Depois de metade de um dia em Fátima, seguimos para Batalha, uma
vila portuguesa no distrito de Leiria e conhecida pela bonito Mosteiro de Nossa
Senhora da Vitória.
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Abadia de Nossa Senhora da Vitória na cidade de Batalha |
O mosteiro foi erguido em agradecimento a um suposto auxilio divino
na vitória da Batalha de Aljubarrota, que ocorreu no ano de 1385. A vitória na
famosa batalha fez com que D. João I se torna-se o primeiro Rei da Dinastia de
Avis em Portugal.
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O impressionante mosteiro erguido em agradecimento a uma vitória em batalha |
Erguido entre 1386 e 1571 a Abadia é uma obra prima da arquitetura
gótica portuguesa e considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
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Detalhe de um gárgula na fachada |
Antes de entrar no Mosteiro é inevitável apreciar os detalhes
externos da construção. Logo no portal de entrada pode-se ver a decoração com
estátuas dos apóstolos. Por dentro o interior impressiona pela grandeza.
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Portal de entrada |
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Os apóstolos esculpidos junto ao portal |
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O grandioso interior da igreja |
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Detalhe dos vitrais em torno do altar |
Junto a entrada está a Capela do Fundador, onde estão os túmulos
do Rei João I e de sua esposa Filipa de Lancaster, rodeados pelos sepulcros de
seus quatro filhos.
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Túmulos na Capela do Fundador |
O Claustro Real apresenta bonitos arcos góticos que rodeiam um
jardim interno e onde está um grande lavabo de 1450. O lavatório diante do
refeitório servia para que se lavasse as mãos antes e depois das refeições.
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Arquitetura interna da abadia |
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Aline e eu no jardim interno |
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Corredor do Claustro ao redor dos jardins |
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Lavatório diante do refeitório dos monges |
No segundo andar caixas de som entoam cantos gregorianos que
trazem uma grande paz para nós, fazendo com que se tenha a impressão de estar
em um monastério ainda em uso com as vozes dos monges ao fundo.
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O jardim interno visto do segundo andar |
Na Casa Paroquial estão enterrados dois soldados desconhecidos da
Primeira Guerra Mundial junto a uma imagem de Cristo que restou de um
bombardeamento na França durante a guerra. Uma lamparina queima azeite
português no lampadário “Chama da Pátria” que é uma obra de arte de Antônio
Gonçalves. A sala é guardada por dois soldados durante todo o tempo.
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Monumento ao soldados desconhecidos da Primeira Guerra Mundial |
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Chamas da Pátria guardada por soldados |
Para finalizar encontramos as chamadas “Capelas Inacabadas” que
abrigariam o Panteão de Dom Duarte, mas que nunca foram concluídas. A grande
capela octogonal nunca recebeu a abóbada superior que concluiria a obra, mas
pode-se ver em detalhes a riqueza da construção.
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Capelas Inacabadas |
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Detalhe da coluna que deveria receber a cúpula do telhado |
Apesar de nuca terem sido concluídas as capelas receberam os
túmulos de D. Duarte e de sua esposa, a Rainha Leonor de Aragão, além do túmulo
do Infante D. João, filho primogênito de D. Afonso V.
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Capelas nunca foram concluídas |
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Túmulos do Rei D. Duarte e de sua esposa a Rainha Leonor |
Era o fim da nossa visita a Batalha e não há muito mais o que ver
por lá além da Abadia. Caminhamos rapidamente pela cidadezinha até o carro e
seguimos em direção a Coimbra, caminho de volta à Aveiro, onde eu iria
encontrar um primo que não conhecia. No caminho ainda pudemos ver o Castelo de
Leiria pela janela do carro em meio a paisagem da estrada.
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Cidade de Batalha |
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Igreja Matriz da Exaltação da Santa Cruz em Batalha |
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Castelo de Leiria visto da estrada para Coimbra |
Chegamos em Coimbra já no fim do dia, depois de visitar Fátima e
Batalha, portanto não poderia conhecer a cidade como eu queria. Meu objetivo
era, na verdade, conhecer um primo distante que mora na cidade, pois resgatar
alguns laços familiares e conhecer as terras de onde saíram nossos antepassados
era um dos objetivos de ir a Portugal.
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Largo da Portagem em Coimbra |
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Um pouco de Coimbra |
Coimbra já foi a capital do país e lá nasceram seis reis
portugueses, mas hoje uma das maiores atrações, em termos de importância, está
na mais antiga Universidade de Portugal que tem sua sede na cidade.
Tivemos que escolher uma só atração na cidade e optamos pela
famosa Universidade de Coimbra. Caminhamos pelos prédios diante da Faculdade de
Letras e cruzamos a Porta Férrea até o pátio onde está um dos símbolos do
lugar: O Campanário.
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Fachada da Faculdade de Letras |
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Universidade de Coimbra |
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O Campanário da Universidade de Coimbra |
Deste ponto é possível ver a cidade de cima com o Rio Mondego
cortando-a abaixo. Estão ali o prédio da biblioteca e a Capela de São Miguel,
onde no dia estava acontecendo o concerto de uma pianista brasileira.
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Rio Mondego que divide a cidade |
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A Via Latina: Caminho com colunas |
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Biblioteca |
Encontrei meus primos e ficamos papeando um pouco até o sol se pôr
em um espetáculo a parte.
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Nosso encontro na Universidade |
No fim do dia descemos rumo a cidade baixa e seguimos para o
centro onde comemos em uma cafeteria local. Infelizmente não conheci grande
parte da cidade incluindo a Igreja da Sé, o famoso Convento de Santa Clara
(onde foram criados os pastéis de mesmo nome) e a cidade em miniatura conhecida
como “Portugal dos Pequenitos” que apresenta diversas construções de Portugal,
Angola, Moçambique, Índia e Brasil em miniatura.
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Antigo aqueduto de Coimbra |
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Parque Manuel Braga na cidade baixa |
Já de noite retornamos para o carro e no caminho passamos pelo Arco
do Comércio na praça e pela Igreja de São Tiago já com a cidade vazia. Era
nossa despedida da rápida visita a Coimbra.
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Igreja de São Tiago |
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Igreja de São Bartolomeu |
Não posso falar muito da cidade e nem digo que a conheci, mas
sugiro que quem estiver planejando ir a Portugal não deixe de conhecer Coimbra.
Não creio que seja necessário mais de um dia na cidade que pode ser uma boa
opção de parada para dormir entre o sul e o norte do país.
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Praça do Comércio a noite |
Gastos
para 2 pessoas em Março de 2015:
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Entrada no Mosteiro da Batalha: € 12,00
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Lanche em Coimbra: € 9,40