Hora de voltar: Esse foi o melhor dia de todo o mochilão |
4° e 5º dias em San Andrés
Havíamos
reservado os dois últimos dias para conhecer a Ilha de Providência e a ideia
original era pegar um barco no sábado de manhã e voltar no domingo a tarde para
tomar o voo as 22h em San Andrés, mas infelizmente lá descobrimos que o barco
não estava saindo as terças e sábados, com isso nossa única chance de conhecer
a ilha se foi, pois não poderíamos ir domingo, já que a noite tínhamos o voo de
volta.
Ficamos
dois dias a mais do que o planejado na ilha e curtimos as praias do centro
relaxando bastante.
Já que não fomos para Providência aproveitamos mais dois dias nas praias de San Andrés mesmo |
Praias do Centro
São
duas praias, a Principal e a Sprat Bight, uma ao lado da outra, sendo a
primeira diante das ruas do centro e a segunda diante dos hotéis.
Praia principal no centro habitado da ilha |
Curtimos
as melhores praias novamente durante os dias e saíamos para caminhar, ver as
lojas Duty Free do centro e jantar a noite.
Praia Sprat Bight |
São
muitas as opções de lugares para comer a noite, desde os mais sofisticados até
os mais simples.
Bar com decoração Anos 80 |
No
último dia encerramos a hospedagem e ficamos com as mochilas na praia, que
oferece um banheiro com ducha paga (apesar de ver muitas pessoas tomando banho
na pia do banheiro do aeroporto a noite rs).
No
fim do último dia nos despedimos da vista linda do mar caribenho e caminhamos
do centro até o aeroporto, passando pelo pequeno estádio de beisebol da ilha.
Último pôr do sol nas praias caribenhas |
As
22h tomamos o voo para Bogotá de onde tínhamos no dia seguinte um voo de volta
ao Brasil. Era o fim de nosso mochilão pela Colômbia.
Aeroporto da ilha: Hora de voltar para casa |
Dicas e Informações:
- Não
precisa gastar com taxi para ir ou vir do aeroporto para o centro da ilha,
fizemos caminhando tranquilamente (vá pela orla seguindo o calçadão junto aos
restaurantes e hotéis);
-
Para entrar no arquipélago deve-se pagar uma taxa em dólares (U$ 36,00 quando
estivemos lá no início de 2017) antes de embarcar e preencher um papel que será
devolvido na saída no aeroporto. Não perca o papel!!!
- O
melhor lugar para ficar hospedado é o centro;
- Em
Hoyo Soplador algumas pessoas vão te
abordar oferecendo levar até o lugar certo em troca de comprar alguma coisa nas
barracas. Não faça isso, o olho que sopra fica bem ali na frente, não tem erro
e não precisa comprar nada se não quiser realmente;
-
Compre um par de sapatilhas de borracha, pois é muito útil nas praias rochosas
(você vai precisar, acredite!) e sai quase o mesmo valor de alugar;
-
Leve um óculos de mergulho ou snorkel e evite gastos alugando esses
equipamentos.
Gastos para duas pessoas em março de
2017:
-
Câmbio: U$ 1,00 = $ 2.750,00
-
Taxa de entrada no arquipélago: U$ 72,00
-
Alimentação (desjejum, almoço e jantar de todos os dias): $ 330.000,00
-
Hospedagem (5 noites): $ 450.000,00
- Aluguel do carro de golf: $ 120.000,00
- Aluguel do carro de golf: $ 120.000,00
-
Museu Islenho: $ 16.000,00
-
Passeio Ilha Jony Cay + Aquário: $ 80.000,00
-
Taxa da Ilha Jony Cay: $ 10.000,00
-
Sapatilhas de borracha: $ 20.000,00