domingo, 5 de julho de 2015

Lisboa


Partindo do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, em voo direto para Lisboa chega-se no Aeroporto Portela depois de quase 10h de viagem. Fizemos o trajeto de ida a noite e o voo de volta de dia e na minha opinião foi melhor viajar durante o dia, pois depois de um dia acordado viajar a noite toda em um avião apertado foi horrível. Não consegui dormir direito a noite no voo e as horas pareciam não passar, já durante o dia, na volta, havíamos dormido a noite toda no hostel e viajamos tranquilos vendo filmes como em um dia qualquer em casa. Como tudo tem seu lado bom e ruim, a desvantagem de viajar de dia foi perder o último dia em Lisboa, já que se voltássemos a noite teríamos o dia todo ainda na cidade. O fuso horário em Portugal é de 3h a mais que no Brasil.

Lisboa é uma cidade linda e de qualquer lugar que se esteja pode-se ver o Rio Tejo. Outra presença marcante na paisagem da cidade é o Castelo de São Jorge, que está no alto de uma colina bem no centro de Lisboa.

 
O Castelo de São Jorge sobre a cidade de Lisboa

Sistema de Transporte

Lisboa é muito bem estruturada e o sistema de Metro liga toda a cidade, podendo-se ir do aeroporto até qualquer ponto utilizando esse meio de transporte. Uma dica é procurar a estação de metro no aeroporto antes de considerar outro meio de transporte (táxi, por exemplo), pois pode-se economizar um bom dinheiro no trajeto.

 
Estação Oriente: Todas as estações de Metro possuem diferentes pinturas

Além do Metro, outro meio de transporte muito útil para um turista são os “elétricos”, na verdade um bonde que circula por Lisboa. Uma dica é comprar o bilhete turístico que permite entrar e sair quantas vezes precisar nos elétricos e metro ao longo de um dia, o que sai bem mais barato caso vá rodar pela cidade, conhecendo vários pontos.

 
Elétricos de Lisboa: Bondes que cruzam a cidade dando um charme especial ao lugar

Os ônibus circulam normalmente, como em qualquer outra cidade do mundo, mas admito que não usamos nem uma única vez esse tipo de transporte dentro de Lisboa, apesar de usarmos para ir para outras cidades próximas a partir da rodoviária. O último meio de transporte usado é o “comboio” (Trem) que une diversas cidades vizinhas e atravessa o país, sendo a principal opção intercidades.

 
Estação de Comboios de Santa Apolônia: Cruzar Portugal de Trem é uma das melhores opções

Pastelarias e doces portugueses

Portugal é conhecida pelos doces e suas pastelarias são uma tentação. Ainda hoje me pergunto porque no Brasil os portugueses imigraram para construir padarias, pois por lá eu praticamente não vi nenhuma... Mas os doces estão em todas as partes e é impossível não se encantar com as vitrines cheias de doces de ovos, chocolates, entre outros.

 
Doces portugueses: Uma tentação

Portugal é rico em doces, existindo vários tipos diferentes nas diversas regiões e em Lisboa se pode provar um pouco desta variedade, mas o interessante é que a grande maioria dos doces portugueses é feita a base de gema de ovos e a explicação é no mínimo curiosa. Os doces surgiram nos conventos e mosteiros, que no passado usavam a clara do ovo para engomar tecidos, sobrando as gemas que passaram a ser aproveitadas pelas freiras na fabricação de diversas receitas.

 
Aline e um "Passarinho", doce a base de gemas de ovos

Aline e eu na Pastelaria Suíça em Lisboa


Cada ordem religiosa criava suas próprias receitas e assim surgiram os “Pastéis de Belém”, junto ao Mosteiro dos Jerônimos, no bairro de Belém em Lisboa, os “Pastéis de Santa Clara”, junto ao convento de mesmo nome em Coimbra, os “Ovos Moles de Aveiro” que surgiram no Mosteiro de Jesus na cidade de Aveiro, entre muitas outras especiarias.

 
Os famosos Pastéis de Belém

O terremoto de 1755:

A história de Lisboa foi muito marcada pelo grande terremoto de 1755. Em 01 de novembro daquele ano a cidade foi reduzida a metade por três grandes abalos sísmicos. Mais de vinte igrejas lotadas desabaram sobre os fiéis que comemoravam o Dia de Todos os Santos. As velas das igrejas, em meio aos escombros geraram incêndios que duraram uma semana e muitas pessoas fugiram das labaredas em direção ao Rio Tejo. Quando o cenário parecia ser o pior possível, ondas gigantescas vindas pelo rio invadiram a cidade matando os que fugiam das chamas, configurando a pior catástrofe já registrada em Portugal.

 
Ruínas da Igreja do Carmo destruída no terremoto de 1755

Compras em Lisboa:

Lisboa é um polo de compras também e existem duas opções principais. O Freeport Outlet (Av. Euro, 2004) fica nos arredores da cidade e possui um transporte especial que leva e trás de volta por € 10,00 por pessoa saindo da Praça Marquês de Pombal em Lisboa em dois horários por dia (as 10h e as 13h).

Outra opção (menos badalada) é o Strada Outlet (Estrada do Paiã, Odivelas), um shopping center que fica no subúrbio de Lisboa. Chegamos nele pegando o Metro e descendo em Odivelas e depois tomando um taxi até lá, mas é possível ir de ônibus também a partir da estação (ônibus "Pontinhas" azul).

O que fizemos em Lisboa:

Lisboa foi nossa porta de entrada e de saída da Europa, portanto teríamos dias no início e no fim da viagem e ao todo ficamos uma semana na cidade, mas apenas quatros dias efetivos, pois visitamos Sintra, Évora, Estoril, Cascais e Óbidos a partir de Lisboa. Vale deixar registrado que amamos a cidade e compensa muito passar alguns dias por lá caso esteja planejando entrar na Europa por portas portuguesas.




Vou deixar os descritivos de cada lugar, por dia, nos próximos posts, mas fica aqui uma sugestão de Lisboa e arredores em 1 semana, com todas as noites na capital.

2º dia – Lisboa: Belém
3º dia – Évora
4º dia – Sintra
5º dia – Óbidos + Fátima
6º dia – Circuito de compras (arredores) + Lisboa: Bairro Alto
7º dia – Estoril e Cascais + Lisboa: Parque das Nações

Na prática nosso roteiro foi bem parecido com este que sugiro, pois passamos os cinco primeiros dias na cidade e depois seguimos para o centro e norte de Portugal. Não fizemos Óbidos e Fátima no mesmo dia, mas é fácil unir essas duas cidades. Os dois últimos dias em Lisboa (sexto e sétimo) fizemos no fim do mochilão. O 8º dia foi nossa viagem de volta, já que voltamos de dia...

Dicas:

- Utilize o metro para deixar o aeroporto e para chegar nele, já que existe uma estação final de linha por lá;
- O Elétrico 12 é circular e é a maneira mais rápida de se chegar ao Castelo de São Jorge, passando por pontos em Alfama;
- O Elétrico 28 faz todo o caminho entre Estrela e Graça, passando também por Alfama, mas em um caminho mais completo;
- Existem diversos ascensores e elevadores que ligam a Baixa ao Bairro Alto, mas são caros e é possível caminhar ladeira acima sem pagar nada ;-)
- Lisboa possui diversos museus renomados e não fomos a muitos. Entre os mais famosos (que não fomos) estão o Museu da Eletricidade, o Museu do Azulejo, o Museu de Arte Antiga e o Museu da Marioneta;
- Compre o ticket turístico que dá direito a infinitas passagens nos elétricos e metro durante o dia e percorra a cidade tranquilamente;
- Para usar o elétrico (bonde) compre a passagem antes de embarcar nos pontos de venda das estações de metro e valide o cartão dentro do vagão. Não é possível comprar o bilhete dentro do bonde;
- A noite a badalação fica no Bairro Alto na região do Carmo e do Chiado, o centro fica deserto, mesmo possuindo muitos restaurantes, incluindo a Praça do Comércio.

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