segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Madrid


Desembarcamos na rodoviária de Madrid, vindo de Salamanca e seguimos de metrô para o hostel que havíamos reservado no dia anterior pela internet. Madrid tem um ótimo sistema de metrô e é possível se deslocar para todas as partes por ele, por isso deixo uma dica: antes de chegar a cidade descubra próximo de qual estação está sua hospedagem e, já na cidade, veja a linha que vai te levar até lá.


Madrid é uma metrópole muito movimentada, podemos dizer que a cidade possui duas praças principais que rivalizam o título de praça central da cidade: Plaza Mayor e Puerta Del Sol.

Puerta Del Sol em Madrid

Apesar de a praça central ser a Plaza Mayor, a Puerta Del Sol sempre foi uma das mais populares da Madrid e tem este nome devido ao portão de pedra com um sol esculpido que existia neste lugar e era entrada na antiga muralha que rodeava a cidade e que foi demolida com o crescimento urbano.

 
Estrutura de entrada do Metrô de Puerta Del Sol

Na praça encontra-se uma das mais emblemáticas esculturas da cidade composta de um Urso e um Madroño, que é um tipo de árvore típica da Europa Ocidental. A figura representa a união dos poderes eclesiásticos e políticos e hoje faz parte do Escudo de Armas de Madrid, sendo um forte símbolo da cidade. Próximo a estátua está o Marco Zero das estradas espanholas.

 
A escultura do símbolo de Madrid

Apesar das construções originais não estarem mais presentes na área da antiga Porta do Sol, ainda se pode admirar o bonito prédio dos correios, que foi erguido entre 1766 e 1768. O prédio possui uma torre sineira que guarda uma tradição, pois no último dia do ano milhares de pessoas se reúnem na praça para escutar as 12 badaladas e comer, simultaneamente, 12 uvas acreditando que trará sorte para o ano que se inicia (Ok! Ver os fogos na praia e pular 7 ondas é mais interessante para um carioca, mas tá valendo... rs).

 
Antigo prédio dos correios: Ponto de encontro na virada do ano

No meio da praça está uma estátua equestre do rei Carlos III e diante dele encontra-se a imponente e moderna entrada da estação de metrô de Puerta Del Sol.

 
Estátua de Carlos III

A última estátua da praça é uma reprodução da antiga e popular escultura que ornamentava a Fonte da Fé que existia no meio da praça, mas que foi demolida no século XVIII. A estátua Mariblanca original data de 1625 e está hoje no Museu de História da cidade

 
Reprodução da Mariblanca original

Competindo com a Puerta Del Sol como centro de Madrid está a Plaza Mayor com seus inúmeros cafés e lojas de souvenires cercados por prédios de três andares. No centro está a estátua do Rei Felipe III, idealizador da praça, que data de 1618.

 
Plaza Mayor de Madrid




A praça já foi palco de touradas, execuções, cortejos e julgamentos da inquisição, sempre cercados de uma multidão e normalmente assistidos pelos reis espanhóis. Foi na praça que São Isidro, padroeiro de Madrid, foi beatificado em 1621, mesmo ano da famosa execução de Rodrigo Calderón.




Nos arredores da praça está o restaurante mais antigo do mundo! Datado de 1725 o Sobrino de Botín está em atividade até os dias de hoje e serve pratos bem longe dos padrões mochileiros. Infelizmente só pode-se fotografar por dentro os que forem comer por lá, o que não fizemos...

 
O restaurante mais antigo do mundo

Próximo a praça está a Igreja de San Isidro, que foi a Catedral de Madrid até a inauguração da Catedral de La Almudena, em 1993. Na fachada as figuras de San Isidro e de sua esposa Santa Maria de La Cabeza. No interior estão algumas obras de arte, além dos restos mortais dos santos ao qual o templo é dedicado.

 
Igreja de San Isidro
 

Altar da igreja

Obra de arte sacra representando o adormecimento de Nossa Senhora


O solar onde viveu San Isidro se tornou um museu e pode ser visitado. Conta a tradição que o casarão pertencia ao patrão do santo e que Isidro e sua esposa viveram neste local e aqui faleceram.

 
Casa onde viveu San Isidro
 
Jardim de inverno do casarão


Um detalhe interessante é que São Isidro foi um lavrador e começou a ser considerado santo ainda em vida devido a milagres associados ao seu nome. O mais famoso se deu no poço deste casarão, quando seu filho caiu acidentalmente dentro do poço e sem poder tira-lo a água se elevou trazendo a criança salva para as mãos do santo.

 
Poço onde teria ocorrido o milagre de San Isidro

O museu é bem interessante e a visita ao casarão compensa. A história do santo e como ele ajudava aos mais necessitados doando parte de sua remuneração de lavrador é contata aos poucos em meio a obras de arte sacras.

 
Arte Sacra exposta

Próximo ao solar, no lugar onde esteve um dia a Porta dos Mouros da antiga muralha que cercava uma Madrid medieval, ergue-se hoje a Iglesia de San Andres, diante da praça que leva o nome da antiga porta de entrada.



Plaza de Puerta de Moros com a Igreja de San Andres ao fundo



Aproveitando o circuito de igrejas e história religiosa, seguimos passando pela grandiosa Igreja de São Francisco de Assis, já nos afastando um pouco do centro histórico em direção a Puerta de Toledo.

 
Igreja construída sobre a original erguida pelo próprio São Francisco de Assis

A igreja é parte do convento franciscano fundado no início do século XIII no mesmo lugar onde, segundo a lenda, estaria uma Ermita de santa Maria fundada pelo próprio São Francisco em 1217.




Ao lado do templo um belo e bem cuidado jardim preenche uma praça onde é possível descansar e admirar a paisagem, pois um mirante permite observar Madrid e muitas pessoas vão até ali para relaxar ou ler um livro nos bancos do jardim diante da paisagem madrilena.

 
Praça e jardins atrás da Igreja de São Francisco


Madrid vista do mirante da praça
A última igreja da região (desculpe se não curte turismo religioso, mas para mim é impossível não parar e admirar as igrejas medievais...) está na Plaza de La Virgem de La Paloma. A Igreja de San Pedro é chamada carinhosamente de Igreja de Paloma devido sua localização.

 
Igreja de São Pedro

Uma história interessante marca a igreja, pois contam que uma senhora que morava na rua da frente onde hoje está a igreja, pendurou um quadro da Virgem da Solidão na fachada de sua casa e milagres foram associados a imagem que hoje está no altar da igreja. O mais interessante é que depois de transferida para o altar a imagem iria ser retirada em uma festa mais o peso do quadro era tão grande que chamaram os bombeiros para retirar, este ritual é realizado até hoje e a Virgem se tornou padroeira dos bombeiros de Madrid.

 
Altar da igreja com o quadro associado a milagres

Andando (bastante) a partir do centro se chega a Puerta de Toledo, uma antiga entrada da cidade e uma das poucas portas ainda existentes, apesar de não estar em meio à muralha, que já não existe. A imponente porta de granito está hoje no meio de uma rotatória de carros, marcando o antigo limite da cidade.

Puerta de Toledo
Diante da porta está a Ponte de Toledo que cruza o Rio Manzanares e conduzia em direção as muralhas antigas. Hoje a cidade abraçou o rio, mas a ponte original se mantém no mesmo lugar.

 
Ponte de Toledo

Aline e eu na cruzando a ponte
Da ponte é possível ver o Estádio Vicente Calderón, mas não fomos visitá-lo, como também não acabei indo a um dos pontos mais visitados da cidade, o Estádio Santiago Bernabéu, que não fica nesta região, mas pode ser acessado de metrô. Infelizmente não tivemos tempo de conhecer os estádios de Madrid.

 
Estádio Vicente Calderón

Ao redor da ponte e margeando o rio está o Parque de La Arganzuela, uma imensa área verde usada para passeios de bicicleta e caminhadas pelos madrilenos. Descansamos um pouco em meio aos jardins e retornamos.

 
Parque de La Arganzuela

Para se locomover por Madrid utilize o metrô que liga toda a cidade. Tomamos o Metrô na estação Pirâmides e descemos na estação Plaza de España, onde está o monumento a Cervantes, um obelisco de pedra com as esculturas que retratam Miguel de Cervantes sentado e a sua frente Dom Quixote montado em um cavalo com Sancho Pança ao seu lado sobre um burro.

 
Monumento a Cervantes na Plaza de España
 
Cervantes em um trono com Dom Quixote e Sancho Pança a sua frente


Nos arredores da praça estão famosos prédios da cidade, como o Edifício Espanha e a Torre de Madrid, que já chegou a ser o edifício mais alto do mundo. Completam a paisagem da Plaza de España bonitas fontes de água. Um clima romântico domina a praça com vários jovens casais namorando e caminhando de mãos dadas pelo lugar.

 
Edifício Espanha
 
Torre de Madrid


Bonitas fontes de água na Plaza de España
Caminhando pelos jardins se chega ao parque Del Oeste, mas uma grande área verde da cidade.




Mas a grande atração do parque está em um templo egípcio original que foi ali instalado. O Templo de Debod é um das pouquíssimas construções deste tipo fora do Egito e foi construído originalmente junto ao Rio Assuão, próximo a primeira catarata do Rio Nilo no século IV.

 
Templo de Debod: O único templo egípcio fora do Egito

O templo que chegou a ficar submerso pelas aguas do Assuão foi doado a Espanha no ano de 1968, em agradecimento pela ajuda na recuperação de templos egípcios. A estrutura foi desmontada no Egito e remontada em Madrid, sofrendo uma grande restauração e sendo inaugurado em 1972.

 
Portais do Templo de Debod

Para reconstruir o cenário original foi montado um grande tanque de água que atravessa os três portais da estrutura, que recebeu aquecimento interno para manter as temperaturas próximas as do Egito em seu interior, onde funciona um museu.




Próximo dali encontra-se o Palácio Real de Madrid, que é o maior da Europa Ocidental e que apesar de servir oficialmente de morada para os reis da Espanha, pode ser visitado pelos turistas, pois a realeza apenas utiliza o lugar para recepções especiais.

 
A esquerda o Palácio de Madrid e a Catedral de La Almudena vistos do mirante diante do templo

A fachada norte do palácio é cercada pelos belos Jardins de Sabatini que apresentam fontes de água e chafarizes, além de estátuas dos reis espanhóis.

 
Jardins de Sabatini

A fachada sul do palácio está de frente para a Plaza de La Armería, diante da Catedral de Almudena.

 
Palácio Real de Madrid
 
Catedral de Almudena


Recomendo a visita ao Palácio Real, que custa onze euros por pessoa, mas que é possível fazer gratuitamente. A entrada é livre, de segunda a quarta-feira, a partir das 16h entre os meses de setembro e março, e a partir das 18h entre abril e agosto. Obviamente fomos no horário em que não se paga para entrar e encontramos uma fila gigantescamente assustadora se formando na entrada.

 
Fila desanimadora para entrar sem pagar no palácio

Fotos são proibidas no interior do palácio, apenas permitidas na praça a frente e no saguão de entrada, onde uma escadaria com degraus de mármore abaixo de uma abóbada pintada com uma cena batizada de “O Triunfo da Religião e da Igreja”.

 
"O triunfo da Religião e da Igreja": Pintura do teto no saguão de entrada

O interior é ricamente decorado com materiais nobre e obras de artes diversas, como era de se esperar de um palácio real. Me chamou a atenção o lindo e imponente Salão do Trono que conserva a decoração desde a época do rei Carlos III.





O palácio é imenso, portanto guarde um bom tempo se quiser conhece-lo de verdade, mas vale a pena.

 
Área externa: Fotos são proibidas no interior

Ao lado do palácio está a Plaza Del Oriente, onde encontra-se o Teatro Real ou Teatro De La Opera. No passado os reis e rainhas apareciam nas sacadas do Palácio Real diante desta praça, onde os súditos se concentravam. A praça que foi concebida por José Bonaperte foi o palco do início da revolução em 2 de maio de 1808 que terminou com a independência do país contra as tropas napoleônicas.

 
Plaza Oriente concebida por José Bonaparte
 
Teatro Real


Ficamos três dias na cidade e depois de descansar de um dia cheio, seguimos na direção oposta ao do centro histórico. Aproveitamos que estávamos hospedados na Calle Fuencarral e seguimos para o Museu de História de Madrid, que fica no fim da rua, assim que deixamos o hotel.

Museu de História de Madrid

O museu é bem interessante e apresenta a história da cidade contada em objetos de arte. Aprendemos um pouco sobre a revolução de maio de 1808 e pudemos ver duas gigantes maquetes que mostram a cidade antiga e a atual.

 
Exposição de objetos que contam a história da cidade
 
Grandiosa maquete da cidade


Próximo ao museu está a Estação de Tribunal e lá tomamos o metrô para Las Ventas, para conhecer a maior arena de touros da Espanha e segunda maior do mundo, perdendo apenas para a Praça de Touros do México.

 
Praça de Toros de Las Ventas: segunda maior do mundo

Sou completamente contra touradas e sempre torcendo para o animal derrubar o toureiro, mas estar na Espanha e não ir ver a arena seria negligenciar um pouco da cultura local e no fundo eu tentava compreender o que faz o ser humano organizar uma tourada.




A visita guiada na Plaza de Touros de Las Ventas não é barata mas vale o ingresso. Uma simpática guia nos conta um pouco da história das touradas e fala sobre os grandes toureiros e suas maiores vitórias que dobraram a plateia em Las Ventas. As esculturas que representam os maiores toureiros estão na praça ao redor da arena.




A visita percorre toda a arena enquanto se explica as regras da tourada. Com 60 metros de diâmetro e capacidade para quase 23.800 pessoas a praça de touros impressiona pela beleza. No fim saí da arena entendendo um pouco mais sobre a cultura espanhola, mas ainda terminantemente contra essa prática, que mais do que nunca, considero cruel!

 
Camarote Real de Las Ventas
 
Túnel de acesso a arena

Las Ventas


Deixando Las Ventas tomamos o metrô para a Estação Colón e descemos diante da praça de mesmo nome, onde está o famoso Museu de Cera de Madrid, mas infelizmente não entramos para conhecê-lo. Deixamos para voltar depois e acabamos não retornando...

 
Plaza Cólon

Diante da praça está o imponente prédio da Biblioteca Nacional, onde também funciona o Museu Arqueológico. Diante da fachada do prédio estão estátuas de santos e reis em tamanho natural.

 
Biblioteca Nacional
 
Esculturas de santos e reis diante da fachada do prédio da biblioteca


Deste ponto caminhe pelo Paseo de Recoletos até uma das mais famosas fontes espanholas. A Fonte de Cibeles foi concebida no século XVIII e representou uma das maiores obras de arte da época com uma estrutura inovadora onde a água jorrava inclinada dos pés da deusa Cibele em direção aos dois leões a sua frente. Havíamos visto a história da fonte no Museu de História de Madrid, mas infelizmente a água já não jorra sobre os leões atualmente.

 
Fonte Cibeles

Diante da praça e da fonte está o Palácio de Cibeles, que originalmente se chamava Palácio das Telecomunicações, mas herdou o nome da famosa fonte diante dele. Hoje funciona no local a sede da prefeitura da cidade e um centro de exposições que não visitamos.

Palácio Cibeles

Ali próximo está uma das mais famosas portas de Madrid: Puerta de Alcalá. Construída no lugar da porta original derrubada em 1764 pelo Rei Carlos III, que não gostava da porta da cidade, o portal atual foi utilizado até o século XIX, quando seu portão de ferro ainda se fechava a noite.

 
Puerta de Alcalá

A famosa porta guarda a entrada do grandioso Parque Del Retiro em que se situava o palácio do Rei Filipe IV e foi usado como propriedade real desde 1632, mas sendo aberto ao público (desde que os visitantes estivessem bem vestidos!!!) no século XVIII. No entanto, desde 1869 o lugar está aberto ao público em geral, independente dos trajes que esteja usando.

  
Uma selfie na entrada do parque
 
Parque do Retiro: Grande área verde e com belos jardins


Uma pequena caminhada, em meio a caminhos arborizados, leva a um lago onde se pode alugar um barco a remo. Era um fim de semana e o parque estava lotado, casais se divertiam nos barcos e namoravam a sombra das árvores.




Do outro lado do lago uma estrutura em forma de meia lua com colunas e esculturas de personalidades espanholas, como o Rei Afonso XII.

 
Estrutura em meia lua diante do lago

Madrid é uma cidade cheia de parques e jardins e o Parque do Retiro é um dos mais bonitos. Caminhamos por algum tempo entre as árvores em um dia de sol de fim do inverno europeu.


No parque estão o Palácio de Velázquez, construído em tijolos vermelhos, e o Palácio de Cristal, construído em vidro. Ambos construídos por Velázquez Bosco entre 1883 e 1887, para abrigar exposições.

 
Palácio de Velázquez
 
Palácio de Cristal

Interior do Palácio de Cristal


Outra atração do parque são suas fontes. A Fonte de Alcachofa foi desenhada por Velázquez em 1782 e está próxima a entrada norte do parque.

 
Fonte de Alcachofa

A outra fonte famosa é motivo de polêmica desde sua inauguração em 1885. A Estatua Del Angel Caído retrata o Lúcifer após sua expulsão do paraíso. A escultura em bronze de um anjo em desgraça enrolado por uma serpente já foi ponto de encontro de cultos estranhos no século passado e é a única dedicada ao demônio em praça pública. A escultura está em uma fonte ao sul do parque.

 
A controversa estátua do anjo caído

Deixando o parque pela saída sul seguimos para a Estação de Atocha, onde fomos comprar as passagens de trem com destino a cidade de Toledo, para onde iríamos no dia seguinte. A estação é o ponto de chegada e partida para quem viaja de trem e nos surpreendeu com seu jardim interno crescendo na estrutura que se torna uma estufa para as plantas.

 
Estação de Atocha
 
Surpreendente interior da estação de trem


Compramos as passagens para Toledo, para o dia seguinte, e para Sevilha, nosso próximo destino depois de deixar Madrid e último da Espanha, pois iríamos voltar a Portugal pelo sul. Aproveitamos para almoçar em um fast food na estação de trem.

 
Prédio do Ministério da Agricultura diante da estação

Junto a Estação está o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, uma galeria de arte moderna com uma chamativa fachada.

Centro de Arte Reina Sofia

No caminho encontramos mais uma das belas fontes de Madrid, a Fonte de Netuno que está diante do Hotel Palace. Também idealizada por Velázquez, foi construída em 1782 com a imagem do deus grego Netuno (Poseidon para os romanos) com seu tridente sobre uma concha guiada por dois cavalos marinhos.

 
A bela escultura do deus romano dos mares na Fonte de Netuno
 
O famoso Palace Hotel


Outra construção que chama a atenção a quem passa é o Monumento aos Mortos de Guerra da Espanha. Projetado inicialmente para homenagear os mortos da revolta de maio de 1808 o memorial possui uma chama em memória de todos os que deram a vida pelo país.

 
Monumento aos mortos de guerra da Espanha

Na praça ao lado está o Jardim Botânico de Madrid e seguindo pelas ruas da cidade passamos pela bonita Igreja dos Jerônimos em direção ao Museo Del Prado.

Entrada do Jardim Botânico de Madrid

A bonita fachada da Igreja dos Jerônimos

O Museu do Prado é o mais importante da Espanha, e acho que um dos maiores pelo tanto que andei nele... Abriga uma imensa coleção de arte que conta com pinturas e esculturas, entre outras obras, com destaque para as obras de Velázquez e Goya.

 
Entrada do Museu do Prado

O prédio do museu começou a ser construído em 1785 e hoje conta com as estátuas dos dois grandes artistas espanhóis Velázquez e Goya nas calçadas a frente do prédio.

 
Velázquez diante do prédio do Prado

A entrada custa 12,00, mas como muitas das atrações culturais da cidade este museu pode ser visitado gratuitamente de segunda a sábado, das 18h às 20h, e aos domingos, das 17h às 19h. Visitamos neste horários gratuitos e como sempre as filas são gigantescas, chegando a dar a volta no prédio.

 
Uma fila gigante contorna o prédio para a visita gratuita

O museu é gigantesco e admito que estávamos cansados de mais para admirar com calma todas as obras de arte existentes no lugar. De qualquer forma creio que duas horas não seriam o suficiente para olhar tudo com tranquilidade. Se o seu interesse por arte for grande e quiser conhecer bem o lugar deixe para ir ao Museu fora do horário gratuito.




A noite de Madrid é uma das mais animadas da Espanha e a Puerta Del Sol fica apinhada de gente até altas horas da madrugada. Jovens indo e vindo das baladas madrilenas transitam pelas ruas ao redor e movimentam o bairro de Chueca durante a noite. Ficamos hospedados na Calle Fuencarral e deixo uma dica caso se hospede na região: Prefira quartos sem vista para rua. O movimento de gente por toda madrugada pode ser bem incomodo.

 
A agitada noite em Puerta Del Sol: Praça cheia e ruas com movimento a madrugada toda

Ao todo ficamos apenas 3 dias na capital espanhola, mas creio que um dia a mais seria o mínimo para conhecer tudo por lá, pois não fomos ao Estádio de Santiago Bernabéu e ao famoso Museu de Cera.


Gastos para 2 pessoas em 3 dias de Março de 2015:

- Metrô Rodoviária x Hostel: € 3,30
- Hostel (4 noites): € 170,00
- Almoço (1º dia): € 5,40
- Jantar: € 7,60
- Desjejum (2º dia): € 4,94
- Água: € 1,20
- Metrô: € 12,20
- Almoço (2º dia): € 8,95
- Jantar (2º dia): € 18,90
- Desjejum (3º dia): € 5,25
- Arena de Las Ventas: € 24,00
- Almoço (3º dia): € 11,20
- Metrô: € 3,00
- Passagens para Sevilha: € 120,20
- Jantar (3º dia): € 24,80