O
Parque Estadual da Serra da Tiririca foi criado no ano de 1991 e está
localizado na região oceânica do Rio de Janeiro, entre as praias de Itaipuaçu (Maricá)
e de Itaipu (Niterói). O lugar é famoso pela trilha do Alto Mourão, cuja pedra
é conhecida como “Elefante”, pois vista da praia de Itaipuaçu, ela lembra o
perfil da cabeça do animal.
Para
se chegar ao início da trilha, deve-se seguir pela RJ-106, percorrendo a
Estrada de Itaipuaçu até onde há uma delegacia de polícia. De lá, deve-se seguir
até o Recanto de Itaipuaçu, mas deixe para curtir a Praia do Recanto após
descer do “Elefante”. A praia é ótima para se refrescar depois da trilha e para
almoçar nos quiosques e restaurantes caiçaras junto a areia.
Mas
vamos esquecer um pouco a praia e seguir em direção a nossa trilha. Deixando o
Recanto suba pela Estrada da Serrinha (RJ-102) em direção a Niterói até
encontrar o Mirante da Serra da Tiririca. Neste ponto fica o início da trilha e
é possível estacionar o carro neste local. A trilha começa a poucos metros do
mirante e é facilmente avistada, pois existe uma placa de informações
sinalizando o local de início da caminhada.
Início da trilha junto ao mirante |
A
trilha, que tem cerca de 2 Km de extensão, é bem sinalizada e definida e pode
ser dividida em dois trechos distintos. O primeiro trecho está inserido em meio
a mata atlântica e possui pequenas clareiras onde se pode descansar e apreciar
a natureza, em meio a um caminho com subidas e descidas alternadas. Com um
pouco de sorte se pode encontrar com animais típicos da fauna local, como
micos, maritacas, tucanos, entre outros (não se esqueça que nunca se deve
alimentar os animais silvestres! Então nada de tentar atraí-los com comida).
Aline subindo o primeiro trecho da trilha |
No
fim do primeiro trecho da trilha encontra-se um mirante de onde se pode apreciar a Enseada do Bananal, que adentra a
Serra da Tiririca. Um bom lugar para um descanso e reidratação com uma bela
vista para o Morro do Tucum, onde está o Costão do Itacoatiara, em Niterói.
Mirante no fim do primeiro trecho da trilha |
Apesar
de possuir trechos bem inclinados, principalmente no início da caminhada, o
primeiro trecho não é difícil de ser vencido, mesmo pelos que não possuem muita
experiência em trilhas, sendo considerada de dificuldade “média”.
Trilha bem demarcada em meio a mata atlântica |
Se no
primeiro trecho se sobe pelo “dorso do elefante” em meio a mata fechada, o
segundo trecho da trilha muda completamente o cenário. No lugar conhecido como
“base da cabeça do elefante” uma pedra que exige um pouco de “escalaminhada”
amedronta muitos trilheiros. Nada muito difícil e apesar de muitas pessoas
apelarem para o uso de cordas neste trecho, basta uma mãozinha entre os membros
do grupo para que todos subam pela pedra tranquilamente. Na verdade considere
que o calçado pode fazer toda a diferença neste ponto, pois para uma trilha
deve-se usar um tênis apropriado e aqueles que sobem com seu par surrado pelas
corridas de ruas e com solas lisas, provavelmente ficarão parados neste ponto
imaginando como os demais conseguiram subir...
Subida da escalaminhada |
Vencendo
a escalaminhada o restante da subida do trecho da “cabeça do elefante” será em
meio as pedras, sempre usando as mãos como apoio para vencer um ou outro degrau
maior. Este segundo trecho exige um pouco mais do caminhante, principalmente se
o dia estiver ensolarado, pois a trilha é toda a céu aberto em terreno rochoso.
A
subida não é difícil, mas o tempo de percurso depende muito do ritmo de cada um.
Estivemos lá com um pequeno grupo de amigos com um pouco de experiência em
trilhas e percorremos os 2 Km da subida em aproximadamente 1h30min, em um ritmo
tranquilo e parando em alguns trechos.
Nosso pequeno grupo no Alto Mourão |
Logo
que se atinge o alto da Pedra do Elefante a paisagem compensa o esforço, pois é
possível ver toda a praia de Itacoatiara e seu famoso “Costão” (outra dica de
trilha no RJ).
Não
pare logo que atingir o ponto aberto no alto da pedra, continue a caminhar por
mais alguns metros e suba todo o Alto Mourão, pois a vista do lado esquerdo da
pedra é imperdível.
O
ponto mais alto da pedra está a 412 metros acima do nível do mar e da rocha se
pode ver toda a praia de Itaipuaçu e a lagoa de Maricá.
Depois é descansar diante da paisagem e fazer o caminho de volta, com cuidado na hora de apoiar as mãos, já que as pedras expostas ao sol podem estar quentes. Enfrentar a escalaminhada na descida parece ser um pouco mais difícil, mas como disse Raul Seixas "se subiu tem que descer".
Descendo pela "Cabeça do Elefante" |
No fim da descida repouse e almoce na Praia do Recanto, em Itaipuaçu. A praia fica diante da pedra e se une ao Rio Itaipuaçu, que deságua no mar na base do "Elefante".
Praia do Recanto: Opções de almoço na praia com a Pedra do Elefante ao fundo |
Como faço pra ir nesta trilha pra chegar no topo da pedra do elefante? Qual o valor? E contato?
ResponderExcluirO início da trilha fica na RJ-102 no mirante que eu coloquei no texto. Existem diversas empresas e guias que podem te levar lá e acho que uma busca na internet pode te ajudar, procure a "FR Expedições", pois acho que eles fazem essa trilha e são super profissionais.
ResponderExcluirshow
ResponderExcluir