Partindo
do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, em
voo direto para Lisboa chega-se no Aeroporto Portela depois de quase 10h de
viagem. Fizemos o trajeto de ida a noite e o voo de volta de dia e na minha
opinião foi melhor viajar durante o dia, pois depois de um dia acordado viajar
a noite toda em um avião apertado foi horrível. Não consegui dormir direito a
noite no voo e as horas pareciam não passar, já durante o dia, na volta,
havíamos dormido a noite toda no hostel e viajamos tranquilos vendo filmes como
em um dia qualquer em casa. Como tudo tem seu lado bom e ruim, a desvantagem de
viajar de dia foi perder o último dia em Lisboa, já que se voltássemos a noite
teríamos o dia todo ainda na cidade. O fuso horário em Portugal é de 3h a mais
que no Brasil.
Lisboa
é uma cidade linda e de qualquer lugar que se esteja pode-se ver o Rio Tejo.
Outra presença marcante na paisagem da cidade é o Castelo de São Jorge, que está
no alto de uma colina bem no centro de Lisboa.
Sistema de Transporte
Lisboa
é muito bem estruturada e o sistema de Metro liga toda a cidade, podendo-se ir
do aeroporto até qualquer ponto utilizando esse meio de transporte. Uma dica é
procurar a estação de metro no aeroporto antes de considerar outro meio de
transporte (táxi, por exemplo), pois pode-se economizar um bom dinheiro no
trajeto.
Além
do Metro, outro meio de transporte muito útil para um turista são os
“elétricos”, na verdade um bonde que circula por Lisboa. Uma dica é comprar o
bilhete turístico que permite entrar e sair quantas vezes precisar nos
elétricos e metro ao longo de um dia, o que sai bem mais barato caso vá rodar
pela cidade, conhecendo vários pontos.
Os
ônibus circulam normalmente, como em qualquer outra cidade do mundo, mas admito
que não usamos nem uma única vez esse tipo de transporte dentro de Lisboa, apesar de usarmos para ir para outras cidades próximas a partir da rodoviária. O último
meio de transporte usado é o “comboio” (Trem) que une diversas cidades vizinhas
e atravessa o país, sendo a principal opção intercidades.
Pastelarias e doces portugueses
Portugal é conhecida pelos doces e suas pastelarias são uma
tentação. Ainda hoje me pergunto porque no Brasil os portugueses imigraram para
construir padarias, pois por lá eu praticamente não vi nenhuma... Mas os doces
estão em todas as partes e é impossível não se encantar com as vitrines cheias
de doces de ovos, chocolates, entre outros.
Portugal é rico em doces, existindo vários tipos diferentes nas
diversas regiões e em Lisboa se pode provar um pouco desta variedade, mas o
interessante é que a grande maioria dos doces portugueses é feita a base de
gema de ovos e a explicação é no mínimo curiosa. Os doces surgiram nos
conventos e mosteiros, que no passado usavam a clara do ovo para engomar
tecidos, sobrando as gemas que passaram a ser aproveitadas pelas freiras na
fabricação de diversas receitas.
Aline e um "Passarinho", doce a base de gemas de ovos |
Aline e eu na Pastelaria Suíça em Lisboa |
Cada ordem religiosa criava suas próprias receitas e assim
surgiram os “Pastéis de Belém”, junto ao Mosteiro dos Jerônimos, no bairro de
Belém em Lisboa, os “Pastéis de Santa Clara”, junto ao convento de mesmo nome
em Coimbra, os “Ovos Moles de Aveiro” que surgiram no Mosteiro de Jesus na
cidade de Aveiro, entre muitas outras especiarias.
O terremoto de 1755:
A história de Lisboa foi muito marcada pelo grande terremoto de
1755. Em 01 de novembro daquele ano a cidade foi reduzida a metade por três
grandes abalos sísmicos. Mais de vinte igrejas lotadas desabaram sobre os fiéis
que comemoravam o Dia de Todos os Santos. As velas das igrejas, em meio aos
escombros geraram incêndios que duraram uma semana e muitas pessoas fugiram das
labaredas em direção ao Rio Tejo. Quando o cenário parecia ser o pior possível,
ondas gigantescas vindas pelo rio invadiram a cidade matando os que fugiam das
chamas, configurando a pior catástrofe já registrada em Portugal.
Compras em Lisboa:
Lisboa é um polo de compras também e existem duas opções principais. O Freeport Outlet (Av. Euro, 2004) fica nos arredores da cidade e possui um transporte especial que leva e trás de volta por € 10,00 por pessoa saindo da Praça Marquês de Pombal em Lisboa em dois horários por dia (as 10h e as 13h).
Outra opção (menos badalada) é o Strada Outlet (Estrada do Paiã, Odivelas), um shopping center que fica no subúrbio de Lisboa. Chegamos nele pegando o Metro e descendo em Odivelas e depois tomando um taxi até lá, mas é possível ir de ônibus também a partir da estação (ônibus "Pontinhas" azul).
O que fizemos em Lisboa:
Lisboa foi nossa porta de entrada e de saída da Europa, portanto
teríamos dias no início e no fim da viagem e ao todo ficamos uma semana na
cidade, mas apenas quatros dias efetivos, pois visitamos Sintra, Évora, Estoril,
Cascais e Óbidos a partir de Lisboa. Vale deixar registrado que amamos a cidade e compensa muito passar alguns dias por lá caso esteja planejando entrar na Europa por portas portuguesas.
Vou deixar os descritivos de cada lugar, por dia, nos próximos posts, mas fica aqui uma sugestão de Lisboa
e arredores em 1 semana, com todas as noites na capital.
1º dia – Lisboa: Centro - Baixa e Alfama
2º dia – Lisboa: Belém3º dia – Évora
4º dia – Sintra
5º dia – Óbidos + Fátima
6º dia – Circuito de compras (arredores) + Lisboa: Bairro Alto
7º dia – Estoril e Cascais + Lisboa: Parque das Nações
Na prática nosso roteiro foi bem parecido com este que sugiro, pois passamos os cinco primeiros dias na cidade e
depois seguimos para o centro e norte de Portugal. Não fizemos Óbidos e Fátima no mesmo dia, mas é fácil unir essas duas cidades. Os dois últimos dias em Lisboa (sexto e sétimo)
fizemos no fim do mochilão. O 8º dia foi nossa viagem de
volta, já que voltamos de dia...
Dicas:
- Utilize o metro para deixar o aeroporto e para chegar nele, já
que existe uma estação final de linha por lá;
- O Elétrico 12 é circular e é a maneira mais rápida de se chegar
ao Castelo de São Jorge, passando por pontos em Alfama;- O Elétrico 28 faz todo o caminho entre Estrela e Graça, passando também por Alfama, mas em um caminho mais completo;
- Existem diversos ascensores e elevadores que ligam a Baixa ao Bairro Alto, mas são caros e é possível caminhar ladeira acima sem pagar nada ;-)
- Lisboa possui diversos museus renomados e não fomos a muitos. Entre os mais famosos (que não fomos) estão o Museu da Eletricidade, o Museu do Azulejo, o Museu de Arte Antiga e o Museu da Marioneta;
- Compre o ticket turístico que dá direito a infinitas passagens nos elétricos e metro durante o dia e percorra a cidade tranquilamente;
- Para usar o elétrico (bonde) compre a passagem antes de embarcar nos pontos de venda das estações de metro e valide o cartão dentro do vagão. Não é possível comprar o bilhete dentro do bonde;
- A noite a badalação fica no Bairro Alto na região do Carmo e do
Chiado, o centro fica deserto, mesmo possuindo muitos restaurantes, incluindo a
Praça do Comércio.
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