1° dia em Santa Marta
Depois
de mais de 12 horas dentro do ônibus finalmente chegamos em Santa Marta, vindos
de Medellín. A rodoviária é longe de tudo e pegamos um taxi para o hotel.
Praia Branca em Santa Marta: Caribe colombiano no continente |
Onde Ficar
Existem
três opções principais que todos olham quando vão à Santa Marta: Centro, El
Rodadero e Taganga.
Hotel Porto Caribe em El Rodadero |
Nos
hospedamos em El Rodadero, no Hotel Belo Caribe que achamos super confortável e
bem equipado, mas aconselho fortemente ficar no centro e evitar hospedagens em
Taganga, a não ser que você esteja indo para uma viagem específica de mergulho
ou atividades deste tipo.
Quarto duplo bem espaçoso e confortável com ótimo preço |
Mini cozinha montada no quarto |
Centro Histórico
Depois
de fazer o check-in tomamos um ônibus em direção ao centro da cidade e já
passava do meio dia quando chegamos na Plaza de La Catedral, onde se destaca a
Basílica de Santa Marta.
A bonita Basílica de Santa Marta na Plaza de La Catedral, no centro da cidade |
A
bonita Catedral em estilo colonial foi erguida entre 1766 e 1794 e totalmente
reformada em 1860, depois de ter sido parcialmente destruída nas guerras civis
ao longo do século XIX.
Interior da Basílica |
Alguns
detalhes históricos tornam este lugar mais interessante, pois foi nesta igreja
que o libertador Simón Bolívar foi sepultado e aqui ficou entre os anos de 1830
a 1842, quando seus restos mortais foram transferidos para sua cidade natal,
Caracas, na Venezuela. Em um desfile fúnebre no ano de 1953 chegam aqui as
cinzas de Rodrigo de Bastidas, fundador da cidade, que estavam na República
Dominicana.
Panteão do fundador da cidade |
Túmulo onde esteve Simón Bolívar |
Os
imponentes prédios do Palácio Episcopal e do Conselho Distrital completam a
paisagem na praça.
Prédio do Conselho Distrital na Praça da Catedral |
Estávamos
com fome e paramos para um lanche no Bendito Café, uma ótima cafeteria onde fomos
super bem atendidos. Tudo estava muito bom e indico o lugar.
Charmosa e aconchegante cafeteria |
Depois
de lanchar encontramos vendedores com carrinhos de sorvete que vendiam um tal
de Triangulito, um tipo de mistura entre pudim e sorvete nos sabores chocolate
e doce de leite (arequipe por lá), experimentamos e nos apaixonamos (por que
não vendem isto no Brasil?).
Os deliciosos Triangulitos de chocolate e doce de leite |
Depois
fomos até uma oficina turística que oferece pacotes logo ali perto, nossa
intenção era visitar o famoso Parque Tayrona, mas descobrimos que ele estava
fechado para manutenção a quase 1 mês... o parque só reabriria quando já
estivéssemos em Cartagena L
Magic Tour na praça |
Frustrados
por não poder conhecer o famoso Tayrona seguimos pela cidade e encontramos a
Praça e Igreja de São Francisco. Em 1962 esta igreja foi totalmente destruída
por um incêndio e uma imagem de Cristo foi a única coisa que se salvou do fogo,
hoje a escultura está exposta no templo ao lado de uma placa que conta sobre o
fato.
Igreja de São Francisco de Assis |
Mas
a frente está o Parque Simón Bolívar, uma imensa praça pública que homenageia o
grande herói e libertador da Colômbia, Bolívia e Venezuela.
Estátua equestre de Simón Bolívar na praça que homenageia o libertador |
Nesta
praça está o Museo Del Oro de Santa
Marta, no mesmo modelo dos que vimos em Cali e Bogotá (lembrando que o da
capital é imperdível!).
Museu do Ouro na antiga Casa da Aduana de Santa Marta |
Mas,
diferente dos outros, este museu é mais focado na história cultural da região e
a própria casa onde estão montadas as exposições tem uma importância histórica
e cultural, já que foi a primeira Aduana colombiana.
Exposições interessantes sobre a natureza e cultura da região |
Também
foi neste casarão que o corpo de Bolívar foi velado por 3 dias e preparado para
o sepultamento na Catedral e uma seção especial conta sua história desde o
nascimento até a morte de forma cronológica. Com certeza aprendo mais história
viajando do que tudo que vi em sala de aula durante toda minha vida...
Foi neste casarão que Simón Bolívar foi velado antes de ser sepultado na Catedral da cidade |
Outros
prédios históricos são a antiga Alcadía
e Carcel da cidade e a casa de Los Alzamora, uma construção do século
XVII que pertenceu a diversas figuras históricas.
O
parque Bolívar termina diante do mar onde está o marco de fundação da cidade,
que é a mais antiga da América do Sul, tendo sido fundada em 1525.
Estátua do fundador de Santa Marta marcando o local de fundação da cidade mais antiga das Américas |
Apesar
de a cidade ser considerada uma pérola do caribe a praia do centro de Santa
Marta não é muito boa, na verdade, pouca faixa de areia e uma região rochosa
com um mar calmo, mas de águas escuras.
Centro de Santa Marta |
Praia feia e pequena no centro da cidade |
Caminhamos
pela orla e descansamos um pouco, depois seguimos algumas quadras para dentro
até o Parque de Los Novios, uma
simpática praça onde está o Palácio de Justiça e a Capela de São João.
Parque dos Namorados: Uma praça romântica |
Foi
apenas uma tarde caminhando pelo centro da cidade, mas deu para conhecer bem o
lugar e no fim do dia vimos um espetacular pôr do sol na orla.
O imponente Palácio de Justiça de Santa Marta |
A
noite o centro fica tão movimentado quanto de dia, com muitos mochileiros e
turistas caminhando pela orla em busca dos bares e centros de artesanatos que
vendem roupas e itens típicos da Colômbia.
Pôr do Sol no centro da cidade |
Tomamos
um ônibus de volta a El Rodadero e passamos no mercado para comprar alguma
coisa para preparar no quarto e jantar antes de dormir.
Lojas de artesanato colombiano no centro |
2° dia em Santa Marta
El Rodadero
A
vantagem de El Rodadero é a praia, que apesar de não ser a maravilha caribenha
que procurávamos é bem melhor do que a do centro da cidade.
Praia de El Rodadero |
Dali
partem barcos para o aquário municipal e para a Playa Blanca, essa sim a
maravilha caribenha que procurávamos. Esse era nosso dia na praia!
Praias boas para banho no bairro |
Resolvemos
conhecer o Acuario El Rodadero, que
tem acesso somente por barco e onde funciona um Museu do Mar.
O lugar
é formado por piscinas naturais construídas no mar com alguma variedade de
espécies e uma sala com aquários menores com diversos tipos de peixes e
crustáceos.
Tanques no próprio mar delimitam aquários |
Aquários abrigam diversas espécies |
Senti
falta de uma conscientização ambiental no lugar, já que o museu apresenta
apenas itens como dentições de tubarões, pedaços de barcos e itens marinhos
diversos.
Museu do aquário: Não é voltado a conscientização ambiental |
A
atração principal é o show dos golfinhos treinados e as filas para tirar fotos
com os animais e nadar com eles podem ser grandes.
Finalmente
conhecemos a paisagem caribenha que sonhávamos quando chegamos em Playa Blanca: Águas claras, esverdeadas,
quentes e tranquilas.
Playa Blanca: Águas claras e areias brancas em uma praia linda |
A
praia é um convite ao relaxamento e ainda possui uma tirolesa que atravessa de
uma ponta a outra, mas não fomos lá, mas vimos que muitas pessoas param no meio
do caminho e ficam um tempo ali penduradas sobre o mar aguardando um resgate...
rs
É possível realizar uma tirolesa sobre as águas caribenhas |
Turista parado na tirolesa aguardando "resgate" |
Nas
areias existem barracas para aluguel e bares que servem petiscos para quem vai
passar o dia por lá, além da deliciosa limonada de coco, que vale experimentar
;-)
Almoço com Limonada de Coco |
A
praia é um reduto em meio ao relevo montanhoso da península rochosa que separa
El Rodadero do centro e existem outras praias na região, mas essa é a única que
conta com serviço de barco para se chegar e sair.
Uma
caminhada leva até o mirante no alto da rochosa paisagem para uma vista da
região. Infelizmente a trilha e toda a encosta da colina estavam repletas de
lixo plástico, em uma demonstração clara de falta de conscientização
ambiental...
Playa Blanca vista do alto do mirante e com muito lixo nas encostas |
Passamos
uma tarde bem agradável de sol forte nas areias brancas e águas quentes da
praia e depois tomamos um barco de volta a praia de El Rodadero, mas como ainda
estava sol decidimos terminar o dia em Taganga. Tomamos um ônibus para o centro
e de lá outro para a praia vizinha.
Taganga
Essa
antiga vila de pescadores a apenas 5 Km do centro de Santa Marta cresceu de
forma descontrolada com a voracidade do turismo na região e perdeu um pouco seu
encanto.
Praia de Taganga: Pequena faixa de areia com águas quentes |
Assim
que descemos do ônibus somos cercados por pessoas oferecendo barcos para Praia
Grande que fica bem ao lado, no mesmo estilo de Playa Blanca. Não queríamos ir
para outra praia e paramos na pequena faixa de areia de Taganga.
Demos sorte e chegamos com as areias vazias |
Depois
descobrimos que fizemos bem, pois a tal Playa Grande é um mafuá de gente com
toda uma estrutura turística. Taganga é o ponto de partida para mergulhos e
diversas agências oferecem pacotes diante do mar. A praia é pequena e a maior
parte da orla é diante de uma marina lotada de barcos.
Marina de Taganga no Pôr do Sol |
Ficamos
por ali até o sol se pôr e mais uma vez o fim do dia foi um espetáculo, mas
logo que anoiteceu policiais passaram avisando a cada um que a praia estava
fechada (oi?!). Todos foram convidados a se retirar da faixa de areia que foi
ocupada pela polícia em uma cena no mínimo esquisita.
Se
Taganga foi tranquila e relaxante isso foi a muito tempo, pois apesar de termos
chegado no fim do dia e não precisar disputar espaço na pequena faixa de areia
com uma multidão, a noite o calçadão fica bem cheio e o clima é bem mais pesado
do que todos os outros lugares em que passamos, com meliantes oferecendo drogas
no pé do ouvido dos turistas e mochileiros.
Muito movimento com o anoitecer |
As
ruas de dentro a noite são bem menos convidativas e caminhamos rapidamente por
elas sem nos sentir muito a vontade... Era hora de esperar o ônibus e voltar
para o centro, de onde pegamos outro ônibus para o hotel em El Rodadero.
Praia vazia após o anoitecer: Policiais retiraram todos da areia |
Tínhamos
mais um dia em santa Marta que originalmente seria para conhecer as praias do
Parque Tayrona, mas com o parque fechado resolvemos ir até Palomino, pois já
havíamos conhecido e aproveitado tudo por aqui nos dois dias em que ficamos. No
próximo post falo um pouco sobre este lugar maravilhoso ;-)
Igreja na praça principal: não sentimos muita segurança a noite |
Dicas e Informações:
-
Procure hospedagens no centro que é super bem movimentado e com muitas opções
de restaurantes e bares para a noite;
- El
Rodadero é um bom bairro para se hospedar, mas terá que gastar dinheiro e tempo
para se deslocar ao centro de onde se parte para conhecer a região;
- A
maior atração da região é com certeza o Parque Tayrona, mas infelizmente ele
estava fechado para manutenção e não pudemos visitar;
- É
possível fazer trilhas até a Cidade Perdida (4 a 6 dias de trekking) nas
montanhas da Serra Nevada;
- A
Quinta de San Pedro Alejandrino foi o local onde morreu Simón Bolívar, mas não
fomos visitar. Se você for deixe aqui seu comentário nos contando o que achou
do lugar depois que voltar;
- Esqueça
a imagem de vila simples, hippie e paradisíaca de Taganga. O lugar cresceu de
forma desordenada por conta do turismo e não me pareceu muito seguro. A pequena
faixa de areia deve ficar lotada durante os dias quentes e principalmente nos
fins de semana.
Gastos para duas pessoas em março de
2017:
- Táxi
(rodoviária x El Rodadero): $ 10.000,00
- Hotel
(3 noites): $ 182.000,00
-
Ônibus El Rodadero x Centro (ida e volta – 1º dia): $ 5.200,00
-
Almoço (1° dia): $ 13.800,00
- Sorvete:
$ 2.600,00
-
Água: $ 4.500,00
-
Jantar (1° dia): $ 16.000,00
- Barco
para Playa Blanca: $ 20.000,00
-
Entrada no Aquário: $ 60.000,00
-
Atividade com golfinhos: $ 100.000,00
-
Almoço (2° dia): $ 28.000,00
-
Ônibus El Rodadero x Centro (ida e volta – 2º dia): $ 5.200,00
-
Ônibus Centro x Taganga (ida e volta – 2º dia): $ 5.200,00
-
Jantar (2° dia): $ 15.250,00
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