A
Ilha Grande, em Angra dos Reis no Rio de Janeiro, é um verdadeiro paraíso de
mata atlântica e praias lindas, ligadas por trilhas espetaculares. Ao todo são
16 trilhas (numeradas de T01 a T16) mapeadas oficialmente que conectam toda a
ilha.
Dar
a volta completa na Ilha Grande era uma das minhas vontades a muito tempo, até
que surgiu a oportunidade quando o amigo Geovane Rento (condutor com quem eu já
havia feito a Travessia Petrópolis X Teresópolis) estava programando o trekking
junto com o Guia Felipe Rocha e montando um grupo para enfrentar o desafio. Era
nossa chance!
Nossos guias Geovane e Felipe |
Aline
e eu nos juntamos então à expedição da Volta à Ilha Grande que contava com mais
cinco participantes e dois guias, totalizando 9 pessoas (eu, Aline, Fernando,
Márcio, Albino, Cyntia, Adriana, o condutor Geovane e o guia Felipe). Mas tarde
o grupo ainda ganhou um outro membro, nosso mascote canino, o Pretinho.
Equipe toda reunida na Ilha Grande |
O roteiro
1º
dia: Vila de Abraão x Bananal
2º
dia: Bananal x Araçatiba
3º
dia: Araçatiba x Aventureiro
4º
dia: Aventureiro x Parnaioca
5°
dia: Parnaioca x Caxadaço*
6º
dia: Santo Antônio x Abraão (fim da volta)
*No
quinto dia teríamos que voltar andando até Abraão, pois não há onde dormir em
Dois Rios ou Caxadaço, retornando de barco no sexto dia para recomeçar na praia
seguinte (St. Antônio) e concluir a volta.
Como Chegar
Existem
diversas opções para se chegar na Ilha Grande, partindo de Angra dos Reis,
Mangaratiba ou Conceição de Jacareí, onde também existem estacionamentos
privados que cobram diárias para quem chegar dirigindo, já que não circulam
carros na ilha.
Rumo a Ilha Grande |
A
balsa operada por uma concessionária faz o translado desde Angra ou Mangaratiba
a preços populares (1h30min de viagem), mas é possível o transfer em diversas
agências nestes locais ou em Conceição de Jacareí (Bairro de Mangaratiba na
divisa com Angra) em lanchas rápidas com preços variáveis.
Desembarque na Vila do Abraão |
Para
maiores informações de como chegar acesse a pagina da Ilha Grande aqui
Vila de Abraão
O
centro comercial e turístico da ilha está na Vila de Abraão, onde chegam a
maior parte das embarcações e de onde começaríamos e terminaríamos nossa volta
na ilha caminhando.
A pracinha com a Igreja de São Sebastião na Vila do Abraão |
Restaurante com mesas nas areias da Praia do Abraão |
A
vila conta com diversas opções de hospedagem (de todos os valores) e uma
infinidade de lojas e restaurantes totalmente voltados ao turismo. Chegamos no
dia anterior para nos preparar e ficamos no Camping Cantinho da Ilha que é bem
estruturado e serviu como base para nossa expedição.
Camping Cantinho da Ilha: nossa base |
1º Dia: Abraão X Bananal (T01 – T02 –
T03 – T04)
Acordamos
cedo e começamos a caminhar por volta das 8h da manhã. Registramos o início da
travessia em uma foto com todo o grupo diante do casarão do Centro de
Visitantes do Parque Estadual de Ilha Grande.
Início da caminhada diante da sede do Parque Estadual da Ilha Grande |
Seguimos
pela T01 que passa pela Praia Preta e pelas Ruínas do Lazareto em um circuito
bem turístico junto ao Abraão.
Praia Preta |
O
Lazareto foi erguido em 1871 para receber enfermos que chegavam nos navios
antes de desembarcarem no continente como forma de controle de doenças, mas foi
desativado como hospital de quarentena em 1913.
Ruínas do Lazareto na T01 |
Mais
tarde Getúlio Vargas reabriu o Lazareto como presídio e o mesmo funcionou até a
abertura total do cárcere em Dois Rios. O lazareto foi então desativado e em
1954 o governador Carlos Lacerda mandou demolir o lugar a tiros de canhão,
restando apensas as ruínas ainda hoje expostas.
Ruínas do antigo presídio do Lazareto |
Passamos
pelo Poção, um remanso no rio onde no passado escravos tomavam banho, e
chegamos ao antigo Aqueduto que abastecia a Vila de Abraão no passado. Subimos
em direção a T02 no caminho para a Feiticeira, mas não passaríamos por lá neste
dia.
Poção |
Antigo Aqueduto |
Nossa
primeira parada foi na Praia de Caramiranga para um descanso depois de subir e
descer nosso primeiro morro com a mochila pesada nas costas.
Chegando na Praia de Caramiranga |
Primeira parada para descanso |
No
primeiro dia o corpo ainda está se adaptando ao peso da mochila e o trecho até
Bananal tem muitas subidas e descidas, o que o torna muito cansativo.
Cruzando a Praia de Caramiranga após o descanso no primeiro dia de caminhada |
Seguimos
passando pela Praia do Perequê e margeamos a Enseada das Estrelas, passando
pelas areias de suas praias e por ruas internas entre casas de moradores
caiçaras na Praia de Fora.
Praia do Perequê |
Depois
de mais um descanso subimos o relevo acidentado e vimos de cima o Saco do Céu.
O lugar recebeu esse nome por que nas noites claras é possível ver as estrelas
refletidas em suas águas calmas. O conjunto da Enseada das Estrelas e Saco do
Céu é lindo.
Saco do Céu |
Enseada das Estrelas vista da trilha |
Seguimos
pela T03 e no meio da trilha a vegetação se abre para o mar na pequenina Praia
do Funil fazendo com que a ilha sempre revele lindas paisagens na nossa
passagem. Paramos para descansar na menor praia da ilha e foi aí que o décimo
membro se uniu ao grupo: Um cachorro bem velhinho preto com pelos já
esbranquiçados que alimentamos na parada e passou a nos seguir. Chamamos ele de
Pretinho e o danado deu a volta na ilha conosco, virando mascote do grupo...
Descanso na Praia do Funil, a menor da Ilha Grande |
Nosso mascote: Pretinho |
Depois
da parada caminhamos até a Praia de Japariz, onde existem muitos restaurantes e
diversos barcos com turistas chegando e saindo a toda hora. Cruzamos suas areias
e retornamos para a trilha.
Praia de Japariz |
A
T03 nos leva até a mais antiga construção da ilha, a Igreja de Sant’Ana. Foi na
Freguesia de Santana que a Ilha Grande começou a ser povoada e a igreja
histórica que data de 1843 é um marco deste tempo. Ao redor da igreja um
pequeno cemitério e o caminho que leva até a praia.
A Igreja de Santana é a construção mais antiga da Ilha Grande |
Anjinho um tanto macabro no cemitério ao lado da igreja |
Se
no passado este lugar foi o mais povoado da ilha, hoje é um dos mais disputados
pelos turistas. Um pequeno cais serve de entrada e saída de dezenas de barcos
com toda a diversidade possível. Para nós que estávamos andando a mais de 5hs
na calmaria das trilhas esse foi um choque de realidade.
Freguesia de Santana |
Ficamos
uma hora na praia e almoçamos (isto é: comemos um lanche que levávamos para
esse esperado momento), antes de equipar as mochilas e seguir viagem em direção
a T04, última trilha do dia... UFA!
Início da T04: Última trilha do primeiro dia |
Mais
3 Km de trilhas em menos de 1h30min de caminhada pela T04 até chegar na Praia
de Bananal Pequeno, dali mais alguns poucos minutos e estávamos no Bananal onde
iríamos pernoitar.
Praia de Bananal Pequeno |
Bananal
é o lugar onde, no réveillon de 2010 uma tragédia aconteceu com o deslizamento
de uma parte da encosta que soterrou muitas casas e destruiu uma pousada. As
marcas ainda são profundas na população dali.
A Praia de Bananal marcou o fim do primeiro dia de caminhada |
O
tempo estava cinza neste nosso primeiro dia de caminhada, mas apesar do tempo
ameno e das trilhas leves e médias, senti bastante o percurso, principalmente
nas subidas com a mochila. Felizmente ainda eram 15h e teríamos o resto da
tarde para descansar.
Fim do dia na praia para relaxar o corpo |
Não
há camping em Bananal e ficamos hospedados na casa do seu Juca, que nos cedeu
gentilmente sua varanda e pedacinho de quintal.
Nem foi preciso abrir a barraca na primeira noite |
Felipe
e Geovane haviam programado todas nossas paradas com cuidado para que não
precisássemos carregar fogareiros e pesos extras para alimentação, sem falar
que camping selvagem é proibido, portanto todas as hospedagens estavam programadas
também, sendo esta no Bananal a única realmente na casa de um morador. A
família nos recebeu muito bem e jantamos na vendinha junto as areias da praia.
Foi a melhor refeição de todas!!!
Fim do primeiro dia no Bananal |
2º Dia: Bananal X Araçatiba (T05 –
T06)
O
dia amanheceu nublado novamente e a noite na varanda foi melhor do que eu imaginava
(o repelente deu conta do recado). Acordamos cedo, tomamos café da manhã e
começamos a caminhar por volta das 8h da manhã.
Havíamos
caminhado mais de 15 Km no primeiro dia e as dores de levar a mochila ainda
estavam presentes quando começamos o segundo dia, mas apesar do cansaço inicial
o corpo parecia se adaptar e neste dia caminhamos muito melhor.
Início da T05 no nosso segundo dia |
Iniciamos
a T05 que tem mais de 5 Km de extensão em trilhas e passa por algumas praias
entre os sobe e desce normais na mata.
Aline cruzando a ponte que leva até a Praia de Matariz |
Nossa
primeira parada para descanso foi na Praia de Matariz, depois seguimos a trilha
na direção da Praia de Jaconema onde o maior desafio foi passar pelo galho de
uma figueira centenária que havia caído no meio da trilha.
Primeira parada na Praia de Matariz |
Cruzamos as areias da Praia de Passaterra e seguimos a trilha até a Praia de Maguariquessaba onde paramos para um descanso rápido e um banho de mar.
Parada para descanso na Praia de Maguariquessaba |
Terminamos
a T05 em Sítio Forte que apesar de praia tem grama no lugar de areia e uma cara
de fazenda que faz jus ao nome, com coqueiros e casarões.
Caminhando pela T05 em direção a Sítio Forte |
Paramos
para nosso “almoço” em Sítio Forte, comemos um lanche com biscoitos (ou
bolachas para as meninas do grupo que não eram do RJ rs), além de refrigerantes
comprados em uma vendinha por ali mesmo.
Sítio Forte |
Esta
é a metade do caminho e seguimos então para a T06 que liga a Enseada de Sítio
Forte até Praia Grande de Araçatiba, passando pelas últimas praias voltadas
para o continente em nossa expedição.
Início da T06 com a Praia de Sítio Forte ao fundo |
Deixamos
a mata em direção a Praia de Tapera e de lá subimos um mais um morro e descemos
um Ubatubinha, uma bela praia.
A bonita Praia de Ubatubinha |
Na
sequência de praias seguimos até a Praia da Longa, uma vila caiçara que parece
ter parado no tempo. Caminhamos os 350 metros da extensão da praia passando
pela singela Igreja de São Pedro em frente ao cais e fizemos uma breve parada antes
de seguirmos para a trilha novamente.
Praia da Longa |
Por
volta de 15h chegamos na Praia Grande de Araçatiba, nosso ponto final neste
segundo dia de caminhada. Seguimos para o “Camping Bem Natural” que tem uma
ótima estrutura, o único ponto negativo foi subir os mais de 150 degraus de
escada até o camping depois de dois dias andando em relevo acidentado...
Áreas cobertas no Camping Bem Natural |
Apesar
do cansaço e da maior quilometragem caminhada, este segundo dia foi mais
tranquilo que o primeiro e depois de armar a barraca descemos para a Praia de
Araçatibinha, quase ao lado do camping.
Banho de mar para descansar depois de um dia caminhando |
O
céu estava nublado e um vento frio atrapalhou o que seria um fim de tarde na
praia, mas ainda assim o grupo ficou descansando nas areias por algumas horas,
junto com nosso mascote que continuava nos seguindo e nos fez companhia nas
areias.
Pretinho nos acompanhando na Praia de Araçatibinha |
3º Dia: Araçatiba X Aventureiro (T08 –
T09)
Tomamos
nosso café da manhã, desmontamos as barracas e partimos para o terceiro dia de
caminhada que desta vez amanheceu ensolarado.
Início do terceiro dia no mirante do Camping |
Neste
terceiro dia o percurso seria bem menor do que nos anteriores, mas foi um ledo
engano meu achar que seria um dia mais tranquilo para caminhar... Seriam dois
morros a vencer e bem íngremes!
Começamos
a caminhar mais tarde do que nos dias anteriores e as 9h seguimos para o
entroncamento das trilhas T06, T07 e T08. Neste ponto saímos da T06 e passamos
para a T08, passando pela entrada da T07 que faz um bate-e-volta de 11 Km indo
e voltando da Gruta do Acaiá no extremo oeste da ilha, e não faz parte do
circuito da volta na Ilha Grande.
Seguíamos
agora para o lado oceânico da ilha e subimos o primeiro morro do dia em uma
trilha de aproximadamente 4 Km que leva até Provetá em mais de 2h de caminhada.
Turma reunida no topo do primeiro morro do dia |
A
subida é cansativa e o dia quente faz com que se canse rápido no caminho, do
outro lado está uma comunidade evangélica que sempre esteve afastada do
turismo, mas que hoje está mais aberta aos visitantes.
Provetá vista da T08 |
Descida para Provetá |
Provetá
cresceu em torno da comunidade evangélica da Assembleia de Deus e deve-se ter
muito cuidado para não ofender os costumes locais. Na praia de águas agitadas as
mulheres locais não usam roupas de banho e na praça principal pessoas olhavam
para nós como se fossemos extraterrestres com aqueles mochilões nas costas.
Templo na praça central da comunidade evangélica de Provetá |
Vencido
o primeiro desafio do dia era hora de almoçar por ali e aproveitamos a padaria
para comprar sanduíches e refrigerantes. O pretinho ganhou um banho com remédio
contra piolho (adquirido no posto de saúde) que fez com que seus carrapatos
caíssem e compramos um sanduíche de mortadela para ele.
Praia de Provetá |
Depois
de três dias de caminhada os meus pés já apresentavam sinais do cansaço, com
duas bolhas e um princípio de calo, então aproveitei para cuidar deles, pois
ainda faltava muito para andar. Não era só meus pés que sofriam e o grupo
aproveitou essa parada para se preparar para a segunda metade do dia.
Hora de cuidar dos pés |
Depois
de descansar partimos para o segundo morro do dia e debaixo de um sol
escaldante seguimos para a T09 em direção a Praia do Aventureiro.
Início da T09 em direção a Aventureiro |
A
subida é uma verdadeira pirambeira, muito íngreme e exposta de vegetação,
tornando o caminho bem puxado.
Provetá ficando para trás e para baixo na paisagem |
Ainda
me lembro minha alegria de ver que chegamos ao topo da montanha, mas ainda
faltava a descida íngreme pela encosta até a praia do outro lado... Uma parada
para lanchar lá no alto e devorei o sanduíche que comprei na padaria de Provetá
para viagem.
Descanso no topo do segundo morro do dia |
O percurso
é o mais curto da travessia e apesar do extremo cansaço das duas subidas do
dia, chegamos na Praia do Aventureiro as 14h. Era montar a barraca e aproveitar
o dia de sol.
A Praia de Aventureiro é uma das mais bonitas de toda a travessia |
A
praia é incrível e uma das mais bonitas da ilha com toda certeza. Não há luz
elétrica ou sinal de celular por lá, mas é possível usar o wi fi do posto de fiscalização do INEA (o órgão ambiental mantém um
fiscal ali para evitar que se tente cruzar a Reserva Biológica ao lado, mas
falo disso depois).
O coqueiro que se tornou símbolo da Praia de Aventureiro |
Uma
trilha leva até o Mirante de Sundara (45 min de subida) de onde se pode ver a
Praia do Aventureiro e as Praias do Sul e do Leste na Reserva Biológica à
frente.
Paisagem do Mirante de Sundara |
Ficamos
no Camping do Luis que tem um gerador elétrico que funciona de 18h até as 22h,
permitindo carregar celulares e máquinas fotográficas. As barracas ficam em uma
faixa de areia diante do mar.
Fomos
brindados com o bonito dia de sol na praia e um pôr do sol lindo, além da noite
estrelada que fica ainda mais incrível depois que os geradores se apagam pela
praia.
Fim do terceiro dia de trilhas no Aventureiro |
4º Dia: Aventureiro X Parnaioca (Day
Off de Trilhas)
O
mais impressionante no Camping do Luis no Aventureiro foi o raiar do dia, pois
as barracas ficam de frente para o ponto onde o sol se ergue sobre o mar,
fazendo com que se possa apreciar o nascer do dia de dentro da barraca. Uma das
cenas mais bonitas de toda a travessia.
O amanhacer visto de dentro da barraca no Camping do Luis na Praia do Aventureiro |
Ao
lado da Praia do Aventureiro estão as Praias do Demo, do Sul e do Leste que
estão em uma Reserva Biológica e tem acesso restrito, não podendo ser
atravessadas. Um fiscal do órgão ambiental fica de olho e quem for pego na área
de preservação ambiental pode ser multado e posto para fora da ilha.
Praia do Aventureiro |
Neste
dia nossa programação era de atravessar de barco, respeitando a Reserva
Biológica e dando um dia de folga para descansar depois de três dias de
caminhada. Era nosso day off em
Parnaioca!
A paradisíaca Praia de Parnaioca |
Depois
de uma tarde inteira em Aventureiro teríamos um dia todo em Parnaioca, já que a
travessia no bote a motor durou menos de 15 min.
Curtindo nosso Day Off de trilha no paraíso |
Parnaioca
é a praia mais isolada de toda a ilha e só tem 4 moradores que também oferecem
serviço de camping em suas propriedades. Ficamos no Camping da Janete e
adoramos a vibe do lugar e a
gentileza e histórias da nossa anfitriã.
Camping da Janete: Um dos 4 únicos da praia |
Parnaioca
é um paraíso e dividiu as opiniões no grupo quanto a praia mais bonita, rivalizando
com Aventureiro. Sem sinal de celular, sem luz elétrica (mesmo esquema de
gerador por poucas horas) e sem nenhum meio de comunicação com o mundo fora
dali, o lugar é um convite ao descanso em contato total com a natureza.
Dos
tempos em que foi uma das áreas mais habitadas da ilha só restaram alguns
vestígios, como a Igreja do Sagrado Coração de Jesus e poucas ruínas.
Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Parnaioca |
A
praia é ótima e em uma das extremidades está o Rio Parnaioca que deságua no
mar, formando uma pequena lagoa entre as areias e as pedras na mata.
Incrível!!!
O Rio Parnaioca forma um açude junto a praia |
Até o Pretinho se refrescou |
Seguindo
rio acima, por uma trilha, estão pequenas corredeiras que formam quedas
d’água ótimas para banho.
Totalmente
desligados do mundo e em meio a natureza nosso pequeno grupo estava totalmente
harmonizado em Parnaioca. Foi um dos dias mais incríveis em que pudemos curtir praia e cachoeira em meio à travessia.
Dia de descanso em Parnaioca |
Descansamos,
vimos um lindo pôr do sol, aproveitamos as refeições preparadas com carinho
pela Janete e dormimos em meio a natureza quase esquecendo que havia um mundo
ao nosso redor e fora da ilha.
Pôr do Sol no final do quarto dia da volta na Ilha Grande |
5º Dia: Parnaioca X Caxadaço X Abraão
(T16 – T15 – T14)
Não
foi à toa que tivemos um dia e meio de descanso curtindo as praias de
Aventureiro e Parnaioca, pois o quinto dia nos reservava o pior de todos os
esforços.
Início da Trilha para Dois Rios |
Depois
de desmontar acampamento e tomar o café da manhã era hora de jogar as mochilas
nas costas e seguir viagem. A trilha que liga Parnaioca a Dois Rios começa
atrás da casa da Janete e as 8h da manhã já estávamos iniciando a caminhada.
Primeira de três partes de um longo dia |
A
T16 é uma das mais interessantes trilhas de todo o circuito. Passamos pelos
vestígios dos tempos em que essa área era habitada por uma comunidade que
contava até com uma estrada e pontes.
Ruínas em meio a mata nativa |
Cruzamos
um rio e passamos pela árvore mais antiga atualmente catalogada na ilha: Uma
figueira com mais de 500 anos de idade!!!!
Abastecendo os cantis e refrescando o corpo no rio |
Figueira com mais de 500 anos na T16 |
Neste
caminho está a Toca das Cinzas, uma pequena gruta onde, no passado, os escravos
eram amarrados para morrer (até virarem cinzas...) quando castigados e paramos
para comer alguma coisa sob a grande pedra que forma a gruta.
Aline entrando na Toca das Cinzas |
Percorremos
os quase 8 Km de trilha entre Parnaioca e Dois Rios em aproximadamente 2h30min
de caminhada, com paradas para descanso e chegamos em Dois Rios cruzando um dos
córregos que dá nome ao lugar, pois a praia possui dois rios desaguando, um em
cada extremidade.
Praia de Dois Rios |
Foi
neste lugar que funcionou o cárcere que substituiu o Lazareto: O Instituto
Penal Candido Mendes.
Antigo presídio de Dois Rios: Museu do Cárcere |
O
presídio foi palco da fuga cinematográfica do bandido Escadinha em 1985, além
de ter abrigado bandidos famosos como Madame Satã e presos políticos como
Graciliano Ramos, Fernando Gabeira, Nelson Rodrigues e muitos outros. Desativado
em 1994 o prédio foi parcialmente demolido, mas hoje parte foi restaurada e
abriga o Museu do Cárcere e o Ecomuseu da Ilha Grande, mantidos pela
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Ruínas do antigo presídio na área demolida |
Aprendemos
um pouco sobre a história da região, conversando também com moradores. Dois
Rios possui poucos moradores e quase todos eram trabalhadores do antigo
presídio, além de abrigar um campos da universidade.
Ruas de Dois Rios |
Paramos
para almoçar no Bar da dona Tereza e comemos sanduíches e aproveitamos para
descansar. As botas de uma das meninas não aguentou o tranco e abriu, mas um
pouco de fita adesiva e ataduras resolveram o problema, o pior eram as bolhas
nos pés, eu nem reclamava das minhas quando olhava as dela... todos tinham
sinais do cansaço, mas ainda faltava muito para o dia terminar.
Igreja de Dois Rios |
Depois
do descanso é hora de conhecer uma das praias mais paradisíacas da ilha e
tomamos a T15 em direção ao Caxadaço.
Início da T15: Um bate e volta até Caxadaço |
A
trilha é difícil (e fechada) e demoramos 1h30min para percorrer os quase 4 Km
com os mochilões nas costas. Todo o caminho é em aclive ou declive, não tendo
trechos planos, mas no fim a visão da praia fez ter a certeza de que valeu o
esforço.
Chegando na Praia do Caxadaço |
A
Praia do Caxadaço é uma pequena faixa de areia com águas claríssimas que variam
nos tons de verde e azul.
Águas claras oferecem um refrescante banho |
Ficamos
uma hora na praia e voltamos pela mesma trilha. Já eram 4h30min quando voltamos
à estrada de terra que liga Dois Rios a Abraão, onde começa a trilha.
Segunda de três partes do dia: Bate e volta no Caxadaço |
A
próxima praia após o Caxadaço é a de Santo Antônio, mas não existe uma trilha
oficial ligando as duas, apenas uma trilha improvisada que é muito fechada e
tem risco de animais peçonhentos, sem falar que não teríamos como dormir por
lá. Também não é possível dormir em Dois Rios, pois as casas são administradas
pela UERJ e são exclusivas para moradias. Portanto não nos restava opção a não
ser retornar caminhando até Abraão pela T14.
Terceira e última parte do dia: O estafante trecho da T14 |
Caminhamos
pela estrada de terra que liga Dois Rios a Abraão por mais de 7 Km, sem nenhum
trecho plano. Subimos metade do caminho e descemos a outra metade.
Fizemos
uma parada no Poço do Soldado para um banho que refrescou (e muito) os ânimos,
mas no fim ninguém mais aguentava dar um passo.
Poço do Soldado e parada para um banho |
Foram
mais de 11h de percurso desde Parnaioca, pois chegamos a Vila de Abraão as 19h,
extremamente cansados. Neste dia caminhamos mais de 30Km e os pés doíam e não
havia ninguém no grupo que não tivesse alguma dor. Apesar da volta não estar
completa ainda, esse dia foi o marco de que vencemos o caminho e não foi fácil.
O grupo na cansativa caminhada pela estrada de terra que é a T14 |
6º Dia: Santo Antônio X Abraão (T11 –
T10)
Mesmo
estando de volta a Abraão não havíamos terminado a volta, pois faltavam as
trilhas que ligam a Praia de Santo Antônio até este ponto.
Acordamos
mais tarde depois do dia anterior estafante, tomamos o café da manhã na padaria
e finalmente nos livramos das mochilas cargueiras, deixando-as no camping e
preparando pequenas mochilas de ataque para finalizar a travessia.
Voltamos para o ponto onde paramos de barco |
Havíamos
ido até a Praia de Caxadaço no dia anterior e deveríamos retomar a caminhada na
próxima praia, para isso pegamos um barco no píer e seguimos para Pouso, onde
desembarcamos e caminhamos pela trilha T11 até a Praia de Santo Antônio.
Próxima praia depois do Caxadaço: reinício da caminhada |
A
pequena praia é bem bonita e tomamos um banho de mar por ali, depois seguimos
pela trilha até a famosa Praia de Lopes Mendes.
Aline e eu na Praia de Santo Antônio |
Parada para banho de mar |
A
maior praia em extensão na Ilha Grande, Lopes Mendes é ideal para o surf com
suas ondas constantes. É uma linda praia rasa com fortes correntezas e paramos
para um descanso e mais um banho de mar.
Próxima parada: Lopes Mendes |
Águas agitadas na famosa Praia de Lopes Mendes |
Caminhamos
por toda extensão da praia e encontramos um interessante barril que na verdade
é uma obra de arte feita a partir de uma peça encalhada de navio.
Deixamos
Lopes Mendes passando pela Igreja de Nossa Senhora de Sant’Ana que está
abandonada mas relembra os tempos em que esta região era habitada.
Igrejinha de Santana abandonada em Lopes Mendes |
Tomamos
o caminho para Aroeiras até um trecho da T12, que leva até o farol de
Castelhanos na extremidade da ilha, mas não faz parte do percurso da volta na
Ilha Grande e seguimos na direção oposta.
Caminho para Aroeiras em frente: Farol de Castelhanos para direita e Praia do Pouso para esquerda |
Não
é possível seguir para a Praia de Aroeiras na T12, pois ela está em meio a uma
propriedade particular, então seguimos margeando os alagadiços com placas que
apontam os riscos de se encontrar jacarés na região.
Passamos
pela Praia de Itaóca antes de sair da T12 e pegar a T10 em direção as Praias de
Pouso e Mangues, onde paramos para um mergulho.
Praia de Itaóca |
Praia de Mangues |
Mais
umas trilhas leves e chegamos na Praia de Palmas onde paramos para nosso almoço
e ficamos mais de uma hora aproveitando a praia em um belo dia de sol.
Praia de Palmas |
De
volta a trilha e em mais algumas horas de caminhada em terreno íngreme estávamos
finalizando nossa travessia dando a volta na Ilha Grande, chegando à Praia da
Júlia já na Vila do Abraão.
Saída de Palmas |
Último morro a ser vencido |
Praia da Júlia: Chegada no Abraão |
Este
último dia foi menos cansativo, pois não estávamos com as mochilas cargueiras e
paramos em praticamente todas as praias para aproveitar o dia. No fim, todos
cansados, sentamos em um bar à beira mar na Praia de Abraão para comemorar com
um brinde nossa volta na Ilha Grande concluída.
Um brinde ao final da expedição |
Relembramos
as histórias de todos os dias com as brincadeiras do Albino, a alegria do
Fernando, a força e superação da Cyntia, a serenidade e força de vontade do
Márcio, a energia positiva da Adriana e o profissionalismo e atenção do Geovane
e .do Felipe que nos guiaram, além do companheirismo sincero do nosso mascote,
o Pretinho.
Comemoração merecida: Volta a pé na Ilha Grande concluída com sucesso |
Descanso Merecido e Despedida
Após
a volta na ilha concluída nossa intenção era de subir o Pico do Papagaio pela
T13, mas uma chuva de verão na noite anterior e nuvens densas que encobriam o
pico no dia não nos deixaram subir, então aproveitamos o dia para uma trilha
leve (e mais longa do que gostaríamos) até a Cachoeira da Feiticeira para um
banho relaxante.
Cachoeira da Feiticeira |
Deixando
a cachoeira descemos pela trilha até a Praia da Feiticeira onde descansamos em
um dia de sol parcialmente encoberto por nuvens, mas bem quente.
Praia da Feiticeira |
Depois
de uma semana nos despedimos de nossos novos amigos e o grupo se desfez com a
certeza de que vamos nos reencontrar para outras trilhas e travessias.
Despedida da Ilha Grande... por enquanto |
Mas
pretendemos voltar para Subir o Pico do Papagaio e quem sabe fazer as duas
outras trilhas que levam aos extremos da ilha e não fazem parte da volta
completa, finalizando todas as 16 trilhas oficiais mapeadas da Ilha Grande.
O Pico do Papagaio ficou para outra viagem |
Dicas
e Informações úteis:
- Contrate
um guia experiente. Muitos tentam (e alguns até conseguem) fazer a volta na
ilha sozinhos, mas não se arrisque, pois muitas trilhas estão sem demarcações e
existem muitas bifurcações sem placas;
-
Participamos do trekking planejado e muito bem conduzido pela FR Expedições,
que super recomendo pelo extremo profissionalismo (este não é um post
patrocinado!);
-
Existem outras empresas que oferecem este percurso em menos tempo, já que é
possível fazer a volta em 4 dias, mas escolhemos a FR Expedições pelo roteiro
um pouco maior que contemplava outras trilhas e passava por praias que
normalmente não são visitadas na volta (valeu a pena);
- Respeite
as leis e ajude a preservar a ilha: O camping selvagem é proibido na Ilha
Grande e o trecho entre Aventureiro e Parnaioca não pode ser realizado a pé
pelas Praias do Sul e do Leste, já que é uma Área de Proteção Ambiental;
-
Percorremos mais de 110 Km e não aconselho para quem não está bem acostumado
com trilhas pesadas;
-
Antes de tentar a volta na Ilha Grande faça outras travessias para se acostumar
com este tipo de caminhada e o peso da mochila nas subidas e descidas
(aconselho a Travessia Petro X Tere);
-
Não existe trilha difícil, o que existe é a dificuldade imposta pelo peso de
sua mochila, então pense bem e leve só o que realmente vai usar, privilegiando
materiais mais leves (principalmente para a barraca de camping);
- Use calçados confortáveis e que já esteja acostumado, pois qualquer pequeno incomodo será maximizado ao longo da semana e fará com que seus pés sejam castigados no fim.
Os pés da Cyntia castigados pelas botas |
Uma experiência muito marcante. Lugares paradisíacos e pessoas incríveis. Além do pretinho companheiro.
ResponderExcluirSensacional, parabéns a todos!!! Um dia estarei preparada para está incrível aventura.
ResponderExcluirExcelente relato. Já vou entrar em contato com a sugestão que vocês mencionaram.
ResponderExcluirsensacional esse negocio de dar a volta na ilha, fiquei com vontade até ver os pés de vocês todo machucado hahahaha... cada visual lindo né?! ilha grande é lindissimo e nao volto lá tem uns 15 anos! hahhah
ResponderExcluirNem eu quero lembrar dos nossos pés!! hahahaha Mas vale voltar na ilha grande sim, e se vc for faça a volta completa na ilha... de barco! ;-) Passa em todas essas praias lindas em um dia
ExcluirNossa, que experiência incrível... Eu curto trilhas, mas mais de 100km, ainda não é pra mim. Quem sabe um dia né? Ainda não conheço Ilha Grande, mas estou cada dia mais ansiosa para conhecer. Lugar repleto de belezas naturais, praias, cachoeiras e muita história!
ResponderExcluirEu sou suspeita a falar de Ilha Grande... Esse lugar tem uma energia muito boa e esse ar de vila dá todo charme. Confesso que não tenho o seu pique pra trilhas pesadas, mas pretendo fazer a pedra do Papagaio quando voltar lá. Adorei suas dicas
ResponderExcluirUaaaaau 110km é coisa a bessa hein?! Amo trekking, fiz há pouco tempo na Patagônia. Muito legal saber dessa possibilidade no Rio, parabéns!!!
ResponderExcluirQuem fez trilhas na Patagônia faz essa com certeza rs. A vantagem em Ilha Grande é que vai parando para refrescar nas praias. Se curte trilhas e travessias com certeza essa volta na ilha é imperdível!!!
ExcluirEstou com viagem marcada para Ilha Grande na Páscoa agora, mas serão só 3 dias então não vamos conhecer tanta coisa como vocês. Mas já percebi que terei que voltar algum dia para conhecer melhor. Vocês no dia a dia fazem alguma preparação p/ poder encarar essas trilhas?
ResponderExcluirOlá Gabi, dá para fazer toda essa volta em apenas 1 dia de barco ;-) Dessa forma vc conhece toda a ilha com paradas curtas em cada praia dessas. Fica a dica rs
ExcluirAh!!! Qnt a preparo, fazemos trilhas com certa frequencia e isso ajuda a manter a forma e o ritmo...
ExcluirQue aventura das boas. Adorei saber essa nova possibilidade e fiquei bem entusiasmada pra fazer também. E ainda não conheço nada por essas bandas. Vou me programar pra ir esse ano. Valeu!!
ResponderExcluirCaraca!! Nem sabia que dava para fazer a volta em trilha. Quando eu fui a Ilha Grande, há muitos e muitos anos, fiz a volta de barco. Demais essa aventura, amei!! Já fiz a travessia petrô x terê também, vc acha que aguento essa?
ResponderExcluirOi Sthefania, a travessia petro x tere é ótima né?! Se vc esta acostumada a fazer travessias vai conseguir dar a volta, mas se só fez essa e não tem costume de fazer trilhas é bom treinar e recomeçar com travessias mais leves antes...
Excluirparabéns mil vezes, praticamente o caminho de santiago hahahahaha Sempre tive essa vontade, mas ainda me falta coragem.. Vou salvar seu post com todas essas dicas para quando decidir... rsrs Amei!!!!
ResponderExcluirO Caminho de Santiago está muito na minha lista!!! Mas essa travessia é muito menor q ele hehehe
ExcluirApesar de ser carioca, por incrível que pareça, nunca visitei a Ilha Grande (que pecado!). Excelente post, com uma proposta muito diferente (e sensacional!) da que estou habituado a ler. Parabéns e obrigado por compartilhar.
ResponderExcluirFiquei impressionada com essa trilha, é somente para os fortes rs..acho que eu não aguentaria. Que experiência de vcs, queria ter esse preparo para encarar.
ResponderExcluirFui na Ilha somente 1x, e peguei muita chuva rs.. o lugar pra chover viuu rs.. pretendo voltar e fazer esse passeio de volta a Ilha, as praias são maravilhosas, adorei as dicas. Parabéns pelas fotos! Abs
Fantástico este post. Que disposição hein... também, com tanta paisagem linda... é de tirar o fôlego. Ótimas dicas.
ResponderExcluirQue aventura! E que disposição também hein?! Parabéns! Tanta dica legal e fotos massas. Adorei!
ResponderExcluirAdoro trekking e não sabia ainda como era fazer em Ilha Grande, já salvei o post, muitas informações úteis para eu me planejar!
ResponderExcluirOlá! Antes de mais nada parabéns pela travessia e pelo relato muito bem feito! Vou semana que vem a Ilha Grande e pretendo me hospedar no Bananal por 3 dias e de lá ir para a Praia Vermelha para encontrar uma equipe de mergulho, estou pensando em fazer este trajeto a pé (T5, T6 e acho q um trecho da T7), vou com minha esposa e meu filho de 12 anos, vocês acham viável ir caminhando? Temos alguma experiência em caminhadas e um preparo relativamente bom.
ResponderExcluirOlá! A caminhada na T5 e T6 dura um dia quase todo e pode ser um pouco puxada dependendo do peso que estejam carregando. Não fomos até a Praia Vermelha pq fica em um trecho da T7, que não faz parte do circuito de volta na ilha, mas se vcs estão acostumados com trilhas longas de um dia de caminhada vão conseguir, mas acho a trilha um pouco pesada para uma criança de 12 anos. O caminho não é plano e tem muitas subidas e descidas nesse trecho. Se decidir ir caminhando prepare-se para um longo dia de caminhada chegando no final da tarde em Praia Vermelha...
ExcluirOlá, excelente o relato. Será de grande valia pra mim e acredito que para muitas pessoas.
ResponderExcluirAlgumas dúvidas, se vc puder responder ficarei muito agradecido.
Existem locais para pernoitar, que não seja camping, e fazer as refeições nos locais onde vcs pernoitaram? Assim evitaria peso adicional.
Estou pensando em ir sozinho, vc viram algum risco de assalto, ou algo assim?
Desculpe a demora na resposta... existem opções de pousadas sim, de uma pesquisada com base no seu planejamento de pernoite. As refeições são mais fáceis, como relatei nós não levamos nada de alimento (só lanche de trilha) e comíamos sempre bem a noite nas paradas. Quanto a riscos, são raros os casos de assaltos nas trilhas (mas existem alguns relatos). No momento a área é assolada pela Febre Amarela, portanto se vacine antes de ir. Qualquer dúvida é só falar ;-)
ExcluirBom dia!Estou querendo muito fazer essa volta na ilha.Vcs conhecem algum grupo que levem para fazer essa volta?
ResponderExcluirOlá! A empresa que indicamos (FR Expedições) costuma fazer algumas vezes por ano a volta. Dá uma olhada na página deles (no link do post) e fale com o guia Felipe Rocha para ver as datas ;-)
ExcluirTexto e descrição muito bem elaborado! Extremamente útil! Parabéns!
ResponderExcluirObrigado! Que bom que achou útil ;-)
ExcluirOla, otimo relato!! Estou planejando ir agora em outubro/novembro e pegar uns dias do feriado. Pretendo fazer em 9 dias a volta, pra aproveitar alguns dias off nas praias e descansar tmb.
ResponderExcluirqueria duas infos, se puder me ajudar:
De caxadaço consigo ir pra palmas ou pouso, ou sómabraao msm?
Queria saber +- o valor que gastaram durante a trilha, vcs tem essa previsão de gastos?
Obrigada e boas trilhas!!
Olá Laura, quanto a Caxadaço, a trilha é um bate e volte de Dois Rios, os nativos conhecem um caminho que atravessa para Santo Antônio mas é super perigoso, pois é uma trilha na mata fechada e repleta de cobras, Poucos se arriscam por lá e não faz parte das trilhas mapeadas da ilha. Enfim, recomendo que não tente... Quanto aos gastos vou ver meus registros e te passo, curte a pagina no face e envie msgm in box por lá ;-)
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMto bom !
ResponderExcluirParabéns !
Alguém tem o ctt desses lugares pra pernoite ???
Olá Julio, na internet vc encontra facilmente alguns deles, pode ser que tenham mudado, mas aí estão alguns que tenho:
Excluir- Camping do Luiz em Aventureiro:(24) 99847-2959
- Camping Bem Natural em Araçatiba: (24) 3377-6826
- Camping da Janete em Parnaioca: (21) 9 9997-7160 (watzap)
Parabéns!
ResponderExcluirNada como estar integrado com a natureza, e a ilha grande nos proporciona muito isso.
Já estive lá por diversas vezes e fiz algumas trilhas mais próximas da vila do Abraão.
Achei legal seu comentário sobre a T14 "estafante T14", pois percorremos ela com minha filha de 9 anos e minha sobrinha de 6 anos, foi bem cansativo a subida e a descida não acabava nunca...kkk... mas valeu muito a pena tomar banho de rio e curtir a praia dos dois rios.
Estaremos voltando lá em Março de 2019 e pretendo conhecer outras trilhas e também conhecer a praia do Aventureiro e Parnaioca, mas essas eu vou de barco! kkk
Gostei muito da postagem de vocês e mais uma vez parabéns pela iniciativa!
Olá! Obrigado por visitar o blog e fico feliz de saber que curtiu o post :-) A T14 parece interminável né?! rs Vc vai curtir muito Parnaioca e ventureiro, são as mais bonitas da ilha, e de barco fica mais tranquilo rsrsrs
ExcluirOlá! Achei muito interessante o percurso feito por vocês. Você poderia, por gentileza (se puder, claro), informar em torno de quanto eu gastaria numa volta completa na ilha?
ResponderExcluirOlá, desculpe a demora, mas ficamos um tempo afastados do blog... Ainda tenho os valores da época, mas acredito que por já ter se passado 3 anos os números com certeza serão bem diferentes. Mas o gasto com alimentação e camping é baixo, o importante é negociar com o guia, que será sua base de gastos
Excluir