domingo, 22 de fevereiro de 2015

Buenos Aires


5º Dia na Argentina (dia 24 do mochilão)

A viagem entre Mendoza e Buenos Aires a bordo do CATA Royal Suite foi ótima, dormimos muito bem e a empresa manteve o bom nível do serviço servindo um bom desayuno a bordo. Chovia forte do lado de fora e quando o ônibus chegou no terminal de Buenos Aires, decidimos tomar um taxi para procurar um hotel para ficar. A ideia original era de pegar um ônibus para o centro e caminhar olhando as opções de hotel, já que por lá há muitos hotéis próximos uns ao outros, mas a forte chuva nos obrigou a mudar de ideia.

Todos falam super mal dos taxistas de Buenos Aires e eu não vou ser exceção, já que fui mais bem tratado em todas as outras cidades pelas quais passei. O taxista não era muito paciente e não ajudava muito a encontrar um lugar, acho que ele não entendeu que eu não sabia para onde queria ir, pois nunca tinha estado na cidade. Por fim descemos na Av. de Mayo, paramos embaixo de uma marquise, colocamos nossas capas de chuva e seguimos andando de hotel em hotel até encontrar um para ficar.

Que eu me lembre só havíamos usado a capa de chuva em Aguas Calientes, na descida de Machu Pichu e depois de tanto tempo sem ver chuva eu nem lembrava mais como era a sensação de caminhar com as mochilas com a capa por cima e as gotas d’água caindo pelo rosto... rs

Entramos em alguns hotéis, mas ou eram muito caros ou muito ruins, e no geral era sempre a segunda opção. Os prédios da Av de Mayo são bem antigos e muitos hotéis carecem de uma boa reforma, mas alguns são simplesmente horrorosos, mesmo para mochileiros duros como nós... hehehe

  


Andar na chuva procurando lugar para ficar não estava em nossos planos, então assim que encontramos um hotel aceitável paramos. O Hotel Chile (Avenida de Mayo, 1297) não é bem o que queríamos para nossa última hospedagem no mochilão, pois esperávamos um pouco de conforto depois de quase um mês viajando, ainda mais porque ficaríamos alguns dias e não só uma ou duas noites, mas resolvemos ficar por ali mesmo. Não posso dizer que recomendo o lugar, pois o prédio antigo com limo nos azulejos do banheiro e uma banheira com aspecto de gasta não agradaria a muitas pessoas.

Era um domingo e a chuva não nos desanimou de conhecer a famosa feira de San Telmo. Colocamos nossas capas de chuva e seguimos pelas ruas desertas de Buenos Aires até a Plaza Dorrego, onde acontece a famosa feira desde 1970.

 
Feira de San Telmo debaixo de chuva

A feira de antiguidades de San Telmo acontece todos os domingos de 10h as 17h, independente do tempo (chova ou faça sol, como vimos), e atrai milhares de turistas. Além das barracas na praça, ao ar livre, existem diversas lojas que vendem antiguidades e outros produtos no entorno. Em um grande casarão funciona o Mercado de San Telmo, uma extensão da feira em área coberta. Aproveitamos para comer alguma coisa no Starbucks enquanto esperávamos a chuva passar.


Mercado de San Telmo
Ficamos abrigados em um grande solar onde funcionam muitas lojas até que a chuva diminuísse e parasse, então seguimos caminhando pelas ruas do entorno do mercado. A feira funciona oficialmente na praça e no mercado, mas nas ruas circundantes diversas barracas oferecem souvenirs, pinturas, artesanatos, livros, entre outros produtos e seguimos por quase dez quadras olhando barraquinhas de quinquilharias.

 
Solar na Plaza Dorrego: abrigo da chuva
 
Aline nos corredores do solar



Caminhando pela rua passamos pela Iglesia de Nuestra Señora de Belén, conhecida como Igreja de San Telmo. A igreja começou a ser construída em 1748 pelos jesuítas, mas só foi concluída no ano de 1876. No ano de 1806, ainda durante sua construção, começou a funcionar no local a Paróquia de San Pedro González Telmo até que sua igreja fosse construída, o que nunca aconteceu, fazendo que até os dias de hoje a paróquia de San Telmo funcione na Igreja de N. Sr. de Belém.

 
Igreja de San Telmo
 
Bonito altar do templo


Órgão no coro da igreja



Seguimos até a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Convento de Santo Domingo datada de meados do século XVIII que foi declarada basílica em 1909. Diante do templo está o mausoléu do criador da bandeira argentina, Manuel Belgrano, que abriga os restos mortais do general desde 1903.

 
Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Convento de Santo Domingo com o Mausoléu a frente
 
Mausoléu do General Manuel Belgrano


Interior da igreja



Próximo a igreja está o Museo de La Ciudad que abriga exemplares arquitetônicos históricos de Buenos Aires. Em uma rápida visita pode-se ver móveis, portas, lajotas, grades e esculturas que marcaram época na cidade.

 
Fachada do Museu da Cidade
 
Peças de arquitetura expostas com fotos


Grade e figura de pedra expostas


Peças em exposição incluem portas e objetos arquitetônicos



Caminhamos cerca de dez quadras até a Plaza de Mayo, no centro histórico e político da cidade. A praça data de 1580, o mesmo ano de fundação da cidade, e foi idealizada pelo fundador Juan de Garay que escolheu esta área para instalar a praça maior, o forte, a Catedral e o Cabildo. A praça que originalmente era chamada de Plaza Mayor, teve seu nome alterado em comemoração a Revolução de Maio ocorrida em 1810, que iniciou o processo de independência das colônias na região sul do continente americano.

 
Plaza de Mayo de Buenos Aires

Na praça estão várias construções históricas como o Cabildo de Buenos Aires. O prédio atual foi construído em 1740, no mesmo lugar do prédio anterior e foi a sede encarregada de representar a cidade frente à metrópole, com várias funções jurídicas e administrativas, além de servir de prisão. Também pode-se ver o prédio do Banco de La Nación Argentina, fundado em 1891 por iniciativa do então presidente Carlos Pellegrini. A construção só foi concluída em 1943 e é o prédio onde foi instalado o primeiro elevador do país.

 
Cabildo
 
O Banco de La Nación Argentina



Nos chama a atenção a grandiosa Catedral Metropolitana de Buenos Aires, que apresenta em sua fachada em meio as doze colunas, representando os apóstolos, uma imagem de madeira de Santa Maria de La Rábida, a padroeira das américas e uma pira em chamas em homenagem ao grande General San Martin, que tem seus restos mortais em um mausoléu no interior da igreja.

 
Catedral Metropolitana de Buenos Aires
 
Imagem de madeira na fachada da Catedral


Chama em homenagem a San Martin



O interior da catedral, que foi consagrada em 1836 e é a oitava igreja construída no mesmo local, é lindíssimo com pé direito bem alto e arcos graciosos entre colunas laterais.

 
Altar da Catedral
 
Interior do templo



Em uma área a direita da nave principal, guardada por dois soldados, está o Mausoléu do General José de San Martin. Ver sua esquife coberta por uma grande bandeira da Argentina depois de conhecer toda sua história ao longo da viagem, desde o Peru até Buenos Aires, foi como conhecer pessoalmente um personagem que só havíamos ouvido falar.

 
Mausoléu do General San Martin no interior da Catedral

Havíamos passado pelo Paso Los Libertadores nos Andes e visitando a igreja onde o general jurou bandeira além de ter visto as flâmulas conquistadas em batalhas em Mendoza. Ouvimos suas histórias e conhecemos as conquistas do Exército dos Andes ao longo de todos os países que visitamos. Estar em um mausoléu com tantas homenagens era ver o desfecho histórico triunfante da libertação das Américas.

 
Soldados guardam o mausoléu

Deixamos a Catedral e voltamos a Plaza de Mayo, onde está uma estátua do General Manuel Belgrano em seu cavalo, o mesmo que havíamos visitado o mausoléu no Igreja do Convento de Santo Domingo.

 
Monumento ao General Belgrano na Plaza de Mayo

Ao lado da Catedral duas importantes construções marcam os arredores da praça: o prédio do Palacio de Gobierno, onde funciona a prefeitura da cidade atualmente e o local de onde os espanhóis governaram o país antes da independência da nação e o prédio da Legislatura de Buenos Aires que foi construído em 1930 com uma torre octagonal que possui cinco sinos.

 
Palácio do Governo (a frente) e Prédio da Legislatura (ao fundo)

Rumamos para a construção mais famosa e visitada da praça: A Casa Rosada, sede do governo argentino. Aos sábados e domingos é possível fazer uma visita guiada pelo interior do casarão a cada dez minutos entre as 10h e 20h. As visitas tem duração de quarenta minutos e são gratuitas.

 
Casa Rosada
 
Aline diante da Casa Rosada



A fila para a visita é bem grande e tivemos que aguardar um tempo no salão onde funciona a Galeria de Patriotas Latino Americanos, que expõe quadros de importantes personalidades do continente. Entre os quadros com imagens de Artigas, San Martin, Simón Bolívar, Francisco López, Manuel Belgrano, Salvador Allende, Ernesto “Che” Guevara entre muitos outros, estão duas figuras brasileiras: Tiradentes e Getúlio Vargas.

 
Homenagem a Tiradentes
 
Homenagem a Getúlio Vargas



Nossa vez chega e nos reunimos ao guia que nos conta um pouco da história do casarão, que para nossa surpresa é amarelo por dentro e não rosa.

 
Galeria dos Patriotas Latinoamericanos

O guia explica que o casarão foi construído no mesmo lugar do antigo Fuerte Viejo. A fortaleza de 1594 foi demolida na década de 1850 para a construção da alfândega nas margens do Rio da Prata, que foi pintado com cal e sangue de boi, ganhando a coloração rosa, que é mantida na fachada do atual casarão.

 
Interior da Casa Rosada


Em 1938 começou-se a demolição do edifício como objetivo de se criar uma perspectiva a partir da Plaza de Mayo para o rio, e estender a Avenida de Mayo para Puerto Madero, mas em fevereiro do mesmo ano tornou-se presidente Roberto Marcelino Ortiz, que decidiu suspender a demolição. No entanto, a ala sul nunca foi reconstruída.



 
Pátio de Honor ou Pátio da Palmeiras

Caminhamos pelos corredores e salões da Casa Rosada e conhecemos o gabinete de trabalho da presidente Cristina kirchner. Visitamos o Salão Branco, sede das grandes recepções oficiais como as cerimônias presidenciais, juramentos de ministros e secretários de Estado e o Salão Evita Perón, onde está exposto um vestido que foi usado por ela.

 
Salas do palácio
 
Salão Evita Perón: ao fundo o vestido rosa


Salão Branco



Colunas do Salão Branco

Pudemos passar pelas famosas sacadas de onde os presidentes despertaram paixões nacionais e demonstraram apoio à população. Da sacada dá para imaginar como foi o discurso feito por Evita Peron, então Primeira Dama, na década de 1950 diante de uma praça lotada.

 
A praça vista da sacada do palácio

No fim da visita o guia nos indica conhecer o Museu do Bicentenário que funciona nas ruínas do antigo forte que ficava sobre a ala sul do palácio demolida em 1938. O acesso é por fora em uma ala junto ao rio e seguimos para lá caminhando tranquilamente.




O museu funciona no que restou das catacumbas coloniais do antigo Fuerte Viejo e apresenta uma rica coleção de peças da história argentina, como as faixas presidenciais utilizadas ao longo da história.



Interior do Museu: Ruínas do forte


Catacumbas do Forte Viejo
Ficamos algumas horas no museu que é bem moderno e possui diversas multimídias interativas para contar a história do país. Vídeos contam como foi a passagem de todos os presidentes e como se deram as revoluções populares ocorridas na Argentina.

 
Objetos que pertenceram a políticos argentinos
 






Entre os objetos expostos está o vestido usado por Eva Peron retratado no famoso quadro com seu marido o presidente Juan Domingo Peron.

 
O vestido de Eva Perón e o famoso quadro

Em meio as ruínas seculares do forte e de todos os objetos e vídeos sobre a política argentina é fácil entender o forte sentimento nacionalista do povo e nos faz pensar como falta um pouco disso em nós brasileiros, principalmente por desconhecimento sobre nossa própria história, normalmente mal contata nas escolas.

 
Faixas presidenciais expostas

Deixamos o museu já bem cansados do longo dia nas ruas, que apesar de ter começado debaixo de chuva, terminava com um bonito tom laranja no céu. Seguimos caminhando de volta ao hotel e passamos pelo Monumento Iguazu Falls na esquina das Avenidas 9 Julio e de Mayo, inaugurado após a candidatura das Cataratas do Iguaçu para o concurso das sete novas maravilhas do mundo.


Monumento Iguazu Falls

Entardecer em Buenos Aires
O sol já estava indo embora quando paramos para jantar no restaurante La Esquina de Garufa no cruzamento da Av. 9 de Julio com a Av. de Mayo, no caminho para o hotel. Não sei se era a fome, mas gostamos bastante da comida do lugar (a tradicional carne com batata argentina... rs). Depois voltamos para o Hotel, tomamos um bom banho e dormimos pesado para descansar de nosso primeiro dia em Buenos Aires depois de uma noite de sono na estrada.
Fim de tarde

Anoitecer na Avenida 9 de Julho


6º Dia na Argentina (dia 25 do mochilão)

Nosso segundo dia em Buenos Aires começou bem diferente do primeiro. Pela janela do quarto pudemos ver o dia claro e o céu azul, sem sinal das nuvens e da chuva da manhã anterior. Nos arrumamos e descemos para o desayuno.

 
Paisagem pela janela do quarto

Deixamos o hotel e resolvemos comprar passagens para o Bus turístico de Buenos Aires, que funciona nos mesmos moldes do que havíamos utilizado em Mendoza. A principal vantagem do ônibus turístico é poder embarcar e desembarcar em qualquer ponto, de modo que pode-se conhecer o lugar pelas histórias contadas no áudio e visitá-los com o tempo que necessitar.

 
Ruas de Buenos Aires

Compramos a passagem para 24h no próprio ônibus em um dos pontos identificados. A vantagem deste sobre o de Mendoza é que em Buenos Aires o tempo entre eles é de 20 min, enquanto o de Mendoza era a cada 1h, mas a desvantagem é que diferente do mendocino o da capital argentina não é nada pontual.

 
Ônibus Turístico

Seguimos no ônibus até o bairro La Boca, onde está o famoso estádio de futebol La Bombonera, a casa do Boca Juniors, que eu queria muito visitar.

 
La Bombonera

No estádio funciona o primeiro museu temático de futebol da América Latina, o Museo de La Pasión Boquense. Com 2 andares o lugar guarda as memórias de mais de 100 anos do clube, incluindo camisas antigas, sala de troféus, multimídias interativas, vídeos, fotos, objetos, documentos históricos, entre outros.

 
Calçada da fama do Boca Juniors
 



Para a visita guiada existem duas opções: Museu (AR$ 60) ou museu e estádio (AR$ 80). Não é necessário agendar a visita guiada no estádio e logo na entrada há uma placa anunciando o horário de saída do próximo tour. As visitas acontecem de hora em hora, o primeiro às 10hs e o último às 17hs, mas preste atenção, pois há mudança de horário em dias de jogo no estádio.

Aline na entrada do museu
Compramos o tour com a visita ao estádio e entramos para o museu, enquanto esperávamos o guia tivemos bastante tempo para conhecer a galeria de títulos do Boca e de objetos e histórias de La Bombonera.

 
Museu de La Bombonera
 
Museu bem moderno



Estão expostos no museu um pouco dos títulos de Campeonatos Argentinos, Libertadores da América, Copas Intercontinentais, Copas Sul-Americanas e Recopas conquistadas pelo Boca Juniors.

 
Galeria de títulos do Boca Juniors
 


As quatro seções mais importantes do museu são: la camiseta, que reúne todas as camisas usadas pela equipe até os dias atuais; la gloria, a sala com troféus, objetos, fotos e vídeos que relembram os principais títulos do time; la pasión, um espaço interativo de multimídia; e genio y pasión, dedicada a Maradona, o maior ídolo da história do clube, com fotos, história e camisas originais.

Seção La Camiseta: Todas as camisas do time ao longo da história


A seção Los Campeonatos destaca os anos em que o clube obteve os maiores feitos. São exibidos os registros dos jogos com datas, escalações e placares das principais conquistas. Em monitores as imagens dos jogos e os acontecimentos mais relevantes na Argentina e no Mundo, no mesmo ano, são mostrados lado a lado.

 
Fotos dos times e as respectivas taças

A menina que iria nos guiar se apresenta e reúne o grupo no meio do museu. Ela nos explica que o Tour La Bombonera passa pelas arquibancadas, vestiários e sala de imprensa.

 
O museu funciona de baixo das arquibancadas

Seguimos nossa guia até o as arquibancadas de La Bombonera onde ela nos conta que o nome oficial do estádio é “Alberto Jacinto Armando” e que seu apelido deve-se ao formato retangular que faz lembrar uma caixa de bombons. A principal razão para isso é que o terreno disponível para a construção, iniciada em 1923, não permitia o desenvolvimento de um estádio tradicional. A solução encontrada foi criar três anéis de arquibancadas, de modo que quem assiste o jogo da terceira arquibancada tem de olhar para baixo para ver o jogo.

Arquibancadas de La Bombonera
Acentos para damas


O estádio foi inaugurado em 1940, com capacidade para 49 mil torcedores, planejado de forma que a acústica o faça ensurdecedor durante uma partida, já que a arquitetura do estádio faz com que a torcida fique muito próxima do campo criando um verdadeiro “caldeirão”. Os bancos de reservas ficam colados aos torcedores.


A guia nos leva até o setor onde fica La Doce, a principal torcida organizada do time e nos conta que este ponto foi pensado para que o time visitante sinta-se intimidado mesmo antes do começo da partida, pois o vestiário dos visitantes fica exatamente embaixo deste setor, que parece tremer quando o grupo pula junto.

 
Local onde fica a tradicional torcida organizada "La Doce"

Entre as curiosidades de La Bombonera está a cabine VIP central, de cor amarela que pertence a Diego Maradona. A guia conta que quando o estádio foi reformado, e o Boca ficou mal financeiramente, Diego comprou o melhor lugar por 250 mil dólares, para dar exemplo. Acabado o contrato, os sócios decidiram que o craque não precisaria renovar o pagamento e que a cabine seria lugar perpétuo pera ele e sua família.

 
Camarotes

Seguimos para as dependências internas do estádio e fomos conhecer o vestiário dos visitantes, abaixo da arquibancada dedicada a torcida organizada do Boca. A guia nos conta que o vestiário do time da casa é muito mais bonito, mas que não se permite mais a visita ao local, por motivos de depredação por torcedores de outros clubes (tipo invejinha, segundo ela... rs).

Vestiário dos visitantes

Chuveiros para o time visitante

Passamos pela sala de imprensa, e pudemos tirar fotos na parede de entrevistas dos jogadores.

 
Entrada da sala de imprensa

No fim há um salão com objetos de arte, como quadros e esculturas, dedicados ao clube e a guia explica que a primeira cor da camisa do time era o “rosa”, mas que na época foi motivo de deboche pelos torcedores rivais (e tenho certeza que hoje seria também!). Decidido a acabar com as brincadeiras o clube tentou algumas mudanças (do branco e preto ao celeste), sem agradar os torcedores, até que em 1907 decidiram que as cores do clube seriam as mesmas da bandeira do primeiro navio que atracasse no porto de Buenos Aires. Dias mais tarde, o “Drottning Sophia” (“Rainha Sophia”), de bandeira sueca, atracou no porto e, sem querer, marcou a história do Boca Juniors que, desde então, veste azul e amarelo.

 
Homenagem a torcida
 
Fim do tour pelo estádio



Loja e cafeteria do clube
O tour, de 1h de duração termina na loja do clube, onde funciona um café e bonboniere, mas não comemos nem compramos nada. Nos despedimos da guia e seguimos para a saída na direção do famoso e antigo Café El Estaño que funciona em uma esquina de La Boca desde 1880.

 
Em Estaño

Sempre ouvi falar super bem do lugar, mas não achei nada de espetacular, na verdade, fica lotado já que todos os ônibus turísticos fazem uma parada de 20 minutos no lugar e quem quer seguir viagem direto no tour deve mudar de veículo.

 
Interior da cafeteria

Embarcamos de volta em um ônibus e seguimos pelas ruas de La Boca. Pudemos ver a famosa Puente La Boca, que era utilizada para o transporte de grãos do rio Riachuelo para os subúrbios ao sul. A ponte, inaugurada em 1914, não funciona desde 1940, mas ainda está lá como um símbolo da cidade.

Puente La Boca

Nossa próxima parada foi para conhecer El Caminito, uma rua para pedestres que teve seu nome retirado de um tango escrito em 1926.

  
Caminito

A área que tem sua localização próxima a zona portuária, foi habitada por muitos estrangeiros que chegavam pelo porto para trabalhar e tem como característica o fato de as casas serem construídas com tábuas de madeira, placas e telhas metálicas, sendo pintadas com cores fortes de tintas que sobravam das cargas de navios. A história do Caminito é exatamente a mesma de Valparaíso, no Chile.

Casas de Caminito: Materiais reaproveitados do porto

Aline nas ruas do Caminito

Admito que minha primeira impressão do lugar não foi tão boa assim, pois ao chegar diante da primeira casa colorida fomos abordados por um imenso número de pessoas querendo vender objetos ou nos oferecer almoço nos restaurantes da região. Outro ponto importante é que existem dezenas de dançarinos de tango, vestidos a caráter, para fotos e aulas relâmpagos com os turistas. Não se deixe enganar: vão ser super simpáticos e depois vão extorquir alguns pesos argentinos dos que se deixarem levar. Fugimos de todos.

 
Casa e loja

As ruas do Caminito abrigam muitos artistas e artesãos que vendem seus produtos em barracas para os turistas, sem falar que minha camisa do Vasco fez sucesso e a cada cinco passos que eu dava vinha alguém querendo troca-la por uma camisa do Boca Juniors, do River Plate ou da seleção argentina. Não aceitei nenhuma proposta pelo simples fato de a minha camisa ser oficial, enquanto as que me ofereciam eram réplicas evidentes (se tivessem me oferecido uma oficial em bom estado tinha trocado no ato! hehehe).

 
Vendedores nas ruas
 
Vende-se de tudo por lá



Ficamos pouco tempo por lá, pois o número de pessoas que nos abordavam nas ruas era insuportável. Nós andávamos alguns passos e nos ofereciam almoço, mais um passo e vinha alguém querendo trocar minha camisa, mas dois passos e uma dançarina de tango se oferecia para uma aula, outros pequenos passos e mais um panfleto de restaurante era entregue, além de o panfleteiro vir atrás tentando nos convencer...

 
Aline e a paisagem de casas coloridas

Entre tantas propostas paramos para ver uma agência que oferecia pacotes de shows de tango e visitas ao famoso zoológico da cidade de Luján. Os shows de tango são caríssimos e eu e Aline esperávamos ver um espetáculo menos pomposo dos que ali eram oferecidos, já que eu não me animaria nunca para uma peça de quatro horas de duração (pacotes custam em torno de AR$ 600,00, por pessoa, com jantar incluso). Mas a menina brasileira nos convenceu de uma visita ao zoo e fechamos um pacote para outro dia (essa história conto no próximo post).

 
Arte nas ruas

Voltamos para o ponto do ônibus (que nesse local tem filas gigantes) e embarcamos no mesmo lugar onde descemos. Vimos as casas coloridas pela última vez, com a certeza de que o lugar deve ser bem mais interessante sem tantos turistas e vendedores.


O ônibus segue passando por Puerto Madero e pelo bairro do Retiro até a Recoleta, onde descemos mais uma vez na Praça das Nações Unidas. Nesta praça está um dos cartões postais da cidade: a Floralis Generalis.

Floralis Generalis

A flor metálica de 20 metros de altura foi inaugurada em 2002 e deveria se abrir com o nascer do sol, se fechando no fim do dia, mas por problemas no mecanismo de engrenagens da escultura, ela permanece parada dia e noite.

Aline e a gigantesca flor

A flor, que totalmente aberta, teria o diâmetro de 32 metros não perdeu sua beleza com o mal funcionamento do mecanismo de movimento e é parada obrigatória para uma foto. Ao lado da praça está o imponente prédio da faculdade de Direito de Buenos Aires.




Prédio da Faculdade de Direito de Buenos Aires


O ônibus atrasou bastante neste ponto e a fila era grande, perdemos um tempo por ali e depois que embarcamos voltamos a ver a cidade pela perspectiva do segundo andar do veículo. Margeamos o grande parque em que esta o Planetário de Buenos Aires e o zoológico da cidade, além do famoso Jardim Japonês. É possível descer deste ônibus e embarcar em outro que roda por dentro do parque, indo até o estádio do River Plate, mas acabamos não tendo tempo para esta parte da cidade. Fica para próxima.

Planetário visto do ônibus

Estávamos com fome e descemos no bairro Chino em Belgrano, onde existem muitas opções de restaurantes. Paramos no Café Martinez, na esquina da Calle 11 de Septiembre e a Avenida Juramento. Gostamos muito do lugar que serve um mega sanduíche (vale uma boa refeição completa) e um chocolate quente fabuloso.

Café Martinez no Bairro Chino

Seguimos caminhando por Belgrano e passamos diante do Museo Historico Sarmiento, mas não entramos. Buenos Aires tem centenas de museus, mas já havíamos visitados muitos ao longo da viagem e não estávamos tão interessados neles.

 
Museu Histórico Sarmiento

Caminhamos até a Plaza Manuel Belgrano, onde acontece uma feira de artesanato nos fins de semana (não era o caso). No centro da praça está uma escultura, em tamanho real, do General Belgrano inaugurada em 1961 e em uma das faces uma bonita escultural intitulada “As três Graças”.

 
Monumento a Manuel Belgrano
 
Las Tres Gracias



Diante da Praça está Igreja da Imaculada Concepção, de estilo bizantino, com uma grande cúpula central. Seu interior redondo é bem diferente das que havíamos visto até então.

 
Igreja da Imaculada Conceição

Caminhamos um pouco por Belgrano e aproveitamos para sacar dinheiro em um banco, depois voltamos para a praça e tomamos o ônibus de volta para Recoleta, pois tínhamos visto apenas a Flor Genérica e ainda queríamos conhecer o bairro.

 
Ruas de Buenos Aires vista do ônibus turístico

A Recoleta foi a área adotada pelos portenhos ricos após um grande surto de febre amarela que assolou San Telmo em 1871. Na época a população mais nobre abandonou o antigo bairro e mudou-se para este, transformando a Recoleta no reduto das altas classes sociais.

 
Recoleta

O sol já estava baixando no horizonte quando fomos visitar a Iglesia de Nuestra Señora Del Pilar, cujo terreno foi doado aos monges da Recoleta em 1716 sendo o templo consagrado em 1732. No interior há um bonito altar barroco decorado com motivos incas que foi trazido do Peru pelo Caminho Real.

 
Igreja de Nossa Senhora do Pilar na Recoleta
 
Bonito altar da igreja



Nos claustros da igreja funciona um pequeno, mais super interessante, museu de arte sacra. As fotos são permitidas então aproveitamos para registrar nossa visita e algumas peças de arte como imagens sacras, livros e objetos diversos da vida religiosa.

Arte Sacra



Museu de Arte Sacra no antigo claustro

Um dos grandes atrativos da região é o Cemitério da Recoleta, um dos maiores do mundo, ocupando mais de cinco hectares de área em uma quadra inteira atrás da igreja. O cemitério é uma verdadeira necrópole onde estão enterradas grandes figuras da história argentina, entre elas Eva Perón, mas quando chegamos os portões já estavam fechados L. As visitas se encerram as 17h e chegamos alguns minutos depois disso, pois eu tinha visto em algum lugar (erradamente) que fechava as 18h.

 
Cemitério da Recoleta

Próximo a praça da igreja está o Centro Cultural Recoleta em prédios do século XVII, onde ocorrem exposições de artes e apresentações musicais e teatrais.

 
Centro Cultural Recoleta

O fim do dia se aproximava rápido e tomamos o ônibus de volta. Percorremos toda a Avenida 9 de Julio e Plaza de Mayo ouvindo as explicações no fone de ouvido.

 
Avenida 9 de Julho

Descemos próximo a casa Rosada e resolvemos caminhar até Puerto Madero, pois apesar de o ônibus passar por lá teríamos que dar toda a volta em Bavanera, San Telmo e La Boca antes. Da Casa rosada até o porto são poucos metros atravessando uma avenida e um quarteirão junto ao rio.

 
Casa Rosada de outro ângulo
 
Caminhando até Puerto Madero encontramos uma figura famosa





Puerto Madero foi um grande porto para importação e exportação de mercadorias, mas seus ancoradouros estreitos não suportaram os navios cargueiros cada vez maiores e entre os anos de 1911 e 1925 Buenos Aires criou um novo lugar para esta atividade: Puerto Nuevo. Por mais de 50 anos Puerto Madero ficou abandonado, até que no início dos anos 1990 o lugar foi revitalizado e hoje conta com casas noturnas, restaurantes e um iate clube.

Puerto Madero

O bairro hoje é supervalorizado e badalado, mas apesar de pouco apelo cultural é possível ver um pouco da história no lugar. Um museu bem recomendado, e que não conseguimos ver, é o Museo Fragata Sarmiento, um museu flutuante em um barco que tem visitação aberta até as 19h. Infelizmente chegamos cinco minutos depois deste horário e não conseguimos visitar o navio.

 
Um museu funciona dentro da Fragata Sarmiento

Cruzamos a Puente de La Mujer, fabricada na Espanha e inaugurada no ano 2001, cujo desenho representa a imagem de um casal dançando tango. Com um calçadão de 170 metros de cumprimento, por 6 de largura, possui uma estrutura que permite em menos de dois minutos a passagem de embarcações. A secção central é sustenta por uma agulha de aço com 39 metros de altura que, em diagonal, sustenta o trecho que gira através de cabos de aço.

 
Ponte da Mulher
 



Deixamos Puerto Madero e voltamos para o hotel caminhando, queríamos comer no famoso Café Tortoni e não experimentamos nenhum restaurante no porto. No caminho passamos pelo Café que estava lotado e uma placa na porta avisava dos horários para os shows de tango no local. Foi um achado para nós, pois todos os pacotes que tínhamos visto eram bem caros para grandes espetáculos de mais de quatro horas de duração (longe das minhas expectativas musicais... rs). No Tortoni é possível assistir a um tango com 1h30min de duração por um terço do valor. Apenas deve-se reservar com antecedência, pois no dia pode ficar sem vaga. Reservamos nossos lugares para o show do dia seguinte e desistimos de comer lá, já que teríamos esse prazer durante o espetáculo. No fim Aline se animou com a garantia de assistir ao tango e eu me livrei de quatro horas de musical.


Seguimos para o hotel, procurando um lugar para comer e encontramos perto do hotel, uma boa opção: Alameda Pizza Café (Avenida de Mayo, 1201). Depois era hora de descansar do dia cheio que tivemos.


7º Dia na Argentina (dia 26 do mochilão)


O dia amanheceu nublado, descemos para o desayuno do hotel e depois saímos caminhando no pela Avenida de Mayo. Na esquina, logo após o hotel, estava o Palácio Barolo, que inclusive podia ser visto da janela de nosso quarto. O palácio é na verdade um prédio que, quando construído no ano de 1923, era o mais alto da América Latina.

  
Palácio Barolo

Seguimos pela avenida até a Plaza Del Congresso, onde está o Palácio do Congresso Nacional. Na praça está o Monumento a Los Dos Congresos, construído para comemorar a primeira assembleia constitucional da Argentina e a Declaração da Independência. No alto do monumento uma estátua representa a república e sob ela há figuras femininas desempenhando os deveres patrióticos de carregar as armas nacionais e romper os grilhões da escravidão. Diante do monumento um chafariz dá um toque de beleza à paisagem.

 
Monumento na Praça do Congresso Argentino

O prédio do Congresso é um belo exemplo de arquitetura, inaugurado em 1906 tem sua fachada construída em granito e mármore e está situado na frente da Casa Rosada, do outro lado da Avenida de Mayo.

 
Prédio do Congresso

Diversos prédios históricos estão nos arredores da praça, sendo um dos mais famosos o da Confeitaria Molino, cujo nome se deve ao moinho que adorna sua fachada, e onde os políticos argentinos costumavam tomar seu desayuno. Infelizmente o prédio está com aspecto de abandono nos dias atuais.

 
Prédio da Confeitaria Molino

Seguimos na direção da Av. 9 de Julio até a calma Plaza Lavalle, onde está o palácio de Justiça de Buenos Aires. A praça fica nos fundos do famoso Teatro Colon, para onde realmente seguíamos.

Palácio de Justiça na Praça Lavalle

O Teatro Colón é uma das principais atrações culturais da cidade e oferece visitas guiadas em inglês, espanhol e português.

 
Teatro Colón

Fizemos a visita guiada em português e logo no início o rapaz nos chama a atenção para a escadaria central de mármore de Carrara branco, com corrimãos de mármore português, coroados por um par de cabeças de leão esculpidas na cor rosa.

 
Escadaria do teatro

O guia explica que o atual Colón foi inaugurado em 25 de março de 1908 e substituiu o teatro original, inaugurado em 1857.

 
Interior do hall de entrada do Colón

O guia nos conduziu por todo o prédio contando as histórias do lugar até que ouvimos uma música ao longe. Fomos em silêncio até uma mulher que tocava violino e pudemos ter uma amostra do treino da moça, um espetáculo particular.

 
Bonito interior do prédio
 
Uma artista tocava ao fundo do corredor


Finalmente fomos conhecer o saguão principal, com três níveis de camarotes, onde fica o palco das grandes apresentações de ópera. Sentamos em um dos camarotes superiores para ouvir as explicações do guia.

 
Teatro Colón
 

Aline e eu


O auditório em forma de ferradura tem capacidade para 2.487 espectadores, mais mil lugares em pé e um palco com 20 metros de largura, 15 metros de altura e 20 metros de profundidade.

 
Palco e acentos da plateia
 


Descemos até o lugar dos acentos da plateia e pudemos caminhar por todo o auditório. A acústica do Colón é incrível, sendo considerada uma das cinco melhores entre todos os teatros no mundo.

Impressionante o teatro
O guia nos mostra a cúpula central no teto e conta que ela foi pintada pelo argentino Raúl Soldi e ostenta figuras de dançarinas, músicos e cantores líricos.

Cúpula com figuras de Raúl Soldi

Deixamos o teatro e seguimos caminhando em direção ao bairro “Retiro” que tem esse nome porque era local de retiro dos monges no século XVII.

 
Igreja de St Catalina de Sierra
 
Caminhando para o Retiro


Logo na chegada ao bairro nos deparamos com a bonita Plaza San Martin, rodeada de prédios com forte influência da arquitetura francesa e italiana. Na praça está um monumento que exibe uma estátua de mármore do general.

 
Arquitetura ao redor da Praça San Martin
 
José de San Martin e seu cavalo na praça


A praça que é ladeada por dois impressionantes Ombús centenários e muito bem usada pela população para passeios, piqueniques e romances. Achamos o lugar muito agradável.

 
Ombú centenário

Diante da praça existe um grande memorial para lembrar os mortos na Guerra das Malvinas de 1982. O Monumento a Los Caídos em Malvinas é um memorial feito com 25 placas de mármore preto, onde estão inscritos os nomes de 649 soldados argentinos que perderam a vida no conflito e uma chama que arde sobre um mapa das ilhas do Atlântico Sul.

 
Monumento aos Caídos em Malvinas

Neste dia em específico, era aniversário do conflito, perdido pelos hermanos argentinos, e o local estava cheio de gente que prestava homenagens aos mortos na guerra. Coroas de flores eram deixadas diante das placas com os nomes e soldados de uma banda militar se preparavam para uma apresentação em um palco improvisado diante do memorial. Pudemos ver muitos veteranos de guerra, uniformizados, diante das placas e pessoas emocionadas que derramavam suas lágrimas pelos parentes e amigos mortos no conflito. Admito que foi difícil não se emocionar no local, junto com as pessoas que lá estavam.

 
Dia de homenagens no monumento

Curiosamente, diante do monumento dos mortos no conflito pelo domínio das Ilhas Mavinas está a Torre dos Ingleses, que foi doada pela comunidade inglesa para comemorar o centenário da revolução de maio de 1810 e apresenta os escudos de armas britânicos e ingleses. A torre foi inaugurada oficialmente em 1916 e teve seu nome alterado para Torre Monumental após o conflito de 1982. Mas todos na cidade ainda a chamam de Torre de Los Ingleses.

Torre dos Ingleses

Ficamos um tempo descansando no gramado da praça e admirando a paisagem antes de voltar caminhando para a Avenida 9 de Julio.

 
Gramado da Plaza San Martin
 
Plaza San Martin


No Retiro está o maior centro de compras de Buenos Aires, mas decidimos que voltaríamos no dia seguinte (nosso último), depois que fizéssemos o tour ao zoológico de Luján. Atravessamos a Calle Florida apenas olhando as vitrines e só paramos para comer e almoçamos em um fast food (Burguer King). Aproveitamos para uma última troca de dinheiro na cidade e me assustei com a quantidade de gente que oferece câmbio nas ruas, por um preço muuuito bom. Na verdade, as lojas que oferecem o câmbio também tem bons preços e são tão clandestinas quanto nas calçadas. Só nos bancos se troca no câmbio oficial, mas lá os preços são bem ruins.

 
Calle Florida: Lojas e mais lojas

Seguimos caminhando pela Avenida 9 de Julio até o obelisco que tem 68 metros de altura e foi inaugurado em 1936 e é um importante ponto de concentração de massas em Buenos Aires. A população utiliza este espaço diante do Obelisco para comemorar as vitórias dos times de futebol argentinos e nós não poderíamos deixar de marcar o local com uma foto bem brasileira...

 
Aline e nossa bandeira do Brasil marcando presença no Obelisco

Voltamos ao hotel para descansar e dormir um pouco. Depois, mais a noite, nos arrumamos e seguimos para o Café Tortoni, onde assistiríamos a um show de tango.




O Café Tortoni foi inaugurado em 1858 e sempre foi o ponto de encontro de importantes poetas, escritores e artistas argentinos e, ainda, hoje é um dos mais charmosos cafés de Buenos Aires.


Café Tortoni

Fomos conduzidos ao porão, onde já se apresentou Carlos Gardel e outros grandes nomes da música argentina.

 
Descendo para o porão

As mesas são para quatro lugares e logo chega um casal de brasileiros para dividir a mesa conosco. Eles estavam em grupo com outro casal de brasileiros que se sentou em uma mesa ao lado e foi assim que conhecemos o David, a Eliana, a Karine e o Luiz, todos cariocas como nós.

 
Tango no palco do porão do café Tortoni

O show de tango no Tortoni dura 1h30min e no fim posso dizer que gostei bastante, pois foi no melhor estilo “Bom, Bonito e Barato”.


Show de Tango no Tortoni

O valor pago é somente para o show e não inclui alimentação. Durante o espetáculo pedimos uma tábua de frios, além de churros com chocolate quente: tudo muito gostoso.

 
Depois dos artistas é nossa vez... rs
Com nossos novos amigos David, Eliana, Karine e Luiz


Depois do show ficamos conversando com nossos novos amigos e saímos juntos para beber alguma coisa em um bar do outro lado da rua. Trocamos contatos das redes sociais e marcamos de jantar na noite seguinte em Puerto Madero, pois seria nossa última noite na Argentina. No fim da noite voltamos para o hotel.

Gastos para 2 pessoas em 30/03/2014:

- Taxi da rodoviária para o centro: A$ 50,00
- Hotel Chile: A$ 360,00
- Almoço: A$ 94,00
- Lanche: A$ 85,00
- Água: A$ 12,00
- Jantar: A$ 260,00

Gastos para 2 pessoas em 31/03/2014:

- Ônibus Turístico: A$ 390,00
- Museu de La Bombonera: A$ 160,00
- Reserva para Zoo de Lujan: U$ 50,00
- Almoço: A$ 194,00
- Museu dos claustros da igreja em Recoleta: A$ 16,00
- Jantar: A$ 140,00

Gastos para 2 pessoas em 01/04/2014:

- Teatro Colón: A$ 260,00
- Almoço Burguer King: A$ 49,00
- Lanche: A$ 85,00
- Água: A$ 12,00
- Jantar Tortoni: A$ 244,00
- Bar (bebida): A$ 24,00

Câmbio em Buenos Aires: U$ 1,00 em A$ 10,00

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