2º Dia no Peru (dia 2 do mochilão)
No dia 08 de março de 2014 acordamos as 6h50min e tomamos o desayuno. O táxi foi reservado na noite
anterior, no próprio Hostel. Saímos as 7h30min rumo ao Aeroporto Internacional
Jorge Chavez, onde tomaríamos o voo para a cidade de Cusco.
Assim conhecemos o Sr. Edgar um taxista que também é agente da empresa “Expediciones Waynapicchu” e nos indicou o Hostel Villa San Blas (Calle Chihuampata, 621 – Diária de S./ 65,00 o quarto para casal), no bairro de mesmo nome nos arredores da Praça de Armas. Resolvemos olhar sem compromisso e acabamos ficando por lá mesmo. O hostel é bem tranquilo e não fica longe da praça, sendo necessária apenas uma caminhada de 5 min para chegar lá. O Sr. Edgar esperou que nos acomodássemos para então oferecer também os pacotes turísticos da Expediciones Waynapicchu. Ouvimos as propostas e notamos que os preços estavam dentro do que esperávamos, pois estavam parecidos com os que havíamos visto de outros mochileiros em relatos antes de viajar e alguns até mais baixos do que vimos no aeroporto.
Hostel Villa San Blas |
Cusco é uma cidade bem grande que vive praticamente voltada para o turismo. Aproveitamos o tempo de espera para o primeiro passeio guiado conhecendo o centro histórico por nossa conta. Descemos a rua do hostel até a Plaza Mayor (ou Praça de Armas) onde estão localizadas as Igrejas da Companhia de Jesus, construída em 1571 e a Catedral de 1560 (ambas reconstruídas após o grande terremoto de 1650).
Praça de Armas de Cusco |
Estávamos um pouco chocados com os preços em Cusco, que não é uma cidade
econômica, e não entramos nas igrejas, pois elas cobravam ingressos dos
turistas durante o dia, estando algumas abertas à visitação durante as missas
diárias após as 17h. Decidimos que voltaríamos em outro horário e dia
(infelizmente não aconteceu e acabamos não conhecendo as igrejas da praça nesta
viagem).
No centro da praça está a Pileta que é uma estátua dourada sobre
um chafariz e representa um inca que estende seu braço em saudação na direção
de Sacsayhuamán. Depois descobrimos
que existe uma rejeição por grande parte da população quanto a Pileta, pois
segundo historiadores a estátua é um atentado ao patrimônio cultural, uma vez
que sua vestimenta não representa com exatidão os incas, além de possuir
emblemas pré-incas. Polêmicas a parte, achamos a estátua bem interessante e
fotogênica J rs
A Pileta e o Chafariz |
Cusco está situada a mais de 3400 metros acima do nível do mar,
portanto é comum que os viajantes sofram do chamado mal de altitude e para
evitar os sintommas passamos em uma farmácia e compramos sorochi pills e começamos a tomar de forma preventiva (um
comprimido a cada 8hrs). Eu já havia sofrido os sintomas quando estive em
Potossí na Bolívia e Aline não queria passar pela experiência e os comprimidos
fizeram seu papel muito bem.
Saímos da Plaza de Armas
e seguimos até a Plaza Regocijo nos
arredores. No passado, quando Cusco era o centro do poder inca, as duas áreas
eram regiões distintas de uma mesma Plaza
Mayor.
Ao deixar a praça fomos na direção da Igreja e Convento de La
Merced que estavam fechados.
Iglesia de La Merced |
Seguimos adiante, Pela Calle Marquez onde pode-se admirar exemplos da arquitetura
cusquenha, como as casas do Marquês de San Lorenzo de Valleumbroso (séculos
XVI-XVII) e Alonso de Toro (século XVI), entre outras.
A rua margeia a Praça de São Francisco, onde estão a Igreja e
Monastério de mesmo nome, e cruza o Arco de Santa Clara. Na igreja fomos
informados que era possível um tour pelo lugar, mas não teríamos tempo, pois
estávamos esperando o city tour nos
arredores de Cusco, então seguimos adiante.
Cruzando o portal do Arco encontramos a Igreja e Convento Santa
Clara. A rua nos faz sentir que estamos na era medieval novamente. De um lado a
Igreja e do outro os muros do Colégio Nacional de Ciências erguido sobre um
muro de pedras inca e ao fundo a Igreja de São Pedro.
Arco de Santa Clara |
Igreja de Santa Clara |
Muro sobre o qual encontra-se o Colégio Nacional |
Seguimos até a Plazoleta de
San Pedro onde está a bonita Igreja de São Pedro que apesar de ter sido
construída no ano de
1556, foi completamente destruída em 1650 pelo grande terremoto e reconstruída
entre 1688 e 1699, mantendo o desenho original com a fachada de pedras de
estilo barroco. No outro lado da praça está a estação de trem e em frente a
praça o Mercado de mesmo nome, que oferece comida, frutas, artesanato típico e
roupas, mas não havia tempo para olhar com calma, muito menos comprar nada. Já estava quase na hora marcada para o início do City Tour, então voltamos em uma reta (6
quadras grandes) até a Praça de Armas, onde estava marcado o início do tour.
O City Tour pelos arredores de Cusco é um
ótimo passeio que recomendamos muito. Ele se inicia as 14h e pontualmente a
esta hora estávamos embarcando em um micro-ônibus turístico onde conhecemos
nosso guia, o Sr. Jesus. Depois da péssima experiência com a guia em Lima, não
poderia haver melhor compensação do que o Jesus. O sujeito era ótimo guia, um
senhor com um guarda chuva lilás na mão que falava pausadamente e explicava incansavelmente
tudo a respeito da cidade e dos lugares pelos quais passávamos.
Cusco, diferentemente da maioria das outras cidades do país, não foi
fundada pelos conquistadores espanhóis. Ela já existia na época pré-hispânica e
era a mais importante cidade do Império Inca. Era considerada o centro do mundo
e seu nome atual é uma variação do nome “Qosqo” que em Quéchua (língua inca)
quer dizer “umbigo do mundo”.
Cultura inca ainda presente |
Nosso guia explica que a história inca tem dois estágios: Lendário e
Histórico. A história oral dos incas cita 13 imperadores, dos quais os
primeiros, de Manco Cápac a Viracocha são míticos (de 1100 a 1438 dc). Há
registros mais precisos de eventos dos cinco últimos imperadores, de Pachacútec
a Atahualpa (de 1438 a 1533 dc).
Segundo a lenda, o inca Manco Cápac casou-se com sua irmã Mama Ocllo,
depois de emergirem do Lago Titicaca, para criar uma linhagem real e fundaram a
cidade de Cusco no século XII, para ser a capital do império. Foi o 9º inca,
Pachacútec, que muitos consideram o primeiro imperador inca de fato, o maior
governante da cidade, criando um grande código de leis e expandindo os domínios
do império.
Os espanhóis chegaram à região em 1524 e foram derrotados em todas as
tentativas de conquista. Somente em 1532 conseguiram suas vitórias, pois a
civilização inca estava dividida por uma guerra civil, entre o imperador e seu
meio-irmão. Em 1533, o conquistador Francisco Pizarro mata o 13º imperador inca
Atahualpa, com apoio dos seus inimigos na guerra civil e subjulga de vez o
império. O fato marcou o início da derrocada inca e a dominação completa de
Cusco pelos europeus.
Até 1545, a maioria das edificações incas da cidade já tinha sido
destruída pelos conquistadores com o claro objetivo de apagar os traços da
antiga civilização. Novos edifícios coloniais. Igrejas cristãs e demais prédios
administrativos dos colonizadores foram construídos sobre as grandes fundações
de templos e edificações incas ou se utilizaram das pedras que os constituíam.
Igrejas e conventos foram erguidos sobre os vestígios das áreas sagradas
de Qosqo de forma a ajudar na
assimilação dos incas conquistados com a nova religião imposta pelos
colonizadores. Esse foi o caso da área de Qoricancha nossa primeira parada a
alguns quarteirões da Praça de Armas e as margens da principal avenida
cusquenha (Av. El Sol). Sobre as ruínas do antigo templo inca foi erguida a
Igreja e Convento de Santo Domingo. Diante da construção é possível ver o muro
curvo original da época pré-colombiana servindo como a base para a Igreja, que
parece incorporada a ele, fazendo uma junção histórica realmente
impressionante.
Durante o império inca,
Qoricancha (que significa “cercado de ouro”) foi o principal e mais rico templo
da cidade. Dedicado primordialmente ao deus sol, tinha suas paredes totalmente
laminadas com chapas de ouro, assim como imagens de ouro maciço em forma de
animais em tamanho natural decorando altares. Após a conquista europeia, em
1534, os espanhóis saquearam todo o complexo e cenas do universo católico
passaram a revestir os muros incas que restaram. A Igreja apagou todos os
traços da civilização pagã utilizando apenas os muros e fundação incas,
destruindo o restante do prédio anterior.
O Convento sobre as fundações incas |
Convento de Santo Domingo |
Área externa do Convento |
Convento colonial sobre base inca |
O terremoto de 1650
destruiu a igreja e o convento, mas as bases incas mantiveram-se intactas. O
complexo foi reconstruído, mas em 1950, outro forte tremor novamente destruiu a
igreja, mostrando como as construções incas são planejadas para resistir aos
tremores, pois depois de dois terremotos de grandes proporções, as bases e até
algumas paredes internas incas ainda permaneceram de pé, enquanto a edificação
espanhola era destruída, necessitando sempre de reconstrução.
Entrada de Qorikancha |
Convento de Santo Domingo |
Pudemos ver o último
pedaço de um afresco, inserido por algum artista local no início do sec. XVI,
sobre uma parede inca original. Um fragmento pequeno em um aposento que até o
terremoto de 1950 funcionava como sala de reuniões do clero. O pedaço de
pintura está exposto desde que foi restaurado em 2005.
Mas adiante
encontramos uma placa de ouro maciço representando a visão inca sobre os mundos
material e espiritual. O guia nos explica que o Condor (Hanan Pacha) representava o mundo superior, onde os deuses viviam,
o Puma (Kay Pacha) era o mundo
terreno, habitado pelos homens, plantas e animais, enquanto a Serpente (Ukhu Pacha) era a demonstração do mundo
inferior onde habitavam as almas dos mortos. Na placa de ouro, outras
divindades, sempre relacionadas ao mundo natural, são representadas, como a
água, o arco-íris e a árvore, demonstrando a forte ligação dos incas com a
natureza.
Placa de ouro maciço |
Legenda da Placa Inca |
Seguimos admirando as
fundações incas e partes internas ainda intactas, como o espaço aberto para
cerimônias religiosas onde podemos observar partes da muralha inca com uma
pedra cerimonial ao centro. O guia nos explica que canaletas transportavam água
através deste espaço e que ídolos de ouro eram colocados nos espaços
arquitetônicos das paredes. A acústica é impressionante no local.
Praça cerimonial |
Aline e eu em Qorikancha |
Por fim visitamos a
pinacoteca, onde estão diversas obras de arte, algumas com forte influência
inca, como a imagem da Virgem Maria mascando folhas de coca. Neste espaço não
pudemos fotografar. Era o fim do tour, que só visita as construções incas, não
passando pelo interior da igreja e convento erguidos acima.
Arquitetura inca a frente e colonial ao fundo |
Junção entre o passado e o presente |
Peça do período colonial |
Saímos de Qoricancha
e entramos no micro-ônibus que nos levou à segunda parada do City Tour, as
ruínas de Saqsaywaman, a dois quilômetros do centro de Cusco. O ingresso a esse
sítio arqueológico está incluso no Boleto Turístico de Cusco (sem o boleto a
entrada fica em S/. 70 soles por pessoa).
Saqsaywaman é um
conjunto de ruínas com vários setores, separados por escadarias e muros de
pedras, entre terraços irregulares em uma área de 3492 hectares, que no passado
teve função religiosa. Apesar de o templo mais importante ter sido Qoricancha,
o templo de Saqsaywaman foi o maior do império inca.
Pátios de Saqsaywaman |
Descendentes incas e sua cultura |
Seguimos nosso guia
Jesus através do gramado entre pedras das ruínas e nos sentamos ao chão para
que ele nos explicasse um pouco mais sobre o lugar e a cultura inca. De pé
diante de todos e com sua fala gentil, seu chapéu de aba redonda e sua
inseparável sombrinha lilás, Jesus nos explica que Pachamama, ou Mãe-Terra, é a
divindade relacionada à fertilidade e a terra, sendo a grande deusa dos povos
andinos até hoje. A divindade representa a terra na sua totalidade e não está
em nenhum lugar específico, mas na natureza em geral. Ela não é um deus
criador, mas provedor e protetor da vida, podendo, contudo, demonstrar vingança
contra o homem, causando doenças e desastres naturais, caso seja ofendida.
Cusco foi construída
na forma de um Puma e Saqsaywaman seria a cabeça da figura, mas a figura nunca
foi completamente concluída já que os espanhóis chegaram antes do projeto estar
completamente terminado e destruíram o templo. Os colonizadores acreditavam que
o lugar seria uma fortaleza e utilizaram Saqsaywaman como pedreira para as
construções coloniais. Entre 1536 e 1570, o complexo foi destruído e suas
pedras levadas para a construções de igrejas e de casas na cidade. Somente as
rochas maiores e de difícil remoção permaneceram no lugar onde estão até hoje.
Aline diante do paredão de rochas incas |
As maiores rochas não puderam ser levadas pelos coloniozadores |
Depois das
explicações do guia, fomos deixados livres por vinte minutos para que
andássemos pelas escadas, muros e terraços de Saqsaywaman.
Saqsaywaman |
Da parte alta do
complexo pode-se ver toda a cidade de Cusco, ao pé da colina. Nós subimos pelas
escadarias para admirar a paisagem do alto no mirante.
Por dentro da história |
Portal ainda intacto |
Cusco vista de cima |
Fomos ao
estacionamento do outro lado da colina onde estavam todos os ônibus de turismo
que faziam a visita. O lugar fica cheio de vendedores ambulantes vendendo de
tudo com preços muito inferiores aos praticados em Cusco e Lima. Uma
característica interessante do comércio ambulante nos arredores de Cusco é que
os preços além de baixos são completamente negociáveis, a ponto de cair a
metade rapidamente. Me ofereceram um Totem Inca de pedra esculpido a mão com o
Condor, o Puma e a Serpente por S/. 30 soles. Diante da minha recusa o valor
caiu instantaneamente para S/. 25 soles, ao que respondi que não estava
interessado, fazendo com que o preço fosse reajustado para S/. 20 soles. Neste
momento me interessei pela peça e peguei para ver e diante do meu interesse o
valor caiu para S/. 15, no fim comprei por S/. 10 soles (1/3 do preço
inicial!!!!). Entramos no micro-ônibus e partimos para o terceiro sítio
arqueológico do City Tour: Tambomachay ou Templo das Águas.
O guia Jesus nos
conta que a água de Tambomachay é considerada a fonte da eterna juventude e que
ao tomar um gole desta água deve-se fazer um pedido, que será atendido.
Infelizmente, por questão de preservação do patrimônio, não é permitido chegar
perto o bastante das fontes a ponto de tocar e beber a água.
Ficamos 10 minutos
livres para fotos diante das fontes de água e subir em uma pequena elevação
onde pode-se ver melhor as ruínas. Apesar de estar em pleno verão o vento frio
era constante e voltamos para o ônibus. No caminho de volta descendo a rua
haviam mais alguns vendedores ambulantes que ofereciam mantas, gorros, luvas e
meias de lã de alpaca, além de tapetes e peças decorativas feitas a mão.
Novamente somos bombardeados com ofertas de mercadorias. O frio aumentava e eu
estava interessado em um gorro de lã, bem típico do Peru, então fui negociar um
que me foi oferecido por S/. 20 (preço normal no centro de Cusco e em Lima).
Logo que informei que não pagaria esse valor a senhora que negociava perguntou
quanto eu queria pagar. Diante da pergunta abusei no desconto e ofereci S/. 5.
Obviamente ela achou um absurdo o valor que eu queria pagar e baixou o preço à
metade, me oferecendo a peça por S/. 10, não aceitei só para ver o que
acontecia e no fim comprei por S/. 8 soles.
Ruínas deTambomachay |
Rio cortando o vale ao lado dos terraços incas |
Em seguida, visitamos
o conjunto de Pukapukara, quarto lugar do City Tour, a sete quilômetros de
Cusco e apenas um de distância de Tambomachay.
Chegando em Pukapukara |
O “forte vermelho” é
cercado por uma muralha e formado por uma praça, ruas e aquedutos. A entrada
era guardada por um portão de batente duplo onde todos que se dirigiam a
Tambomachay deveriam prestar conta aos administradores.
Praça de Pukapukara |
Ruas e construções internas |
Seguimos para as
ruínas de Q’enqo, a três quilômetros do centro da cidade e último sítio
arqueológico do dia.
Q’enqo, que significa
“labirinto” em Quéchua, foi um templo espiritual dedicado a Pachamama e construído
em meio as rochas, totalmente conectado com a natureza. Erguido entre cavernas
de rochas naturais contém partes artificiais que completaram a construção. Era
usado também para observação e estudos astronômicos.
Diante da entrada das
grutas do templo existe uma área livre onde se encontra um grande bloco de
pedra com de seis metros de altura, cercado de nichos distribuídos ao redor. O
guia nos explica que o bloco tinha o formato de um puma (ele aconselha tomar um
chá de coca para visualizar melhor ;-) rs). hoje se presume, que o bloco tinha
a função de medir o tempo em relação ao sol, para estabelecer as estações,
determinar os solstícios e os equinócios. Jesus nos explica que os espanhóis
desfiguraram o bloco a marteladas com objetivo de destruir o ídolo pagão.
Reunidos ao redor da
pedra Jesus nos fala que o interior do templo é um espaço cavernoso para
rituais que simbolizava o ventre da Pachamama. Seguimos para o interior das
cavernas onde há um fosso no qual ossos de animais foram encontrados, indicando
que ali eram oferecidos sacrifícios. Os incas acreditavam que cavernas eram
passagens para o reino da Serpente Ukhu
Pacha e nesta área os mortos passavam por um ritual de purificação para a
viagem ao reino espiritual inferior.
Nos deparamos com uma
caverna onde há uma mesa de pedra junto a parede rochosa. Esta câmara subterrânea
foi feita inteiramente em uma gigantesca rocha, sendo esculpidos chão, teto,
paredes e mesas cerimoniais.
Mais alguns passos e
nos deparamos com outra mesa cerimonial, mas essa era maior e mais parecia uma
cama. Este era o lugar onde os corpos dos mortos eram mumificados. Aline achou
tão interessante a mesa fúnebre que resolveu tirar uma foto em cima dela.
Deixamos Q’enqo em
direção ao centro de Cusco, mas ainda havia mais uma parada programada. Uma
loja mais sofisticada de artesanatos e vestuário da região. Tivemos uma breve
palestra sobre as diferenças entre lãs de alpaca, lhama e vicunha. Andamos pela
loja e vimos os casacos, toucas, luvas e cachecóis que não compramos, por serem
bem caros. No fim Aline comprou um par de brincos no concorrente da loja que
expunha seu material artesanal em uma banquinha na porta.
O City Tour tem
previsão de término as 18h (quatro horas de passeio ao todo) e por volta das
18h30min estávamos de volta a Praça de Armas. Estávamos com muita fome após um
dia cansativo de tours pelo centro histórico de Cusco e em seus arredores. A
noite chegou esfriando mais ainda o frio verão cusquenho e paramos para comer
uma pizza nos arredores da praça. A Plaza
de Armas fica bem movimentada, pois existem várias lojas, restaurantes e
casas de cambio ao seu redor. Passamos em uma casa de cambio e trocamos dinheiro em um cambio melhor do que em Lima. Voltamos para o hostel, tomamos um banho
quente e apagamos na cama. No dia seguinte, nós visitaríamos o Vale Sagrado dos
Incas, com conexão para Machu Pichhu.
Gastos
para 2 pessoas em 08/03/2014:
- Táxi aeroporto x hostel (CUSCO): S./ 30,00
- City Tour nos arredores de Cusco: S./ 40,00
- Vale Sagrado: S./ 110,00
- Maras e Moray: S./ 60,00
- Pacote Machu Pichhu: U$ 440,00
- Hostel Vila San Blas (1º diária): S./ 65,00
- Soroche pills (4 comprimidos): S./ 10,00
- Água: S./ 3,00
- Artesanato local: S./ 23,00
- Ingresso para Qorikancha: S./ 20,00
- Boleto turístico: S./ 260,00
- Jantar: S./ 36,00
Câmbio em Cusco: U$ 1,00 = S./ 2,78
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